quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Estranho amor.

Hoje no psiquiatra foi um dia de questionamentos que eu ainda não havia feito a mim mesmo.Ainda não havia encarado. Conheci minha ex namorada em 2004. Era catequista de crisma. Doador de plaquetas. Coordenador dos coroinhas. Apegado as minhas fés. Para muitos, eu principalmente, uma vida vazia. Popular, cheio de amigos, não ficava sozinho jamais. Ao conhecer minha ex namorada, transferi todo esse amor para ela. Toda essa dedicação para ela. Meu tempo era todo dela. Minha energia era toda dela. Aos poucos fui deixando tudo de lado. Vale lembrar EM NENHUM MOMENTO POR SUGESTÃO OU COISA PARECIDA, TUDO RESPONSABILIDADE MINHA E SÓ MINHA. Amei errado. Amei, se possível, demais. Não é a toa que em muitas oportunidades ela me dizia que eu "nao era mais o mesmo", não tinha mais aquela alegria, aquela doçura, era um cara rancoroso, que por tudo se irritava e com tudo ficava magoado. Em muitas oportunidades ela demonstrava desapontamento. Em outras ela dizia que eu tinha sido a inspiração dela. Ledo engano. Ela sempre foi um ser humano fantástico. Doce.Amorosa.A amiga perfeita. Que cuidava dos seus. A namorada exemplar. Amiga. Companheira. Amante. Ouvinte. Conselheira. Dizer que isso era inspiração minha era um absurdo. E eu nunca aceitei. Nunca achei. Justamente porque sabia que meu lado podre poderia se manifestar. Dos muitos erros que cometi durante esse namoro, certamente colocar sobre os ombros dela toda a responsabilidade da minha felicidade foi um dos maiores. Ninguém merece esse fardo. Devemos querer fazer parte da vida de alguém. Não ser a vida toda de alguém. Compreendo que na prática seja difícil fazer isso. Qualquer pessoa apaixonada, no começo da relação, fica meio descompassada, fazendo de tudo para marcar aquela relação. Não foi diferente comigo. A única diferença é que eu exagerei demais. Passei da conta. Errei no intenso grau de dedicação. Errei em deixar morrer aquele rapaz sempre alegre. Brincalhão. Espirituoso. Cheio de amigos. Claro que aquele rapaz também já era um mentiroso. Claro que ele já falava da fake como se ela existisse. Contava histórias sobre o Rio de Janeiro, o namoro de anos com a irmã do melhor amigo ( hoje desmenti para mais duas pessoas, somando-se agora 45 pessoas para quem já restabeleci a verdade.Pouco.) Mas era um cara, que lá no fundo era melhor, do que aquele que fui me tornando ao longo dos sete anos que namoramos.Somado ao meu mau caratismo, ainda acresci uma dose maléfica de ironia, desprezo pelos problemas alheios, frieza, amargura...Ou seja...eu já não valia mais a pena quando nosso namoro entrou no ocaso. Talvez por isso mesmo, na última vez que falamos para valer no msn, ela me revelou que o "amor pelo homem acabou..." engraçado é que eu não era o homem que ela pensava que eu era...e me tornei alguém que eu também não era....por isso que o psiquiatra encerrou a questão basicamente falando o mesmo que a psicóloga: "Quem é você?" É...quem sou eu? Qual é o meu lugar no mundo? Dá tempo MESMO de me tornar aquilo que eu deveria ter sido? Questões que ficam...

Nenhum comentário:

Postar um comentário