sábado, 31 de dezembro de 2011

Último de 2011.

São as últimas horas desse ano marcante na minha vida. O ano que perdi o meu grande amor. O ano em que fui finalmente castigado por meus erros. O ano que saí de casa. O ano que comecei a dar aulas. O ano que fiz meus melhores amigos. O ano. Um ano diferente. Um ano em que as consequencias para meus atos foram duras, mas merecidas. Um ano em que deixei de ser feliz. Mas conheci a realização pessoal e profissional. 
Vocês 13, 14 diários, os que ficaram, exceto aqueles picos semanais de 70 e 80, leram aqui ao longo desses últimos seis meses, 245 posts. Minha vida diária. Escancarada. Tentei não mentir sobre nada. Não foi possível. Mas garanto que em termos de fato, tudo se realizou como eu contei para vocês. Muitas vezes foram vocês o escape. Alguns eu cheguei a conhecer. Saber a história. Saber porque vinham aqui. Das perdas. Das lágrimas. E a cada um de vocês que aqui vem, eu desejo um ano melhor.
Eu perdi minha paz. Perdi pessoas que eu daria minha alma para ter de volta à minha vida. Perdi o direito de ser feliz. Conheci a alegria exacerbada, mas perdi a pequena felicidade dos dedinhos entrelaçados, do "eu te amo" ao pé do ouvido, de ser chamado de "Vi", da paz que ela me trazia...
Perdi a confiança das pessoas. Perdi moral. Perdi reputação. 
E ganhei. Ganhei mais que merecia. E ainda assim, sigo incompleto. 
De qualquer forma, eu sobrevivi a 2011. E isso foi uma surpresa. Não estava mesmo nos meus planos. 
Essa noite, pela primeira vez em 7 viradas, ela não estará comigo. Não será dela a boca que eu beijarei enquanto os fogos explodem. Não será dela a luz que ilumina meu céu particular. Sei que vou chorar. Sei que vou me entristecer. Mas ainda assim agradecerei a Deus. Porque pela primeira vez em muitos anos eu toquei corações sendo honesto. Não param de chegar mensagens, via celular, email, facebook, de agradecimento por tudo que realizei nesse ano. Isso salvou minha vida.
E quem sabe né? Quem sabem em 2012 o Diário de um sofredor não relate uma felicidade genuína? Creio que vocês serão com méritos os merecedores de primeiro saber.
Um abraço gigante.
Fiquem com Deus.
Eu também vou tentar. 

Carta hipotética.

Minha vida


Lembra que ao longos desse anos todos, em praticamente todas as cartas era assim que eu te chamava? Não eram, nunca foram só palavras. Você era toda a minha vida. Sim, cometi esse erro. Joguei nas costas de uma única pessoa, minha felicidade. Aí quando perdi essa pessoa, automaticamente essa felicidade foi embora. Falando em erros, cometi tantos nos últimos anos...Menti para você. Para descobrir uma pseudo traição inventei uma amiga fake, para qual você contaria tudo. A intenção é que ela durasse o tempo para descobrir a traição ( maldita insegurança) mas você na sua carência se apegou a ela de tal forma, fez dela tão rápido a sua melhor amiga que não consegui. Não, não estou transferindo responsabilidade. A culpa é minha e só minha. E Deus sabe o sofrimento que carrego por conta disso. Mais do que menti, te manipulei nas diversas vezes que quisestes terminar nossa relação. Usei desde doença grave falsa, até a influência dessa melhor amiga fake. Depois da fase negra, isso não foi mais preciso. Nossa relação se estabilizou. E a fake tinha pouca ou  nenhuma utilidade de ganho pessoal para mim. Mas aí veio outro erro grave.Te traí com uma das tuas melhores amigas. Ela também não fala mais comigo, não responde minhas mensagens e não aceita de forma meu pedido de perdão. Sim, fui um monstro. Desumano, cruel. Contei descontroladamente uma série de mentiras, achando quem sabe que jamais descobririas. Mas, como num filme, descobrisses tudo. Descobrisses até coisas que  não fiz e aceitasses como verdade, até porque minha credibilidade estava no lixo. Me chamasses de psicopata. Ladrão. Achasses que eu poderia te matar. Matar teus amigos. Importuná-los. Coisas que jamais fiz ou pensei em fazer. Quando me expulsasses da tua vida, eu saí. Jamais te procurei. Liguei. Excetuando-se as mensagens das duas primeiras semanas, não busquei mais nenhum contato. Os raros que tivemos, você quem fez. Prometeu uma reaproximação gradativa que jamais veio. Acredito que você oscila entre seus sentimentos. Entre a vontade de me perdoar, e a gigante mágoa que causei. Entre o que eu fui e o que você te certeza que sou. Entre o que parte de você quer, e entre o que seus amigos, namorado, dizem. Sim, numa dessas vezes em que me procurastes, me informastes: Estavas namorando. A primeira vez que o vi foi no teu facebook, numa sequencia de fotos linda, em alguma festa. Talvez o primeiro dia que vocês tenham ficado. Eu reconheci de longe o sorriso bobo. Reconheci porque durante 7 anos, ele foi meu. Saber que você estava namorando foi um baque tremendo. Uma dor. Imensurável. Mas eu te tentei seguir. Apoiado no nada e na minha covardia em colocar um fim na minha vida, segui. É verdade minha vida, eu tentei me matar 3 vezes nesse ano. Todas falhas, claro. Procurei a morte, ela não me encontrou. 
Mas eu também me reinventei. Sabe o sonho de ser professor? Aquele que você sonhou para mim primeiro que eu? Eu realizei. Comecei num cursinho pré comunitário. Gratuito. E depois fui contratado por um grande colégio. Dou aula de Literatura e Gramática lá. Eles me adoram. Rapidamente me elegeram o melhor professor. Fui paraninfo de uma turma na formatura, mesmo com 3 meses de casa. Recebi homenagens e mais homenagens. Claro que nada foi tão gratificante quanto meu cursinho sabe? Lá fiz meu grandes amigos. As pessoas que mais se importam comigo. Que cuidam de mim. Lembra que em uma de nossas últimas conversas você me disse que eu jamais acharia amigos que ficassem comigo 24 horas por dia? Você se enganou. Eu achei. 
Eu também me mudei minha vida. Foi impossível ficar lá em casa. A mãe perguntava por você todo santo dia. Graças a esquizofrenia ela não lembrava o que eu falava num dia e no outro voltava. Foi aí que decidi contar tudo. A real razão pela qual terminamos. Acabei expulso de casa. Expulso da vida delas. Minha irmã mais velha casou e sequer me convidou. Fez uma festa de natal e não me chamou. Todas elas te amam muito e sentem demais tua falta. Hoje colaboro bastante lá em casa. Dou praticamente o valor da bolsa de docência inteiro para elas. E visito a mãe uma vez por semana. Saímos, passeamos.
Sinto muito falta da sua família. Sei que sou odiado por todos. Sinto falta dos papos com sua mãe. Seu pai. Até da irritante da sua irmã. Mas não vou negar, sinto uma falta destroçante dos cachorros. Ambos, mas mais intensamente do menor. Nosso "filho". Muitas vezes choro pensando nele.
Ao longo desses 7 meses, tive muitas pretendentes sabe? Outra de suas previsões. Primeiro uma amiga dos meus novos amigos. Ah não falei? Me mudei. Moro num ap legal, com mais 4 pessoas. Eles são meu maior suporte. Cada um do seu jeito e com suas diferenças. Então...teve essa moça, mas ela também tinha terminado um namoro sério e não me atraiu. Teve uma leitora aqui do blog, mas ela morava distante e tinha urgência de ser feliz. E teve as alunas, claro. Com uma até fiquei certa noite, bêbado. Recentemente fiquei com uma moça que trabalha no colégio onde o cursinho funciona. E estamos "juntos" desde então. Não é amor, nem paixão. É carência, atração, e interesse pela pessoa que ela é. Ah ela sabe disso tudo. Diz que vai me esperar. Não acho que vai durar, mas vou levando. 
Minha vida mudou bastante. Eu mudei bastante. Queria que você visse. Em todas as minhas vitórias esse ano, parei um colégio inteiro para uma semana literária, fiz grandes aulões pré vestibular, dei palestras, eu pensei em você, dediquei para você. Sei que já não te importas mais comigo. Sei que não acreditas mais em mim. Sei que estás feliz. Sei que superasses o mal tremendo que eu te fiz. Não sei se um dia vamos sentar e conversar cara a cara. Sei apenas que sigo te amando. Muito. E desejando para todos os dias que sejas feliz. Em cada um deles. Você merece mais do que qualquer pessoa. Soube que passasses na OAB. Parabéns. De verdade mesmo. Agora estás em viagem. Parece-me que pela Europa e ao que tudo indica com seu namorado. Você merece muito. Sei que hoje, no último dia do ano é de você que vou lembrar. Lembrar de cada virada que passamos juntos. Dos primeiros beijos do novo ano. O primeiro carinho, o primeiro amor. De nossas ceias. Brincadeiras e brigas. Da paz que me davas. Da vida completa que era contigo. Eu não tenho mais essa completude. Não terei de novo, creio. Mas estou aqui. De pé. Tentando. Contei a verdade das minhas mentiras para praticamente todo mundo que revi. Todos me rejeitaram. Não fiz nada que compensasse meu erro. Mas segui vivendo. Ou melhor, sobrevivendo. Não há vida sem você. Nunca houve. Por isso que te chamava de VIDA.
Fica bem tá? Te amo demais. Te amo pra sempre.

Seu, sempre seu....


sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Os chatos.

Eles não me dão descanso. Me ligam sempre. A todo momento. São chatos. No mais elogioso sentido da palavra chato. Ao religar meu celular ontem, vi diversas mensagens. Ligações. Mensagens no facebook. Uma genuína preocupação. Meu desejo, sonho, se tornara realidade. Eu queria pessoas que cuidassem de mim quando eu chorasse. Que ficassem 24 horas comigo se fosse o caso. Eles existem. São reais. Eu não precisei inventá-los. Dois professores de química. Um professor de matemática. Uma professora de física ( minha amiga com leucemia que cuida mais de mim do que eu dela). Meu casal preferido que mora comigo. Meus anjos da guarda. Minha patota. Minha galera. Hoje eles não aceitaram o não como resposta. Foram me buscar no centro mesmo após o almoço com minha amiga. Quando falei que ia para casa, praticamente me sequestraram. Me levaram para a praia. E quiseram ouvir cada detalhe dos dois últimos dias. Expor a opinião deles. Me ajudar. Brigar comigo por sofrer sozinho. Me abraçar. Acarinhar. Caminhamos na praia, jogamos volei. Pena que choveu. Mas rimos muito na volta, no trânsito de turistas que invadem minha cidade no verão. No caminho, para completar, meu amigo de anos, o único a estar comigo de fato da antiga turma me ligou para contar suas novidades. Como a filha está sapeca. Que em breve ele e a família se mudarão de cidade por conta do novo serviço dele. Que ele já meio que mora lá. Que está orgulhoso de mim. Do que fiz. Que acompanha minha vida pelo facebook. Que lá vê as muitas homenagens que meus alunos me fazem. Os agradecimentos. Que eu fiz conquistas em 2011 e que nunca devo me esquecer disso. Combinamos que daqui há duas semanas eu passarei uma semana com ele em sua cidade nova. Para fazer companhia enquanto a esposa não vai. Eles gostam de mim. Sabem meus defeitos. As monstruosidades que fiz. Não entenderam. Mas me deram uma chance. A noite todos viemos aqui pro apartamento. Convidamos mais amigos. Fizemos uma grande bagunça. Rimos. Vimos UFC. Terminou agora há pouco. Agora são 04hs da manhã. Eles estão lá na sala, dormindo. Amanhã o ano novo, passaremos juntos. Eles querem estar comigo. Se eu chorar ( e eu vou) me abraçarem. Me consolarem. Dizerem, mesmo que eu não acredite, que tudo vai dar certo. Que vai passar. Mesmo com toda essa bagunça, pensei muito nela nessa noite. Ao ver meus dois melhores amigos, com suas namoradas, apaixonados. Pensei que se ela estivesse nesse grupo ela iria amar. As brincadeiras, a inteligência. O carinho. O tanto que eles são amigos. Foi o que faltou para ela. E agora não falta mais: amigos. Foi aí que eu a peguei na história da fake. Na carência. Na vontade de ter amigos. Ao menos isso ela superou. Ela é cheia de amigos. Bons amigos. Que cuidam dela. Mas ela iria amar esse grupo. Como eu já amo. São meus chatos preferidos. Salvam minha vida todos os dias. Por eles, as coisas não são piores. Mas ela, minha melhor amiga, me faz uma falta...

"Eu espero passar..."

Eram 09hs da manhã de hoje quando minha amiga me ligou. "Estás me evitando." Ela foi direta, sem bom dia, oi ou coisa do gênero. Eu estava. Há dois dias eu mal falava com ela. Recusei todos os convites que ela me fez. Inclusive de passarmos o ano novo juntos. Já expliquei que não quero ainda passar nossa relação para esse nível. Algo que não sei de verdade se vou saber levar. Ela me convidou para ao menos almoçarmos juntos, ela tinha coisas para fazer no centro, adoraria minha companhia e já conversaríamos. Sem vontade, topei. Quase por obrigação. Fui com a intenção de terminar o que nem de fato começamos. Disse a verdade para ela. A verdade que nem sei explicar. Que estava triste porque minha ex namorada passou na OAB. E partiu em viagem, possivelmente com o namorado, possivelmente para a Europa. Que nunca viajamos sozinho. E ele, certamente por merecimento, e um poder aquisitivo muito maior, já conquistou de tal maneira a família dela, que os dois viajam juntos. Comemoraram o fim de ano juntos. Falei que estava arrasado, que já havia chorado muito e que não sabia quando essa verdadeira doença acabaria. Ela me olhou com ternura e apesar de ser muito ciumenta, me disse segurando minha mão: "Eu espero passar. Tu vale a pena." Eu valho a pena. Eu valho a pena. Uma frase simples mas que há muito tempo não ouvia de ninguém. Ela me disse que é ciumenta sim. Possessiva sim. Brigona sim. Mas pelas outras. Minhas alunas. Amigas. Que sabe que hoje não têm como competir com minha ex namorada. Prova disso é que no nosso primeiro "encontro" pra valer, eu mostrei fotos da minha ex no celular, e ela aceitou na boa. Eu valho a pena. Foi um acalanto ouvir isso. Nem eu acho que valho a pena. Ela acha. Eu não sou sequer apaixonado por ela. Tenho um leve interesse e alguma atração. Ao menos, pela primeira vez em muito tempo sou honesto com uma mulher. Ela sabe quem sou. O que tenho pra oferecer. Meus defeitos. Minhas mentiras. E ainda assim quis ficar. É uma relação que pode acabar semana que vem ( não vejo como algo duradouro, de verdade) mas é a relação que tenho mais próxima com uma mulher no momento. Alguém que está disposta a "esperar passar". Alguém que me diz que eu "valho a pena." Não acredito em nenhuma das duas frases. Mas hoje ao menos saí da cama.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Daquilo que se opta.

Ter diversos amigos. Diversos mesmo. Gente que se preocupa genuinamente comigo. E ainda assim escolher passar o dia sozinho, trancado num quarto. Hora chorando, hora trocando algumas poucas palavras com colegas no msn. Esse fui nessa quinta feira. Acordei tarde. Quase meio dia. Atualizei o blog, conforme vocês perceberam, e fiquei de papo com minha "amiga especial" uma parte da tarde. Uma pessoa apaixonada por mim. De verdade. E eu mentindo para ela. Quando ela se convidou para vir aqui para o apartamento disse que não seria possível porque teria muita gente aqui. Que mentira. Todos sairiam e eu sabia disso. No entanto menti. Porque é inerente a mim creio. Na realidade posso me proteger atrás do pretexto de que foi para preserva-la. Nos últimos tempos ela têm demonstrado um ciúme intenso e achei melhor não dar motivos para isso. Diria o quê? Que estou arrasado porque minha ex namorada está viajando com o namorado atual, feliz da vida? Por isso? Ela não seria compreensiva a esse ponto...Todos os meus amigos quiseram me tirar de casa hoje. Vieram aqui, me buscar, me convencer. Menti de novo. Disse que visitaria minha mãe e que não poderia sair com eles. Foi fácil enganá-los. É fácil enganar os amigos. Tenho bastante experiência. Eles tentaram fazer com que minha "visita" fosse amanhã. Não conseguiram. Ficaram contrariados. E eu, livre. Desliguei o celular. Saí da internet. E na minha cama fiquei. Chorei. Ajoelhei. Implorei à Deus que me ajudasse. Claro que a ajuda não veio. Deus já havia mandado. Mandou a amiga especial que queria ficar aqui a noite toda. Mandou amigos, que são anjos, que estão até agora, 23:58 se divertindo juntos, para me tirar dessa. Eu recusei. Eu preferi o sofrimento. eu optei pela dor. Pela infelicidade. Porquê eu faço isso comigo mesmo? O que eu ganho? Experiência em dor? Vou trocar isso pelo quê? Vai acabar o ano...e eu estava bem...estabilizado. Sentindo o que poderia sentir. Caminhando. Devagar sim. Mas na direção certa. E derrepente, não mais que derrepente, acabou. A dor voltou. E devo dizer pra vocês....com a dor, todas as vontades e desejos que eu pensei que tinha deixado para trás...Porque eu simplesmente não aguento lidar com isso.

213 dias...

213 dias é o tempo que estamos separados. 7 meses. Uma eternidade. De lá pra cá, tanta coisa mudou e ao mesmo tempo nada. Minha vida sofreu um reset. Diversas novas pessoas entraram nela. Se olhar no meu celular é quase uma agenda nova. Tantos nomes que há 7 meses atrás nem estavam. Foram conhecidos. Viraram colegas. Hoje são amigos. Minha base. Meu sustentáculo. O mesmo se deu com ela. A galera dela aumentou exponencialmente. Fez um grande amigo por dia. Reafirmou laços. Se reconciliou com quem não estava tão bem. Começou a namorar. É feliz. Eis nossa grande diferença. Por mais que eu tente, e eu tento, eu não sou feliz. Nem nos pequenos momentos, muito menos nos grandes. Sou alegre, contente, realizado...mas felicidade, aquela coisa que eu sentia quando eu estava com ela, quando tínhamos nossa vidinha...bom, isso não sinto mais. Foi arrancado de mim. Nesses sete meses frequentei ( ainda frequento) psicóloga, psiquiatra ( dei uma pausa até janeiro) tudo para entender o quê fiz e porquê fiz...não consegui...a única razão que me vem na cabeça é a mais simples mesmo. Sou mau caráter...por natureza...fiz uma monstruosidade e não há bem que tente fazer que vá apagar isso. As pessoas que prejudiquei não deixarão de ser prejudicadas. Corri atrás, contei a verdade para o maior círculo de pessoas possíveis. Restabeleci a verdade. Quase todos que foram enganados por mim, sabem. O que isso me trouxe? Mais desprezo. Mais dor. Mais afastamentos. Ninguém entendeu. E não havia nada para entender mesmo. Não se compreende assim quem fez o que fez pra ganho pessoal. Por mais atenção.Por mais admiração. Alguém que jamais se contentou com a admiração que já tinha e "forçava" as outras pessoas a admira-lo mais. O resultado disso tudo foi a perda mais traumatizante da minha vida. A mais irreparável. 29 de maio de 2011. O dia que a minha vida mudou para sempre. E a dela também. Ambos deixamos para trás minhas mentiras. Ela recomeçou. Eu recomecei. Ela voltou a ser feliz. Uma felicidade verdadeira, com pessoas de verdade. Amigos de verdade. Sem mais fakes. Pessoas que elas sabem que existem. Namorado que não mente. Não manipula. Não trai. Honesto. Verdadeiro. Tão diferente de mim. Não sei se  isso tudo que sinto, essa frustração, essa culpa, essa dor, essa saudade, esse amor um dia passará. Não sei nem se estou preparado para perder também isso. Sei que 200 dias sem vê-la não mudou nada em mim. Ela sempre esteve aqui. No meu coração. Em cada momento importante que passei ela esteve presente. Lembrei dela. Falei o nome dela. Dediquei para ela. Minha maior incentivadora. Responsável direta pelas minhas conquistas. Que acreditava em mim quando ninguém mais acreditava. Meu anjo da guarda. O grande amor da minha vida. E eu perdi...Consegui perder...Dor, dor, dor.

Daquilo que não se realiza...

Sonhar com ela é uma constante. No último mês eu estava tão cansado que pouco lembro o que sonhei e com quem sonhei...mas essa semana...na noite de natal sonhei com ela...sonhei que havíamos voltado a namorar...estávamos juntos e felizes de novo...que apresentei a ela todos os meus amigos, que ela curtiu demais os projetos que faço parte, que nos beijávamos intensamente, acarinhávamos, como sempre fazíamos...Acordei, como sempre meio atordoado...não sei se acontece com vocês, mas quando tenho um sonho muito real, custo a crer que era um sonho e quando me dou conta disso...bom é uma tristeza bem grande. No caso desse, assim que me dei conta, chorei. Foi meu choro pós natal.
O outro foi essa noite. Ela não era minha namorada mais. Mas éramos grandes amigos. Tanto que fui leva-la ao aeroporto enquanto o namorado dela não chegava. Tínhamos aquela intimidade gostosa que alguns ex namorados possuem. Ela me beliscava, pegava no meu pé por causa do cabelo, que estava curto demais...me dava grandes e estalados beijos no rosto...até o namorado chegar para a viagem deles...por alguma razão bizarra, eles faziam uma apresentação de dança e dançavam lindamente com outros casais...e eu de longe olhando...vendo o quão mais feliz ela era. O quão diferente era da minha época, eu que nem dançar sei...
Não acredito que sonhos tenham algum significado. São apenas e tão somente manifestações do que você viveu no dia. De bom e de ruim. Um acontecimento que lhe marcou e de que de certa forma você nem lembra mais. Não acho que sonhar tal coisa leve a outra e assim por diante. Não acredito em sonhos que se realizam. Não esses sonhos. Mas é bom tê-la de volta, nem que seja em lembranças fugazes...ela beija igual também no sonho...aperta e belisca do mesmo jeito...eu sinto tanto, tanto, tanto, a falta dela. Não sei explicar, não sei colocar em palavras...mas a dor da ausência é massacrante. Eu não consigo colocar em palavras o quanto de saudade que eu sinto dela. O tamanho da falta que ela me faz...Eu não tenho ninguém remotamente parecido com ela na minha vida...Escrevendo tudo isso, eu choro...e me dou conta que mesmo tão acompanhado, me sinto sozinho...muito!

De novo.

E eu caí mais uma vez. Não sei explicar como, nem porquê...as informações sobre ela me deixaram assim...eu estava bem, na medida do meu possível. Alegre. De bem com a vida. Não feliz. Feliz eu sei que não ficarei de novo. Mas estava bem até demais...e agora estou aqui...arrasado...triste, choroso, cansado, quebrado, partido, sem fé...É irônico como ela tinha razão. Cheguei a comentar com vocês que em um dos nossos últimos contatos, quando ela me bloqueou no Facebook a alegação dela foi: " É melhor não sabermos um do outro por enquanto..."  E era mesmo...ontem fiz algo impensável mas necessário. Mas antes preciso confessar que MENTI PARA VOCÊS QUE ME LEEM. Sim, logo para vocês que sabem de tudo, eu menti. Não é através do perfil de um amigo que eu via as poucas coisas liberadas no Facebook dela. É através do perfil que tentei criar para esse blog. Não deu muito certo, claro. Só "fiz" 12 amigos. Desses 12, 2 se tornaram leitores assíduas do blog e uma delas, por um tempo, uma grande amiga. Teve uma terceira que entrou em contato comigo apenas pra dizer que eu estava tendo tudo que merecia...Como se eu não soubesse...De todo modo, ontem eu a bloquei nesse perfil...para não ver mais fotos, mais notícias...embora a notícia que me abalou eu tenha visto no perfil da irmã dela, que é liberado para mim...sabe por qual razão patética eu nunca bloquei a irmã dela? Pra ela ter notícias de mim...é...achava que se ela quisesse saber algo de mim, era só ir no perfil da irmã e ver como estou...minhas fotos, os amigos que fiz, as coisas que realizei, os vídeos, as homenagens para os alunos...parece evidente que ela nunca fez isso...mas não quis tirar dela essa possibilidade...Patético não? Há muito tempo eu não voltava a me sentir tão triste como hoje...e olha que dessa vez eu estou de fato amparado...palavras de um amigo meu ontem: " Precisas de coragem...força pra dar um passo  a mais...ela tá lá...longe...com o namorado...se divertindo a beça...e você aqui..chorando, se recusando a sair com  a gente...preciso te dizer, achas que ela pensa em ti? Que ela perde 1 minuto do sono dela pensando em ti? Que lembrou de ti no natal? Ela não te mandou sequer uma mensagem de felicidades...ela não pensa cara.
É uma verdade sem preparação. Jogada na cara. Cruel. Mas verdade.  Mas também é verdade o que disse a ele: Meu sentimento não está atrelado ao dela. Eu não me apaixonei porque ela se apaixonou. Não a amei porque ela me amou...Não vou parar de sofrer porque ela parou há tempos de sofrer. Ela venceu. Eu perdi. Perco um pouco a cada dia. Perco quando digo aos meus amigos que desisti dos planos do ano novo. Que vou ficar em casa. Eu, a tristeza e minhas lembranças. De uma época dourada da minha vida que não mais voltará. A tristeza voltou, de novo...e parece que não irá embora tão cedo.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

...

E ela passou na OAB...
E ela viajou...
Se a minha "pesquisa" deu certo, foi para Espanha...Muito provavelmente com o namorado...
Com os amigos...
Isso não muda nada né?
Passando na OAB, viajando com o namorado, casando, não importa...eu não caibo mais na vida dela...
Eu faço parte de um passado que ela gostaria de esquecer...e talvez já tenha esquecido...
Nesse momento eu não tenho nem palavras para descrever como estou me sentindo...
As lágrimas...
A dor...
Não, não me entendam errado! Eu queria muito, torci muito que ela passasse. Que ela conseguisse. Que ela voasse...É que ela está conquistando tanta coisa sem mim...É que eu me tornei tão dispensável...tão nada...Nós nunca viajamos juntos...nunca pudemos viajar juntos porque a mãe dela jamais permitiu...
E agora parece que um namorado de pouco menos de seis meses, conseguiu o que eu não consegui em 7 anos...Na maior vitória profissional dela, ele esteve lá. Talvez o primeiro telefonema tenha sido para ele...o abraço mais longo, o beijo mais demorado...a festa particular...e eu aqui...fingindo que tô vivendo, levando uma vida tola, vazia, da caridade das pessoas...ela vai vencendo os obstáculos...superou o fato de que namorou alguém que durante 7 anos mentiu para ela...que a conheceu mentindo, que manteve o namoro mentindo, que , que...e não é fácil superar tudo isso...reconstruir tudo isso...por muito menos eu estou parado emocionalmente...por menos que isso eu desisti de tanta coisa...
É como nas grandes histórias...o vilão é punido no final...e a mocinha se dá bem. Deus premia os honestos, os justos, os bons...e castiga aqueles que só aprontaram...o que acontece comigo hoje é reflexo direto das minhas ações. 
Parabéns para ela. 
E pra mim?
Bom...dane-se!

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

O Natal.

Um dos dias mais esperados do ano chegou, passou e eu estou aqui. O Natal. Para todos nós cristãos o natal tem um significado a mais do que simplesmente aquela troca de presentes e desejo de boas festas. É o nascimento de Jesus Cristo. Uma época que emana renovação, perdão, fé, recomeços...Confesso que não estava para nenhum desses climas natalinos...nem a eventual alegria proporcionada pelos fiéis amigos me ajudou. Mas como disse aqui, parti para o natal. Das opções que me foram apresentadas com tanto amor escolhi a casa do meu melhor amigo. Por uma série de razões. Assim como outras que me foram oferecidas era em outra cidade, mas não tão longe quanto a dos outros e consequentemente não tão cara, com uma viagem não tão longa.Fica no meu estado mesmo. A maior cidade do meu estado, há 2hs em média da minha cidade. Saí daqui 16:30 e cheguei lá quase 19hs. Fui direto para casa do meu amigo. A família inteira estava lá e como já disse em outra oportunidade eles me adoram. Por nada saber de mim ( exceto a mãe do meu amigo que sabe basicamente a história toda) têm imensa admiração por mim e me acham uma ótima influência para meu melhor amigo. Se soubessem...enfim, como sempre me trataram muito bem, com muito carinho. Acho que sabiam que ela se encontrava alguém que não era querido pela própria família, afinal de contas, natal é família reunida, se você está com outra nessa época do ano é mais do que evidente que algo de errado há com a sua. Nos últimos anos não havia. Ao optar por passar todos os últimos 7 natais com a família da minha ex namorada em detrimento da minha eu estava fazendo uma opção. Esse ano não foi o caso. Fui proibido de passar com minha mãe. Fui proibido de conhecer a nova casa da minha irmã. Poderia ter ficado sozinho. Mas numa mudança inesperada de rumo, meus amigos me abraçaram no último mês de uma forma que eu ainda não havia sido abraçado esse ano. Também poderia ter passado com minha "amiga especial" que ficou até enciumada por eu não ter querido ir passar com ela. Mas o cara que foi tudo pra mim esse ano, foi esse mesmo. Que me levou para morar com ele. Que me deu um lar. Que velou meu sono. Que me abraçou quando eu chorava. Que escondeu remédios. Que tirou remédios da minha mão. Ele foi minha maior família nos últimos 7 meses. O amparo e a força. O natal tinha que ser com ele. O que não significa que tenha sido bom. Estava disperso. Sozinho em alguns momentos. Estava até rindo. Mas assim como o relógio andava pra frente, a tristeza também ia me acompanhando. 22hs e eu já estava bem triste. 23 foi me dando um aperto no peito. Fui para o terreno da casa ficar sozinho. E do nada, todas as lágrimas vieram. Como se estivessem acumuladas. Intensas. Chorei, chorei demais. Sentei. O cachorro do meu amigo sentou no meu colo. Mais motivos para chorar. Lembrei do meu. Abracei aquele cão como se fosse tudo que eu tinha. Abri o celular. e olhei as fotos dela. Vi os vídeos dela só para ouvir aquela voz. Percebi o quanto a amo intensamente. O quanto ela me faz falta. O quanto é impossível conjugar o verbo viver sem ela. Falo do viver intensamente. Falo da vida plena. Falo do que falta. Do que não tenho mais. Meu amigo se juntou a mim em minhas lágrimas. Me chamou para dentro. Eles estavam fazendo o amigo secreto da família. Desde o primeiro ano de namoro já participava do da família dela. Já fui amigo secreto da  cunhada, prima, tia, mãe, ela mesma...O que ela estaria fazendo nesse natal? O namorado estaria com ela na casa dela? Alias ela estaria em casa? Será que finalmente a mãe liberou ela para curtir o natal com a família do namorado? Como já sei que a família do namorado é de outra cidade, terá ela ido para lá, curtir com a sogra que já aparenta ama-la tanto? Ou isso é só pro ano novo? Terá alguém lembrado de mim? Ano passado eu fui o Papai Noel da família. Rimos demais. Aquilo era felicidade palpável. Esse ano eu peguei outra família emprestada. Caridade. Quando o natal chegou eu mandei uma mensagem para ela, evidentemente não respondida. Nem com um mísero "feliz natal..." É evidente que o mal que fiz pra ela é inesquecível. Mandei para ela ás 00:03hs:

É o primeiro natal em 8 anos que passo sem você. Estou com uma família que adora minha cia e ainda assim me sinto vazio. No entanto jamais poderia deixar de desejar pra ti um natal espetacular com todos que amas. Tua família, amigos, namorado...Enfim...que tenhas tudo que sonhas e mereces. Dizem que natal é época de perdão...de renovação...Não ouso te pedir nada...Mas de toda a forma sonho com um natal em que estejamos pelo menos ligados de alguma forma. Destes a mim  e aos meus os natais mais felizes de nossas vidas. Não há como esquecer. Jamais. Obrigado pela dádiva que foi te ter em minha vida. Sigo te amando e querendo o melhor pra ti e sabendo que voarás alto ainda. Fica com Deus. 

Foi isso que mandei no auge da minha tristeza. Não sei nem se ela recebeu na realidade, porque eu estava em outra cidade, não coloquei código de área nem nada, então pode até ser que alguém da cidade em que eu estava tenha recebido algo tão particular. 
Não demorou muito e fui dormir. Não sem antes desejar em a ela, a cada membro da família dela, ao namorado dela, em voz alta um feliz natal. O meu não estava feliz. Não acho que feliz natal esteja conjugado junto para mim de novo algum dia. Alegre natal, bom natal, ótimo natal, natal...sim! Mais que isso é pedir um pouco demais. A felicidade estava com ela. A felicidade era ela. Ela foi, é e será para sempre o AMOR DE TODA A MINHA VIDA. Sem ela, eu sou oco. E o natal mostrou isso!

sábado, 24 de dezembro de 2011

Decisão.

E eu decidi. Aos 44 do segundo tempo. Depois de muito pensar à respeito dessa data, de como faria, de como ficaria e com quem ficaria...eu decidi. Vou para casa do meu melhor amigo, na sua cidade. A mãe dele me ligou agora há pouco ( ela sabe de boa parte da minha história e disse que o presente de natal dela sou eu passar o natal com eles) e eu não tive como recusar. Confesso que estou triste. Pensativo. Depressivo. É o primeiro natal que passo sem aqueles que foram minha família durante sete anos. Sem meus cachorros. Sem o amor da minha vida. Sem receber o primeiro beijo meia noite. Sem a ceia deliciosa que ela preparava com tanto amor. Sem o amigo secreto tão tradicional na família dela. O natal é uma época que aprofunda a depressão. A tristeza. Você tende mais a pensar em tudo que fez. Não há como pensar em tudo que fiz e ficar feliz. E não ser achatado pela depressão e pela culpa. Em dar de ombros e dizer : "ah vou me manter alegre..." Não há...não há ter tanto do que queria ter e ter perdido por culpa própria justamente o que mais amava e achar que tudo será feliz como antes...porque não será...natal é tempo de renovação, de perdão...ainda não será nesse natal que ela me perdoará...que nossa relação se renovará...nem sei se será em algum natal...não tenho fé ou esperança de que um dia nos encontraremos como pessoas que foram importantes na vida um do outro, nos presentearemos, que ela lembre de mim com carinho, como alguém que até o ano passado proporcionou sim os melhores sorrisos que ela deu nos natais...as melhores gargalhadas...talvez agora nesse momento ela conheça a felicidade de verdade e esteja bem, iluminada pelo amor aos seus novos amigos, ao namorado, a tudo que ela construiu e eu não passe de uma pálida lembrança, de algo que ela pensou ser e não era. Aqui estou, acompanhado por pessoas que me amam tanto e ao mesmo tempo pensando em quem sempre foi minha vida. Minha completude. Meu tesouro. E sentindo a dor da ausência que apenas uma data como essa poderia causar. 
É também por isso que aceitei o convite do meu amigo. Para não ficar e não me sentir sozinho. Para que em algum momento eu olhe pro lado e veja pessoas que gostam de mim. Que querem minha companhia. Vai ser uma hora muito difícil. Triste. Intensa. Uma hora em que não saberei ao certo o que fazer. Quem cumprimentar primeiro. Diferente de tantos outros natais em que corri primeiro para os braços que foram minha casa durante 7 anos. Meu aconchego...meu tudo! Dará um vazio, uma sensação de não saber o que fazer...de perda...de dor...Mas..ainda tenho horas até lá. Para dar ao coração a paz, o sossego que até agora, 12:09 ele ainda não teve. Para as lágrimas secarem. Para que o perdão que eu tanto busco venha antes de mim. Para que eu mesmo me perdoe antes de qualquer coisa...


Para você que diariamente vem até esse espaço...para meus leitores habituais, esporádicas, que se identificam, que são cariosos, um feliz natal. Para você que sofre e que busca aqui um certo amparo, uma certa empatia, um natal mágico. Para você que também se sente sozinho nessa data, para você que ainda não conseguiu se reerguer , para você que torce por mim sem saber meu nome, para você que já mandou e-mail para cá me xingando, me pisando, me julgando ( e você esteve sempre certo, vale lembrar) um natal de renovação, paz, amor, luz. Felicidades eternas para você.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

" Adoro te beijar..."

Ter uma pessoa apaixonada pela gente eu encaro como uma grande responsabilidade. Ser "dono" do coração de alguém é um poder estranho. Se você compactua com o sentimento, então a explosão de felicidade é imensa. Minha amiga é apaixonada por mim. E cada dia eu noto mais isso. Eu não sou por ela. Sou carinhoso. Educado. Respondo as mensagens dela. Ligo para ela quando possível. Elogio. Mas isso é de mim. Faço isso com as pessoas. Hoje, junto com o presente que ela me deu veio uma cartinha. Uma cartinha que procurava fugir dos sentimentos, mas ainda assim reveladora...Uma quase declaração de amor...Além de ficar lisonjeado com o que ela fez ( é bom se sentir assim gostado, desejado, querido...) lembrei do amor da minha vida recebendo a primeira carta que mandei para ela...com a "nossa música...". Essa minha amiga também mandou o que para ela é nossa canção, a letra que nos define. É um pagode, tão abominado por muitos, mas que eu particularmente gosto. Não tenho muitos preconceitos musicais. Como professor nem posso ter. Vou colocar aqui a letra como forma de meus leitores perceberem como a relação está para ela. Para mim vocês já sabem.

ADORO TE BEIJAR.


Os Mulekes

Quando você vai embora
Eu fico louco (meu amor)
muito tempo com você
Pra mim é pouco
Se você tem que ir,
Eu vou sentir
Difícil é aceitar
Ter que te dividir,
Não vou mentir
Não dá mais pra aguentar
Quero passear contigo, abraçado (meu amor),
Sem achar que estou fazendo algo errado
Viver nossa paixão,
Sem restrição
Sem ter que me esconder
Tirar do coração,
A sensação
Que de repente
Eu vou te perder
Eu adoro te beijar,
Adoro te abraçar,
Adoro te ouvir dizer
Que só eu sei amar você
Que eu te faço feliz
Eu te faço viver
Você, adora me beijar
Adora me abraçar
Então porque ficar assim
Vai lá resolve a sua vida
E volta de vez só pra mim


Ela diz que eu provoco essas sensações nela. De não estar inteiro. De medo de perder. Que eu limito nossa relação. Mal sabe ela que de certa forma o faço para o bem dela. Para que ela não sofra. Ninguém merece sofrer por um cara como eu. Nunca. 

O dia antes de amanhã.

Antevéspera de natal. Dia 23 de Dezembro. Há um ano atrás um dia frenético. Intenso. De busca e procura desenfreada por presentes para nossas mães, irmãs, amigos...Esse ano? Um dia...Acordei  relativamente  cedo, com o telefonema da minha amiga. Disse que queria me visitar já que eu havia recusado o convite dela para passarmos o natal  na casa dela. Como eu disse...acho prematuro esse nível de envolvimento. Ela me trouxe um presente. Uma camisa linda. Muito bom gosto. Bem meu "estilo". Não tinha comprado nada para ela. Alias, tirando minha mãe não comprei nada para ninguém. Não quis sair para comprar porque sabia que me traria lembranças. O da minha mãe comprei pela internet. Enfim...aqui em casa ficamos,e a cabeça já dava pistas que não terminaria bem o dia...com ela, eu imaginava minha ex...me senti canalha...sujo...de todo modo, almoçamos juntos e depois nos despedimos. Fui passar o dia com minha mãe. Confirmar que o presente dado havia chego. Ficar com ela, abraça-la, ouvi-la dizer que me ama. Ela estava empolgada com o natal na casa da minha irmã. Minha irmã pela primeira vez recebendo pessoas que ama em sua casa. Menos eu...Minha mãe lembrou da ceia do ano passado, preparada pela minha ex namorada. Estava uma delícia. Me pediu para ligar para ela e para a família dela e desejar um feliz natal. Não farei nada, justamente porque quero que eles tenham um feliz natal, sem a minha presença para estragar uma data tão feliz. O primeiro natal sem mim em 8 anos.Talvez eu mande uma mensagem... um email. E durante a semana que vem um cartão...Passei com minha mãe, fomos a praia e nos despedimos. E ai eu parei de fugir dos meus pensamentos. Das minhas lembranças. Da minha dor. Tenho vivido intensamente os últimos dias, talvez o último mês e não tenho parado para pensar em tudo que está me acontecendo. Estou sempre no telefone, trocando mensagens, vendo séries ou repleto de amigos por perto. Não há esvaziamento. E no final da tarde fiz isso...Fui escolher os presentes ede algumas pessoas que vou presentear nesse natal...e em cada vitrine era o presente dela que eu escolhia. Se ficaria bom nela...se ela gostaria...se arrancaria aquele sorriso gigante que só ela têm. Aquele "ai amor..." que só ela falava...Comprei os presentes, inclusive da minha amiga ( percebi que ela havia ficado um tanto decepcionada por eu não ter dado nada para ela), e foi me dando um nó na garganta...o que eu temia antes da grande véspera...lágrimas, muitas lágrimas, em profusão. Parei pra pensar e a tristeza me capturou. Vim para o apartamento, completamente vazio. Me tranquei no quarto escuro, não falei com ninguém e coloquei no facebook apenas uma frase: "Não é exatamente uma novidade que eu me sentiria assim no natal né? "...sabe o que aconteceu? No facebook nada...algumas comentários...mas em meia hora, 3 dos meus grandes amigos que aqui ficaram, sem avisar, invadiram o meu apartamento. E estão aqui até agora. Cuidando de mim. Já choramos abraçados. Já fizemos lindas declarações de amor. Trocamos tristezas. Eles me ouviram...Agora todos estão na sala dormindo...cansados....meus anjos da guarda. Eu vim para o meu quarto...E não esqueci de agradecer à Deus essa dádiva. De não estar mais só. Por outro lado...mesmo assim...eu me sinto só. Me sinto vazio. Me sinto incompleto. E sei o que me falta. E quem me falta. Poderia culpar o natal e dizer que é ele que faz isso conosco. Mas eu sempre me senti assim...a diferença é que antes eu estava fugindo. E nessa noite estou encarando meus medos. E não está sendo fácil. 

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Grudados.

Depois de meses só, oscilando, triste, alquebrado...tenho uma patota. Tenho com quem contar. Seis grandes amigos. Seis professores. Seis amores. Temos saído numa constância surpreendente, de segunda a segunda. Eles são corriqueiros na minha vida. Nos mandamo mensagens toda hora, nos falamos no msn, no facebook vivemos citando um ao outro. 3 de nós damos aulas juntos também no colégio, não só no cursinho. Somos fãs uns dos outros.
Hoje foi o dia do almoço de confraternização do colégio. Encerramento do ano de fato. Hora de desejar a todos um bom ano novo. Fui muito elogiado e ano que vem o colégio conta comigo de novo. Saímos de lá, buscamos mais 2 amigos nosso, meu amigo que mora comigo e a minha amiga já foram para a cidade dele, passar o natal...Fomos então em 5 para uma das praias mais movimentadas da minha cidade. Jogamos volei. No caminho do colégio passamos praticamente na rua da minha ex e confesso que o coração foi a mil só em saber que estava perto da casa dela...se bem que ela deve ter ido visitar a sogra na terra natal do namorado...devidamente autorizado pela mãe, lógico. Ainda assim, doeu na hora.
Na praia jogamos volei, brincamos, rimos, rolamos na areia, tiramos foto, sarro um do outro...nenhuma novidade pra você que lê o blog e tem aquele seu amigo com quem faz tudo isso. Eu não tinha ninguém. E derrepente esse pessoal me juntou a eles, me ouvi, me entendeu, não me julgou e agora até viagem internacional faremos juntos. Isso, esse crescimento gigante, desde quando? Um mês? Quarenta dias? Dois meses no máximo. O melhor é que eles não eram amigos e eu me juntei. Nós já nos dávamos muito bem, tínhamos grandes afinidades, assistíamos as aulas um do outro e do nada aquele companheirismo todo se tornou uma grande amizade. E hoje não nos largamos mais. Como eu senti falta de amigos. De melhores amigos. E hoje eu tenho...depois do volei, caminhamos pela praia, comemos uma deliciosa sequencia de camarão e brindes agradecendo por termos nos juntado.7 pessoas diferentes e cada qual a sua maneira, precisando de um amigo e que de brinde levou mais 5. Eles são meus novos amores. Já posso dizer que pelo menos 4 dias amo de paixão e que são parte do meu sustentáculo, em quem me apoio, com quem converso, choro nos ombros e sou acarinhado. E os outros dois se encaminham para isso também. Eles podem não ter a cultura pop que meu outro grupo tinha. Não são fãs de cinemas ou séries. Mas são fãs de estar perto. Proteger. Ser amigo. Estamos juntos para tudo. Estamos nos apoiando. E temos planos bem ousados juntos.

Meu cão e eu.

Ontem a Globo mostrou o filme Marley e eu. Além de ter lido o filme, ter visto no cinema e em dvd, TUDO COM ELA, também nos tornamos, juntos, fãs dessa história. Eu sobretudo porque os dois cachorros que moram naquela casa, foram meus durante 7 anos. O mais velho meu companheirão. Amigão, carinhoso, manhoso, com seu jeito único de pedir comida, de deitar no chão para que passássemos o pé em sua barriga...ou com o focinho "exigir" carinho...de QUALQUER UM. É...essa é a particularidade dele. É um cão tão dócil que vai com qualquer um. Não late, briga, morde, nada. É um amor gigante. Diferente do outro, vira latas, que chegou naquela casa filhotinho, cabia na bolsa da faculdade dela, no dia 26 de Dezembro de 2008. Ficou doente, quase morreu na primeira semana. A despeito de eu não ter gostado dele logo de cara, achava que ele estava tomando o lugar do outro, aquele pequeno logo me conquistou. Gostava de brincar comigo o danada. Lambia meu nariz quando eu dormia só pra me acordar. Ou dormia do meu lado na cama. Jogava osso, bolinha ou qualquer coisa de brincar na minha cama até eu ir correr atrás dele. Corria insanamente pelo quintal em círculo. Pulava no meu colo quando eu sentava na cadeira da varanda. E me amava. E era amado por mim. Eu era de fato seu dono. Seu papai. E é assim que sinto falto dele. Não tenho filhos humanos, mas aquele cachorrinho é um humano pra mim...muitas vezes eu chorei só de saudade dele. Nunca chorei de saudade da minha ex cunhada por exemplo...um ser humano...mas pelo qual eu não tinha o amor e a loucura que tenho por esse cachorro. Vejo um cão na rua e lembro dele. Olho as fotos dele no celular ou no computador e dá um aperto no coração. Acredito que hoje, quase 7 meses depois, ele não mais me reconhecerá. Mesmo com todo o amor que sentia por mim, sem contato...deve ter me esquecido. Do outro não sofro esse mal. Em 2 minutos, literalmente, eu o reconquistaria. O pequeno daria um trabalho...isso se eu conseguisse...por outro lado, terá o novo "Papai" ocupado meu lugar também nisso? Terá meu amor de 4 patas também se apaixonado por ele? Ou a primazia é só da "mamãe"? De qualquer forma...ao ver o filme ontem as lágrimas rolaram soltas. E pensei de como dizíamos que aquele cão, era o começo da nossa família...nosso filhote. Tsubaby. Meu pequeno. Meu lindo. Meu amor. 

Morrer.

Colocar fim a vida. Me matar. Me suicidar. Durante esses quase 7 meses de existência desse espaço, criado apenas como conselho psicológico, sem a pretensão de atrair leitores e que hoje conta com um público fiel. vocês que me leram acompanharam muitos dos meus dramas. E me leram também em uma série de oportunidades, pedir, implorar, suplicar a morte. Tentar a morte. Por mais de uma vez. Tentativas frustradas, atrapalhadas ou nem tentativas...alguma coisa relacionado a isso que em meus piores momentos eu chamei de tentar, ou pra chamar a atenção desesperadamente eu disse que tentei...Vontade não faltou nesses últimos meses. Foram ( são) muitos os dias em que nem levantar da cama quero. Muitos os dias em que choro em silêncio. Alias eu raramente encaro meu próprio silêncio. Sempre lendo. Sempre vendo uma série. Sempre ouvindo música. Nunca sozinho comigo mesmo. Nunca pensando, agora em pensar. Felicidade em viver? Não tenho mais. Mas aquela vontade louca ( e prometida para o dia 19 desse mês) de me matar também não faz parte de mim nesse momento. Me disse um padre com quem conversei ontem, justamente sobre isso: "Acredite na redenção dos pecados." O mal feito não pode ser desfeito e eu creio sim, nisso. Não há qualquer atitude que eu tome para com terceiros, boas ou ótimas, que fará com que minha ex namorada, sua família, amigos dela, a amiga que enganei, o amigo que enganei e tantos outros digam: "nossa, agora ele mudou..." Na realidade, acho que mesmo se eu contasse as coisas que realizei durante esse segundo semestre eles não acreditariam. O que é bastante irônico. Durante anos eu só relatei feitos maravilhosos. Já fui filho de pai rico, carioca com família rica no Rio de Janeiro. Já fui tecnico de futebol amador. Já fui diretor de marketing de empresa. Já fu namorado de mulheres fantásticas, algumas reais e que sofreram essa difamação, outras inventadas e que causaram dor a quem eu amo. Já tive em meus delírios carros, apartamento...e contava isso aos quatro cantos. Ao perder, tive que me reinventar. Arrasado, em depressão, chorando todo dia, saí do nada. Me reconstruí. Morri. Sim. Falei tanto em morrer e morri. Cada dia um pouquinho. Cada vez mais.Me tornei outro. Ainda cheio de defeitos. Ainda em processo de parar de mentir. Mas outro...E realizei nesse semestre que vai se concluindo, coisas fantásticas. Acreditarão eles um dia que criei e coordeno um projeto comunitário para jovens carentes que querem passar no vestibular? Acreditarão que me voluntariei a três projetos sociais envolvendo crianças com HIV, com câncer e cachorros abandonados? Que virei professor titular de gramática e literatura de um bom colégio particular e quem em 3 meses me tornei o xodó de todas as turmas? Que mães ameaçaram tirar seus filhos do colégio se eu for embora, que na chamada dos professores para a entrada da formatura eu fui ovacionado de pé? Que há um número considerável de alunas apaixonadas por mim? Que dei aulões fantasiado? Tudo isso que falei aqui, eles poderiam confirmar direta ou indiretamente no meu facebook por exemplo. Mas mesmo vendo com seus próprios olhos...acreditariam? Creio que não. Eu morri. Mas o fantasma do que fiz, das minhas monstruosidades, da minha canalhice, seguirá os assombrando para sempre. A maior prova disso é meu ex melhor amigo. A primeira pessoa que de fato enganei nessa vida, com as mentiras mais escabrosas. Na oportunidade que ele teve de dizer para minha ex namorada que eu era um mentiroso, ele disse. Haviam se passado 12 anos. Mas ele nunca esqueceu. Disse que havia perdoado. Nunca perdoou. 12 anos. Para uns, tempo mais que suficiente. Mas para quem sofreu a dor, a perda do que imaginava existir sem nunca ter existido, perder o que nunca teve. 12 anos e quando viu que algo poderia se repetir, nao exitou em ajudar a botar um merecido fim no meu namoro. Para quem praticou o mau, como eu, é fácil superar. Mas olha o tamanho da dor e do trauma dessas pessoas...acho que levará bem mais que 12 anos para que eles esqueçam. Muitas vezes ainda, a vontade de me matar voltará. Mas hoje, hoje não mais. Se não consigo a redenção, o perdão deles, talvez consiga o da sociedade. Talvez consiga o meu...E aí...como num passe de mágica, eles lembrem também dos ótimos momentos que passamos juntos. E que para mim, ficarão marcados para sempre. Adeus ideia de suicídio. 

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Passos...

"Ande pra frente, nunca pra trás..." Essa frase, de uma música católica que gosto muito reflete minhas últimas tentativas. Receber essa amiga ontem aqui na minha casa foi isso. Passamos um dia ótimo. Antes dela chegar de manhã pensei em cancelar várias vezes. Foi batendo o medo da troca de intimidade e de todas as consequencias disso que viria. Minha ex namorada vivia dizendo que eu era "mulherzinha" em muita coisa, era muito pouco prático numa série de questões. Sempre fui mais sentimental do que carnal.Com ela no pensamento, recebi outra mulher na minha casa pela primeira vez, quase como namorada. Ela fez comida pra mim, me ajudou a organizar meu quarto novo,vimos filme...enfim...fizemos tudo que um casal de namorados faria se estivessem sozinhos...foi diferente, foi estranho, e foi bom. Não é um décimo da intimidade que tinha com aquela que era minha dona...Mas...passos certo? Pra frente! A noite ela foi embora. E na mesma noite fui na festa de encerramento do terceirão do colégio. Foi tudo muito bom. Ainda não parei nenhum dia em casa desde a semana passada. São noites rodeadas de amigos. Talvez essa seja a principal mudança da minha vida. Eu tenho amigos mesmo agora. Muitos. Mais de um grande amigo. Mais de uma pessoa pra conversar. Mais de uma pessoa que se importa comigo. O celular morto logo nos primeiros meses do fim do namoro...não pára. Todo dia tem convite pra fazer algo. A solidão agora é uma opção. Apenas se eu quiser e as vezes nem quando eu quero. Como hoje na parte da tarde em que tinha optado por ficar só, disse isso pra eles e eles não "respeitaram"...apareceram aqui em 5 e aqui ficaram...me fizeram rir, cantaram...E a tristeza com a proximidade do natal foi expulsa desse apartamento. E rimos muito. Das muitas conquistas desse ano ( porque esse ano foi sim de algumas vitórias) elas são as mais valiosas. Amigos. Que tanto me fizeram falta nas trevas. Na dor. Nas lágrimas. Me tornei importante na vida de tanta gente. E tanta gente se tornou na minha...Conquistei e fui conquistado por uma série de pessoas. E agora vivo melhor. Não choro tanto. Só a noite, sozinho. Em segredo...Mas estou dando no último mês os passos que não dei nos outros cinco...Não sou pleno. Não sou feliz. Nem completo. Mas estou cercado de pessoas que me amam. Que estão comigo pra tudo. Pra sempre. Os passos antes só tinham minhas pegadas e hoje estão acompanhados.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Merecido descanso!

E chegaram as minhas férias. Dentro de meia hora termina o meu estágio por esse ano. Só retornando em 09 de janeiro. Hoje pela manhã foi o conselho de classe final do colégio. Dia de aprovar e reprovar alunos. E confesso que é uma experiência traumatizante. Saber que você pode ser responsável por atrasar a vida de uma criança ou adolescente em um ano é um peso grande. Como aluno repetente, confesso que não é uma tarefa que me dá prazer ou que eu desempenhe com desenvoltura! Mas entendo que faça parte do tripé professor-escola-aluno. E nesse contexto 6 alunos no total não alcançaram a média desejada, mesmo com todas as chances ( e foram muitas) dadas. Reprovaram. Ficarão tristes suponho. Mas na última hora não havia o que fazer. Sofri pra fazer inclusive e todos os professores mais experientes disseram que depois a gente acustuma. Espero que não. Se acustumar com isso é ver a vida muita cinza. E não é assim que enxergo minha profissão. Conselho de classe terminado e parte profissional do colégio também por esse ano. Voltamos no meio de janeiro para as reuniões de planejamento. Creio que serei um professor melhor dessa vez. Mais experiente, iniciando o trabalho e dando a minha cara a turma. Inclusive as novas turmas que assumirei. Alunos novos e tudo mais. 
Saí de lá correndo para o estágio e o último dia antes do recesso até o dia 09 de janeiro. Correndo com minhas tarefas de estagiário. Muita coisa atrasada mas posta em dia no minuto final. Hoje a noite ainda tem o jantar de encerramento do segundo ano.Amigo secreto e risada com meu futuro terceirão, turma que já fui previamente escolhido como novo regente. Terei um momento de tensão porque novamente será na cidade grudada na minha, na pizzaria do nosso primeiro encontro. Mas vou com fé. Ela não gostava enquanto namorávamos, não será agora que passou a gostar.Tem tudo para ser uma noite ótima!
Amanhã uma surpresa: Minha amiga vai visitar o apartamento onde moro. Cozinhar, ver um filme e passar o dia comigo. Será uma sensação muito diferente. Ela vai ficar até a noite lá. Será como ter uma namorada novamente... Confesso que tenho medo...dá um frio na barriga...uma vontade de cancelar.Sobretudo porque sei o que mais vai acontecer conosco nesse apartamento...Mas a vida precisa seguir...minhas tentativas eu preciso dar. Meus passos pra frente. É o que dizem todos. na quarta, aniversário de um grande amigo. Na quinta feira tem o almoço festivo lá no colégio. Confraternização, troca de ideia.E a partir daí...não sei. Sigo sem saber o que fazer do natal. 
Mas não tenho mais medo das férias. Não agora. Segunda Feira, 19 de Dezembro de 2011 ás 18:36hs. Posso mudar de ideia até o final desse post. Posso me deprimir  com o nada. Posso encontra-la pela rua lá na cidade dela e ela me ignorar. Posso abrir a parte do facebook dela permitida para estranhos e encontrar novas declarações de amor...posso parar para ouvir a voz dela nos meus vídeos do celular...e cair sem retorno. Mas não quero. Quero ter forças pra repousar. Trabalhei muito nesse segundo semestre. Intensamente. Como jamais trabalhei. Pela primeira vez em muito tempo eu mereço descansar. Se não há dúvidas quanto ao meu caráter, certamente não pode haver dúvidas que descanso eu realmente preciso e mereço! É hora do enfrentamento. Diferente da depressão do primeiro semestre eu tenho tudo nesse momento que preciso para ir em frente. Resguardado por amigos. Cuidado. Acarinhado. Querido e quem diria, amado!Eu não estou sozinho! Me sinto, mesmo em meio a uma multidão, mas não estou! É preciso que entenda isso e que as férias podem e devem ser alegres.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Conselheiro.

Hoje um dos meus grandes amigos, professor de matemática do cursinho comunitário e também do colégio onde trabalho, brigou com a namorada. Dentre tantas opções ele escolheu a mim para conversar. Disse que sou um irmão pra ele, e cada vez mais assim somos mesmo. Nos últimos dias passo mais tempo com ele do que com meu amigo de apartamento. Ele também disse que queria meu conselho porque já vivi de tudo...o que não deixa de ser uma verdade...já fui o namorado perfeito...hoje sou o ex namorado monstro, psicopata...e mesmo sem ter mencionado ele sabe...já menti muito nessa vida...entendo muitas nuances de uma relação. Conversamos durante horas. Meu dia foi da tarefa mais ingrata que um professor pode ter: preenchimento correto do diário de classe. Isso dá um trabalho...amanhã é o último conselho de classe...reprovei seis alunos no total e isso me deu uma tristeza...enfim...o aconselhei da melhor maneira possível...ele chorou comigo por conta da crise na relação dos dois...o vi ali...diante de mim lutando pra entender a namorada e salvar o namoro...e eu ajudei...sendo verdadeiro...dando conselho...eles saíram pra conversar e me deixaram até agora com o coração na mão. Fiquei aguardando ansioso. Voltaram quase agora e ambos fizeram homenagens a mim no facebook...me chamaram de anjo...Fiquei comovido...E claro que isso trouxe lembranças duras...das coisas que esse "anjo" aqui fez. Creio que jamais me livrarei da culpa, sobretudo porque ela está diretamente associada a maior perda que eu tive na vida...aquela que jamais superarei. E ao ver um dos meus casais preferidos tão feliz me bateu uma...não é inveja..é nostalgia...lembranças da época em que eu era feliz na acepção da palavra. Que a felicidade era palpável, que a felicidade para mim era humana e atendia pelo nome dela. Enfim...agora estou na cama contando isso pra vocês e mostrando que ás vezes nem toda a luta e progresso do mundo afastam um coração de sua legítima dona!

Conceitos.

Conceitualizar a felicidade é algo abstrato demais. Por vezes você está contente como aluno,passou em todas as matérias da faculdade, mesmo sem merecer e sem ter feito muito esforço exceto para uma prova tensa, com os melhores amigos que jamais poderia pensar em ter, que te animam, te puxam para cima, não querem e fazem de tudo para não te ver triste, , realizado na profissão que sempre quis ter e sentindo que está construindo algo realmente grande da sua vida. No entanto A FELICIDADE, aquele sentimento que te preenche por completo e que vinha de um simples "dedos dados", de um bom dia seguido de "és minha vida", de uma briguinha de mentirinha,ou um beijinho de esquimó, de correr pela casa até a outra a pessoa que você ama se trancar no banheiro, de um "tô bem triste" dito com voz de bebê, de um pedido de chocolate plenamente atendido, daquela paz que você tinha quando deitava numa certa cama, de uma música cantada ao pé do ouvido ... Todas pequenas coisas. Todas coisas que já te pertenceram. E que você abandonou porque não quis ser como realmente é...mentiu pra ganhar uma admiração maior do que já tinha...traiu porque confundiu desejo com outra coisa, manipulou porque não aceitou perder, porque sempre quis as coisas do seu jeito, porque era egoísta e jamais pensou de fato nos outros...toda essa felicidade é conceito, é teoria, palpável e bom, essa felicidade você sabe que não terá de novo.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Despedidas.

O dia de hoje ( pra mim ainda é madrugada de sábado) foi repleto de despedidas e sentimentos diferentes. Fui dormir contente na sexta, depois de passar uma noite muito agradável com a minha amiga que é bem mais que amiga. Ficamos juntos, aproveitamos o tempo juntos, trocamos mensagens até adormecer...enfim..Pela manhã última reunião do projeto comunitário que faço parte. Avaliação do maravilhoso e bem sucedido ano que tivemos, onde criamos do nada, após rusgas com o antigo curso, um cursinho do nada. Conseguimos algumas poucas aprovações no vestibular da universidade estadual do meu estado e estamos com expectativas muito boas para a federal. A reunião foi ótima. O amigo secreto mais ainda. E o churrasco deu um toque final. A maioria dessa galera vai pra cada da família no fim de ano, ou seja semana que vem, e não nos veremos antes do ano que vem. Foi uma despedida boa. De quem realizou junto com eles, verdadeiros mestres, um grande trabalho.
17hs fomos levar o nosso amigo de apartamento no aeroporto. Intercâmbio nos EUA. De positivo?Fiquei com o quarto dele, mas o rapaz fará uma falta impressionante.Meu companheiro de corrida, que me anima com o violão, que canta comigo, com quem falo futebol e que do jeito dele provou que eu não estou de fato só! Foi uma despedida dolorosa.
Ao voltarmos me preparei para a formatura do nono ano e do terceirão do colégio onde dou aula. Nunca havia sido tão protagonistas. Ser chamado como paraninfo à mesa diretora, ovacionado de pé pelos alunos, cantado ( literalmente) em coro me deixou muito orgulhoso de mim. Em ver onde cheguei. Um ano atrás eu ia em formaturas com a minha ex namorada e só acompanhava aqueles professores sendo homenageados. Com 3 meses de colégio, estive presente no discurso das duas turmas. Um feito que nenhum outro conseguiu e não vou me martirizar por isso. Fiz um excelente trabalho. Conquistei um colégio inteiro.
Eu tinha direito a um convite extra para o baile, mas resolvi levar meus amigos ao invés da minha amiga. Não vejo ainda nossa relação tão séria. Do jeito que está tá, tá bom! Levamos amigos com os convites que tínhamos direito ( eu, o professor de matemática e a professora de física, minha grande amiga.) Foi muito divertido. Muitas risadas. Me senti especial com tantos alunos pedindo fotos. Querendo ficar perto de mim. Ouvi do irmãozinho de um aluno que ele não vê a hora de ter aula comigo. Eu senti meu trabalho recompensado. Ganhei presentes. Fui chamado no palco. Alias, dance no palco. Me jogaram para cima. Exultei de alegria...até dado momento. Do nada. Sem motivo aparente. Lembrei dela. Ao ver tantos casais juntos, lembrei de quantas formaturas muito e em 7 anos foram várias. E do quando nos divertíamos, nos beijávamos, fugíamos das festa para ficarmos juntinhos...Aquilo foi dando um aperto no peito. Mas o professor de matemática, também do projeto comunitário, parte da minha patota, me levantou, animou e ajudou! Voltei para os meus alunos. E curti cada momento com eles. Foi uma despedida boa. Um até breve para o nono ano, que volta comigo em literatura, e um tchau para o terceiraõ que me marcou demais. E vamos continuar nos vendo. Muito ainda.

Agora estou aqui, quase seis da manhã, pensando em todas essas despedidas. É como se um pedaço da minha vida, o pedaço que me ajudou a seguir em frente, acabasse por esse ano. E aí como presságio do que virá, estou na cama, pensando nela e chorando. Que essa tristeza seja passageira...

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Corredores.

Dar passos, largos, curtos, para frente e as vezes para trás, eventualmente nos cansam. É preciso uma dose diária de coragem para absorvermos e entendermos as agruras...as coisas que TÍNHAMOS, TEMOS, TEREMOS E também aquelas que JAMAIS TEREMOS NOVAMENTE. E encarar e entender esses momentos. Quando não há o entendimento vem a dor. Isso tudo é basicamente o que minha psicóloga fala. E concordo com ela. A dor está presente no primeiro passo do dia. Mas também é preciso supera-lá ao longo dessas 24 horas. Ou o desabamento vem. Já desabei demais! Quero tentar me manter de pé...mas é difícil. A menor lembrança de tudo que perdi por minhas atitudes já muda meu humor...

Corredores...
Eu andei
Sorri, chorei, tanto
Não me arrependi
Ganhei e perdi
Fiz como pude
Lutei contra o amor
E quanto mais vencia, me achava um perdedor
Mais tarde me enganei
Vi com outros olhos
Quando às vezes não amei a mim
Não por falta de amor
Mas amor demais me levando pra alguém
Quem?
Visitou os corredores da minha alma
Soube dos enganos
Secretos planos
E até uns traumas
Sempre fui muito só
Eu andei
Sorri, chorei tanto
Fui quase feliz
Fiz tudo que quis
Fiz como puder
Desprezei meu ego
Dando esmolas a ele com se fosse um cego
Mais tarde me enfeitei
Até pintei os olhos
Quando às vezes não amei a mim
Não por falta de amor
Mas amor demais me escapando pra alguém
Quem?
Visitou os corredores da minha alma
Soube dos meus erros
E dos nós que fiz
Bem na linha da vida
Sempre fui muito só

Ocupado.

"Cabeça vazia, oficina do diabo". Era assim que o padre da minha antiga paróquia se referia ao ócio. Ao nada pra fazer. Desde o fim do meu namoro o que eu mais busquei foi estar ocupado. Fui até criticado por conta da agenda louca, das poucas horas dormidas. Era preciso pra esquecer. E não funcionou. Ela sempre esteve aqui. No coração. Ou, como dizem os racionais, na cabeça. Você pode dar um passo pra frente, você pode evoluir, você pode crescer como ser humano, você pode dar todos os passos que sonhou como profissional. Você pode fazer novos amigos, eventualmente se apaixonar de novo, colocar uma nova pessoa na sua vida. Mas o amor da sua...ah...O AMOR DA SUA VIDA,SERÁ SEMPRE O AMOR DA SUA VIDA! Está em outro patamar, fora das comparações.
O medo do final de ano me fez potencializar essas ocupações todas. Estou com uma agenda daquelas, por medo de ficar sozinho e pensar em tudo que tenho pra pensar. Sim, esse é o medo.Parar pra pensar. E descobrir que não estou tão bem, quanto quero fazer paracer que estou!
Hoje eu vou sair com a minha amiga. Eu mesmo marquei. Resolvi tomar um pouco de atitude, alimentar isso que está acontecendo entre a gente, e que me faz bem sim.
Amanhã o dia está repleto de atividades. Pela manhã, última reunião do meu projeto comunitário. Hora de avaliar o ano, fazer nosso almoço festivo, amigo secreto, enfim. No meio da tarde levar meu amigo de apartamento no aeroporto.Ele parte para os EUA em intercâmbio. Começo da noite, formatura dos meus alunos do 9º ano e do Terceirão. Mais o baile! No domingo, almoço de natal com as crianças no lar onde sou voluntário. Ou nem tanto, já que há  semanas não tenho conseguido ir. Depois, maratona para fechar as médias finais, ver quem passou e todo o resto.
Na segunda conselho de classe de manhã. Último dia antes do recesso no serviço. A noite jantar com o segundo ano do colégio, amigo secreto deles. Será no bairro da minha ex namorada. De novo na pizzaria onde tivemos nosso primeiro encontro. Na terça é dia do 8º ano e sua festa. Na quarta festa do terceirão. Na quinta vou sair com minha mãe. Um dia inteiro só nós dois. Será ótimo! E na véspera de natal...não sei. Não farei nenhum drama. Tenho muitas, muitas opções. LITERALMENTE TODOS OS MEUS AMIGOS QUE VIAJAM PARA SUAS CASAS ME CHAMARAM PARA IR COM ELES. Minha amiga me convidou para passar na casa dela...mas confesso que acho cedo ainda, muito cedo, para algo desse tipo. Não me sinto exatamente preparado. Não para algo dessa magnitude. O natal eu de fato não sei. O natal sem ela...o primeiro...preciso lutar muito, muito para não ficar sozinho por opção. O ap estará vazio. Sei que será uma guerra, contra meus sentimentos...8 natais juntos..e o primeiro...o primeiro será inevitável fugir da tristeza e de tudo que virá...sei que ela estará feliz...bem...perto dos que ama...eu deveria fazer o mesmo...se há um mês a perspectiva era tenebrosa, hoje é translúcida, e posso ter uma noite alegre com quem me ama e com quem já amo, meus amigos.Mas enfim...isso é assunto para semana que vem.Quando vou pensar. Quando vou me encarar e ver o que restou desses últimos 20 dias, tão diferentes na minha vida!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

A novidade.

Desde tudo que aconteceu, todas as pessoas mais próximas de mim diziam que para melhorar, eu deveria achar uma namorada, alguém que me desse o carinho e o amor que perdi.Como se alguém pudesse substituí-la. Não pode. Nada. Nem ninguém. Mas nos últimos dias tenho sim experimentado a diferente sensação de não estar mais "solteiro". Não, não é namoro. Não é nada oficial. Estamos ficando. Nos conhecendo. Uma colega que trabalha no colégio onde funciona o cursinho que dou aula. Sempre nos falávamos. Ela sempre rio muito comigo. Saímos para tomar café em algumas oportunidades. Principalmente quando eu chegava mais cedo para minhas aulas de sexta. Nunca pensei, imaginei ou sonhei que ela teria qualquer interesse por mim. Ela é 10 anos mais jovem. Tem 23 anos. É uma moça que trabalha, faz faculdade, é educada. Ficamos na última semana conforme relatei aqui. E desde aquela segunda vez ficamos todos os dias. Trocamos mais de 1000 mensagens. Falamos muitas vezes no telefone. No domingo saímos após a cobertura do vestibular para jantarmos juntos. Pela primeira vez em muito tempo fiz esse tipo de programa com uma mulher. Rimos. Contamos histórias. Contei as minhas integralmente. Ela não me rejeitou. Fez milhares de perguntas. Algumas consegui responder e outras eu não tenho a resposta.Perguntou se eu tinha em algum lugar fotos da minha ex namorada. Mostrei as do celular. Mostrei as fotos do meu cachorro. Ela a achou lindíssima. Ela é mesmo. Linda demais. A Mulher Mais Linda do Mundo. Tivemos depois das fotos 5 minutos de silêncio constrangedor. Mas ela tem muito atitude. Me chamou para perto dela. Me beijou. Após caminhamos pela praia, de braços dados. Como ela é menor ( bem menor que minha ex namorada) tenho uma sensação estranha de proteção que talvez nunca tenha passado a minha ex, já que eramos exatamente da mesma altura. Foi tudo muito bom. E ao mesmo tempo muito estranho. Em vários momentos me perguntei o que fazia ali. Em outros pensei em ir embora. Em outros ainda me perguntava se ela passara por essas mesmas sensações na primeira saída oficial com o seu namorado...não conseguia me desligar...Mas me mantive ali. Uma coisa é sair com uma pessoa, dar meio dúzia de beijos e não ter nenhuma ligação. Outra coisa é um jantar planejado. Passeio na praia. Conversa. Busca pela intimidade, que a propósito ainda não sei. Foi estranho deixa-la na porta de casa às 23 horas. Horário para entrar. Eu não entrar. Me despedir no portão. Coisas que não faço há mais de 7 anos.  Ainda nem a conheço tão bem. Uma coisa que percebi é que ela é passional. Ciumenta. Se irrita rápido. Na sexta depois do aulão, em meio a tantos abraços de alunos e alunas, ela foi embora por não estar ganhando atenção. Brigou comigo e depois pediu desculpas. Ontem no encerramento, quando saímos todos os alunos e professores para comemorar, ela foi junto. Como amiga, sem os outros perceberem o que está acontecendo. Não quero pressão. Por hora só três amigos sabem.Não sei pra onde vai essa relação. Sei que nos beijamos já sem muita cerimônia. Hoje ela veio do colégio para almoçar comigo no estágio. Mas a noite não nos veremos. Tenho mais um compromisso. Jantar de despedida, dessa vez mesmo, do meu amigo que mora comigo e sairá em intercâmbio. Mas agora nesse momento estamos trocando mensagens, enquanto ainda cumpro meus horários atrasados no estágio. Agora é hora de colocar em dia as coisas. Eu estou muito contente. Ainda há um mix de sentimentos, mas posso dizer com tranquilidade que essa semana que passou, com toda a sua correria, com os jantares com os amigos, dormidas na casa para ver UFC, guerra de travesseiro, zoação, pré vestibular, aulas a mil dos meus alunos e agora alguém que evidentemente gosta de mim, foi a melhor. Uma semana que há tempos não tinha! E que quero repetir! Eu estou tentando...juro que estou!

Realizado!

Ontem enfim encerramos o pré vestibular comunitário que dou aula. Com o fim do vestibular na minha cidade, essa etapa da minha vida, tão importante, tão intensa,tão salvadora, acabou. Com o término, confesso que fiquei meio perdido. Sem rumo. Sem saber o que fazer. Vou sentir falta demais. Mas o sucesso foi gratificante. O nosso trabalho foi lindo. o aulão de sexta, foi dos sonhos. A cobertura do vestibular de sábado, domingo e segunda foi exemplar. Ver o rostinho de cada aluno chegando ou saindo da prova, informando o que caiu, orgulhando a nossa equipe, foi tocante. Como professor me senti realizado por ter informado com correção o que cairia na prova, por ter deduzido que esse ano Literatura teria mais espaço no vestibular, como teve alías. Que cairiam questões relacionadas na prova de Geografia e também de História. Como caiu e eu acertei, exatamente o que foi. Não tem como não ficar contente. Foi o fruto de muito trabalho. Muito esforço e muito estudo. Foi a consagração de um estilo de dar aulas próprio. Com muita proximidade com os alunos, mas permeado por respeito, admiração mútua, força e alegria. Sei que toquei a vida de muitos alunos. Eles tocaram a minha vida. Mudaram minha vida. Quando lá em 2007 minha ex namorada entrou na Universidade e me deu força para voltar, eu nunca esperava que isso pudesse acontecer. Foi esse cursinho que me proporcionou as maiores alegrias do meu segundo semestre. Foi ese cursinho que me levou a trabalhar num colégio que amo. Que me fez professor titular de Gramática do Ensino Fundamental e de Literatura do Ensino Médio. Foi esse cursinho que trouxe para minha vida alguns dos melhores amigos que já fiz. A minha patota de sexta e sábado. Que não me deixa mais sozinho um minuto. Que briga comigo. Mas que faz carinho. Que me ama. Que eu amo. Um grupo de 5 amigos, incluindo meu melhor amigo com quem moro, que se tornou nos últimos dois meses, devagar e depois com uma força impressionante, fundamental em minha vida, em minhas decisões. Foi esse cursinho que me abriu as portas para várias oportunidades ano que vem. Que eu quero aproveitar. Que eu quero,agora na ausência de muitos deles que vão pra suas casas, ter forças para esperar. Vou me sentir perdido na semana que vem, quando eles irem. Eles que não me julgaram. E poderiam. Que ouviram as monstruosidades que fiz e disseram que o importante era o agora. O hoje. Quem eu quero me tornar! A vida que eu quero levar. A esse cursinho, a esses alunos, eu agradeço. Mas também tenho que agradecer a ela. Porque foi aquele empurrão em 2007, porque foi todo o incentivo, todas as broncas, chamadas a atenção, fé em mim quando nunca tive, que me trouxeram a esse ponto exato da vida. É dela, muito dessa vitória. Desse momento. Queria agradecer de maneira apropriada. Com um abraço.Mas compreendo a distância. Entendo não caber mais na vida dela.Compreendo a merecida exclusão. Mas me doi saber que ela não viu nada disso. As milhares de fotos, vídeos, homenagens, carinhos, os alunos fazendo pontuações altíssimas no vestibular...não foi ela que perdeu. Eu que fiz ela perder isso! De qualquer forma, afastei o máximo que pude ( sem sucesso na madrugada) esses pensamentos da cabeça. E curti aquilo que foi minha consagração e de toda a equip no vestibular. 2011 ficará marcado positivamente por isso. Por eles. A falta que eles farão, que as aulas farão, só eu sei. Mas 2012 vem aí. Falta só força para encara-lo!Vai acontecer?

sábado, 10 de dezembro de 2011

Pra sempre.

E Deus reservou para o dia 09 uma das maiores emoções da minha vida. O aulão de encerramento do Projeto Comunitário que dou aula. Umas das mais belas manifestações de amor que já recebi. Homenagens de todos os lados. Um aulão para marcar o coração dos professores, dos alunos, de todos que trabalharam arduamente para que esses jovens entrem na Universidade. Que acreditam na educação gratuita. Que acreditam que todos têm que ter a mesma oportunidade. O fim do meu namoro foi um marco na minha vida. Mas não há jeito de negar que se não fosse isso eu jamais entraria de cabeça nesse projeto. Sem foco, destruído pela culpa, pela dor, foi esse projeto e essas pessoas que me salvaram. Que se tornaram meus amigos. Que não querem mais que eu chore sozinho. Alguns alunos se tornaram grandes amigos também. Fui cantado por alunas, disputado, amado por quase todos, odiado por alguns porque ninguém é unanimidade.Dei grandes aulas. Ri. Chorei. Briguei. Discuti. Mas tudo em prol desse projeto, que nos últimos meses se tornou a minha vida.E agora...acabou...Minha base, minha muleta, minha boia, meu ânimo das sextas, sábados e domingos, terminou.Só em março. Faltam 5 dias para as temidas férias...Para o ócio, por ter feito amigos excepcionais, mas que viajam para ficar com suas famílias...Agora eu estou bem. Vivi o dia 09 mais leve de todos até aqui. O choro só veio no final das homenagens. Quando caiu a ficha de como vim parar naquele projeto. Como o que tive que perder para me dedicar a uma grande causa. Como alguém sonhou tudo isso pra mim antes de mim mesmo. Como ela amaria meu aulão fantasiado. Como ela riria das minhas piadas. Como eu queria o parabéns dela, o apertão dela. Mas a noite foi linda. Foi mágica. Foi real. E foi o dia, desde aquele triste 29 de maio, em que estive mais alegre. Mais completo. Mais realizado. Mais orgulhoso de mim mesmo. Sobretudo porque muitos, não todos, mas muitos mesmo ali, sabem minha história completa. Sabem como perdi o amor da minha vida. Sabem o quanto já errei. E ainda assim  me acolheram. Me aceitaram. Aceitaram minha liderança. Compraram minhas ideias. Essa turma ficará marcada na minha vida.Não recebemos um centavo. Mas amor dos alunos, carinho, força, estiveram sempre presentes.Agora eles vão fazer vestibular. Chegaram até nós desacreditados. Sem achar que poderiam. E ontem estavam preparados, por terem contado com uma equipe fantástica, com professores que dão aulas nos melhores colégios da minha cidade. Mestrandos, doutorandos ou até mesmo brilhantes graduandos. Não deixamos a desejar a nenhum curso e sabemos disso. Demos a eles 100% do que sabíamos. Nos fantasiamos, cantamos, pulamos, bebemos, pagamos mico, falamos sério...no meu facebook as mensagens e homenagens não param há 24 horas. Gente que nem pensava que eu tinha tocado, toquei. É muito bom fazer o que se ama. Vou guardar essa etapa da minha vida para sempre em meu coração. E lembrarei dela em todos os momentos. Sempre. Obrigado, Obrigado.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

9 motivos para nunca superar.

Mais um dia 9. Hoje faríamos 7 anos e 7 meses de namoro. O número da perfeição dobrado.Como se faz pra esquecer um amor insuperável? Como se faz pra seguir adiante, quando cada fibra do seu ser, lembra de todos os detalhes? Não há chance. Não há chance de esquecer. Nunca. Jamais. Poderia apontar mil motivos, mas em homenagem ao dia, aponto 9.

1. Impossível de superar porque ninguém ri daquele jeito, com o nariz tremendo.

2. Impossível de superar porque com ninguém eu bati papos tão inteligentes na vida.

3. Impossível de superar porque ninguém se dizia tão fria e era tão carinhosa.

4. Impossível de superar porque a gente escreveu uma história tão intensa e bonita.

5. Impossível de superar porque eu não valorizei nada disso. Deveria ter confiado no sentimento dela por mim.

6. Impossível de superar porque com ninguém eu passei noites a fio rindo, conversando, cantando...

7. Impossível de superar porque eu jamais me apaixonaria completamente por alguém após o 1º beijo.

8. Impossível de superar porque nós vivemos aventuras e mais aventuras nessa relação. Porque com ela eu cresci como ser humano, como amigo, como namorado.

9. Impossível de superar porque jamais serei perdoado. Terei aqueles olhos grandes me olhando desconfiada, apaixonada, alegre, triste, perdida,entusiasmada,feliz,intensa,viva...perdi...perdi...e perdi porque quis...porque me arrisquei, fui mau caráter, mentiroso e estraguei tudo!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Diferente.

Desde o fim do namoro eu não tive, muito por opção,escrúpulo,e absoluta falta de vontade contatos mais íntimos, românticos ou o que quer que seja com mulheres.Alunas jamais me interessaram. Fora essas, as que se interessaram realmente por mim foram aquela amiga, que até mudou de sala para conversarmos mais e uma vizinha do apartamento.Fiquei com duas meninas.A aluna, enquanto estava bêbado ( o que não serve de desculpa) e essa moça atualmente. Digo atualmente porque terça ficamos de novo.E foi assim, que pela primeira vez em tanto tempo, fiquei com alguém mais de uma vez.Na realidade terça foi um dia diferente em termos disso. Passamos o dia trocando mensagens.Foram mais de 200 ao longo do dia. Me lembrou os bons tempos em que minha ex namorada e eu namorávamos escondidos e trocávamos mensagens sem parar. Época de ouro. Enfim...Estava me sentindo só...e achei que seria uma boa responder as mensagens dela com a atenção que ela se dedica a mandar.E nessas trocas várias, conbinamos de lancharmos juntos. Foi estranho.Ali, em público, lanchando com uma menina. Ela fez um carinho na minha cabeça.Sorri meio sem graça.Falamos sobre diversos assuntos. Filmes que vimos e que gostamos. Futebol. Ela torce para o segundo time que mais odeio no mundo.Colégio. As minhas aulas. A faculdade dela. Enfim...estávamos nos conhecendo melhor. Demos algumas risadas e do nada, sem aviso prévio, nos beijamos. Passeamos pelo centro da minha cidade. Não de mãos dadas.Fomos resolver algo pessoal dela. Nova estranheza. Estava eu ali, em meio as coisa dela. Como se fosse íntimo, o que vale dizer, não sou. E após tudo isso, ela ainda se dispôs e a ir acompanhar o aulão de revisão da minha materia no cursinho. Saiu encantada da aula. Foi apresentada aos meus amigos como uma amiga. Saiu para lanchar conosco. Acompanhei-a até o terminal. E assim terminou uma noite estranha. Uma noite em que alguém estava ali comigo.Pegou na minha mão. Me fez carinho. E eu gostei. Mas aí na cama...sozinho...é no Amor da minha vida que eu penso. Sempre penso. Sigo o ritual. Sigo dizendo o nome dela em voz alta. Do namorado dela. Desejo a ela uma boa noite. E a ele que cuide bem dela. Como num mantra.Meu psiquiatra disse que é uma atitude errada por evocar durante o sono sentimentos inquietantes. Mas a psicóloga aprova, então sigo com ela. Não dói nada. Pelo contrário, durmo em paz. Não houve uma noite, há 7 anos e 7 meses que eu não tenha desejado a ela uma boa noite. E vai continuar assim.Dizem que pra sempre é muito tempo. Não pra mim. Não pro que eu sinto. Mas agora, nesse momento, eu estou disposto sim a receber esse carinho. Pode mudar amanhã? Claro. Pode mudar daqui há um minuto, tamanha a minha instabilidade. Mas com a semana que tenho, com as coisas que preciso viver, com o vestibular e todo o cansaço que vem junto, ter uma pessoa disposta a ser teu ombro é muito bom. Vou seguindo. Não sei pra onde. Mas vou.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Eu sei.

Eu sei que ela já tem um novo amor.
Eu sei que ela já é feliz.
Mais feliz.
Eu sei que ela retomou a vida dela.
E sei também que ela me retirou dessa vida.
Eu sei o tamanho do estrago que causei.
O quanto prejudiquei a ela e a todos que erraram,confiando em mim
Eu sei que mesmo amigos, jamais seremos.
Eu sei e não tenho esperanças de nada.
Eu sei o quanto ela acha que tudo que viveu comigo foi uma grande mentira.
Eu sei que ela não esquecerá. E que a lembrança será do que fiz de mau e não o que fiz de bom.
Eu sei que ela não acredita em uma palavra do que eu digo.
Eu sei que hoje eu sou menos que um estranho pra ela.
Eu sei...
O que não sei é como farei para passar por isso tudo.
Como as lágrimas cessarão.
Como viver sem perdão.
Como passar por uma cena que me chame atenção, que me lembre dela e ignorar.
Como deixar a vida mais leve.
Como, como...
Tantas perguntas e nenhuma resposta!

Domingo e segunda...

Fim de semana para um cara solteiro é complicado. É o dia em que aqui em casa eu lavo a roupa, tem  o almoço coletivo. Quando dá tempo já recolho a roupa e passo aquelas que usarei na semana. Nesse final de semana fiquei até mais tarde na cama. Levantei por volta das 09hs da manhã. Corrigi trabalhos.Fechei médias.E estudei. Com prova complicadíssima na segunda resolvi estudar. Não foi uma decisão fácil.Já havia desistido da faculdade esse semestre. Mas algo me disse que eu precisava continuar. Já desisti uma vez. Enfim, aproveitei, fiz artigo pra entregar...Meu melhor amigo só saiu do quarto ás 16horas, e derrepente tudo estava bem de novo.Sem maiores dramas.Conversamos, nos entendemos.Ele me perdoou. E espero não mais errar com ele. Passamos uma tarde realmente divertida vendo o Campeonato Brasileiro terminar. Acompanhamos tudo com atenção e risadas. Depois fomos correr um pouco pra desestressar e nos prepararmos todos do ap para a semana tensa que viria. Embora a distração estivesse boa, o coração estava na prova da OAB que ela provavelmente faria. E o desejo de que ela fosse bem. A gente esperou tanto por esse dia e agora ela o viveu com outra pessoa...Faz parte. É triste. Mas faz parte. Chegamos os 4 em casa já era tarde. Dei mais uma estudada e dormi. Na segunda...o peso no coração ainda não havia ido embora. Mas com meus próprios trabalhos da faculdade, três provas, provas de recuperação paralela dos meus alunos para preparar,aulas de revisão para montar, mega aulão para o vestibular do cursinho para preparar, não havia tempo pra nada. Chorei no ônibus para o colégio quando ele passou em frente ao shopping perto da casa dela e que tanto já fomos. Onde até já nos "casamos" por um dia numa promoção do dia dos namorados. Pensei que não daria boas aulas. Mas dei. Minhas turmas todas estão envolvidas em um teatro, utilizando videos e era o dia dessas apresentações. O ensino fundamental no primeiro dia e o ensino médio na terça. Confesso que o salão do colégio lotado e tudo aquilo sob minha responsabilidade me encheu de orgulho.Foram muito bem preparadas as peças. Saí dali e fui para minha universidade estudar mais para a prova. O que os outros passaram um mês estudando, eu fiz em dois dias. A diferença é que sou mais limitado. Mas tirei a nota suficiente para passar e fiquei bem contente. Meu amigo infelizmente não passou na prova do mestrado e ficou bem arrasado. Ele não queria conversar. Mas fiquei uma hora com ele sentando, sem dizer nada, mas presente.Foram dois dias intensos. Diferentes nas lágrimas, pelos pesos de cada uma. Pela saudade inexplicável. Insuperável. Por querer passar por isso e não conseguir...por falhar.

domingo, 4 de dezembro de 2011

O que não foi...

O sábado tinha tudo para ser um grande dia. Um dia diferente.Meus alunos do terceirão organizaram um futebol e haviam convidado apenas e tão somente seus professores mais queridos.Claro que eu estava na lista. Após o futebol um churrasco de confraternização. Depois, eu e meu amigo, professor de matemática do colégio e também do cursinho, iríamos com o meu melhor amigo e a minha amiga, professora de física, aquela com leucemia, na casa do professor de química do cursinho assistir UFC. Até aí tudo certo. Mas meu melhor amigo em seu estágio assumiu uma tarefa inglória. Pintar e arrumar uma biblioteca inteira de um colégio. Me convidou para ir a semana inteira.Eu não tinha horário para ir. No sábado, ele achou que eu deveria ter aberto mão do programa com os alunos do colégio e ido para a biblioteca com ele. Fui para o futebol. Lá mesmo não me senti tão bem. Era justamente no local, no meu bairro praticamente, onde sempre joguei. As namoradas dos professores presentes. Tirando fotos. Filmando. Tudo que ela fazia...Estar ali, foi me dando uma angústia. Uma tristeza. Quando fomos para o churrasco me animei um pouco mais. Foi bom estar no universo deles e sentir o carinho daqueles meninos. Quando terminou e fomos para buscar meu melhor amigo é que as coisas deram errado. Ele estava magoadíssimo comigo. Ao passar em casa para ele trocar de roupa, brigamos. Assim. Pela primeira vez, discutimos. Ele disse que cada um tinha suas próprias prioridades. E ele não era a minha. Que sempre que eu precisei, ele estava aqui. Que nenhum aluno morreria se eu não fosse ao jogo. Doeu. Doeu porque ele estava certo. Que tipo de amigo faz isso? Será que sigo sendo, no fundo, o egoísta que sempre fui? Brigar com ele é a última coisa que eu queria.Principalmente numa semana tão importante. Ele tem prova de mestrado na segunda feira.Nós temos uma série de tarefas que desempenharemos juntos, Gramática e Literatura até o dia do vestibular. E ele é meu melhor amigo. Com quem converso, me abro, choro, conto. Pedi perdão, ele não aceitou. Disse que estava de cabeça quente. Alegou cansaço e não foi conosco ver UFC. Fui com meus outros amigos. Mas a noite já estava destruída. Não me diverti nada. Pensei nele. Pensei na prova da OAB que provavelmente minha ex namorada fará. Em como até maio desse ano ela estava nervosa, com expectativa de não passar. Pensei nas várias formas que eu poderia acalma-lá e incentiva-lá. Mas ela tem quem faça isso hoje. Várias pessoas, vários amigos, um grande namorado. É um passo tão importante para ela. A vida dela está numa crescente. E eu não estou acompanhando. Eu a acompanhei desde o segundo simulado que ela fez, lá em 2004, no primeiro ano, até quase o fim da faculdade. Agora, outro verá a estrela dela brilhar intensamente...A noite estava perdida. O grande sábado planejado, morreu. Meus amigos tentaram me animar, mas nada adiantou. Restou um bate papo melancólico. Restou a generosidade deles. Reclamar as dores da vida com uma pessoa com leucemia, creio que também diz muito a respeito do meu caráter. Mas o carinho e a entrega dela comigo têm sido total desde que nos aproximamos. Em pouquíssimo tempo ela se tornou minha mais querida amiga. Fazendo de tudo para que eu me alegrasse.E ontem foi assim. Fiquei sabendo um pouco da sua história. Qualquer hora compartilho aqui. Devidamente autorizado por ela, claro. Cheguei em casa tarde. Sem ânimo. Chorei na cama por essa junção de fatores que relatei.Custei a dormir. Hoje pela manhã acordei com a ligação da diretora do lar onde vou fazer meu trabalho voluntário. Há 3 semanas não apareço por lá. O tempo escasso não tem permitido. Mas prometi retornar com força total após o vestibular. Quem sabe passar o natal lá...se eu tiver forças para no natal chegar...

Emocionante.

Foi bonito demais. Sexta foi a última aula, aula mesmo do projeto comunitário que participo. Colocamos todos os alunos no auditório. Eles tiveram um intensivão de física. Eu e a equipe de Português ficamos em outra sala preparando tudo para o aulão da próxima sexta feira. Ao término, entramos na sala e mostrei minha homenagem. Ficou linda. E emocionou até os professores.Muita gente chorando. Eu chorei demais, porque nesses seis meses abracei esse projeto como poucas coisas na minha vida. Foram horas intensas de dedicação. De amor. De presença. Foram vários os alunos que entraram na minha vida. Que curtem qualquer besteira que posto no facebook. Que fazem meu msn quase entrar em parafuso quando estou online.Que fazem festa quando chego. Que fazem da minha aula, da minha matéria a preferida.Foram meses de futebol jogado, churrascos, festas na sexta, no sábado...foi intenso demais.Claro que houve muito estress.Não se monta um projeto dessa magnitude sem se incomodar. Mas tudo valeu a pena. E agora, tá acabando. Nessa semana começam as aulas de revisão e depois nosso grande aulão na sexta. Gramática,Literatura e Redação ficou para terça feira, que na realidade é o único dia que posso mesmo. A semana está cheia.Ao término da homenagem, muitos, muitos abraços emocionados. Seja da nossa equipe das sextas feiras, aqueles 3 são hoje meus melhores amigos, seja a gente com os alunos. Foi um momento absolutamente marcante em minha vida.Demos nossa última saída na sexta. Rimos, relembrando cada mico pago, cada musiquinha inventada,cada livro que passamos. E assim, sem mais nem menos uma importante etapa da minha vida, teve fim. Confesso que sexta feira que vem, quando tudo acabar mesmo vai doer mais. Eu não estou preparado para perdê-los.Não estou preparado para abandonar minha rotina de aulas por quase 3 meses.Esse projeto salvou minha vida literalmente em muitas oportunidades.O intenso amor que recebi de meus alunos e alunos foi e é meu apoio em momentos complicados. Quantas vezes achei que não fosse conseguir e uma aula na sexta me ajudou? E agora? Vai se aproximando o pior período do ano para mim. As férias. O ócio. A solidão. O quê vai ser de mim agora? Mesmo a paixonite das alunas fará falta. Massagearam um ego destroçado. Eu tenho medo de que com o passar arrastado das férias, eu fique paralítico. Quebrado. Sem ação. Medo. Muito medo. 

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Onde eu parei?

Carlos Drummmond de Andrade em sua imensa sabedoria e inexplicável talento nos presenteou com essa obra da arte, que poderia ser meu mantra.Eu poderia acreditar. Crer pra valer. E você que me lê, também:

Não importa aonde você parou...
Em que momento da vida você cansou...
O que importa é que sempre é possível e necessário "Recomeçar".
Recomeçar é dar uma chance a si mesmo...
É renovar as esperanças na vida e o mais importante...
Acreditar em você de novo.
Sofreu muito nesse período?
Foi aprendizado...
Chorou muito?
Foi limpeza da alma...
Ficou com raiva das pessoas?
Foi para perdoá-las um dia...
Sentiu-se só por diversas vezes?
É porque você fechou as portas até para os anjos...
Acreditou que tudo estava perdido?
Era o início da sua melhora...
Pois é...
Agora é hora de reiniciar...
De pensar na luz...
De encontrar prazer nas coisas mais simples de novo...
Que tal um novo emprego?
Um corte de cabelo arrojado...
Diferente?
Um novo curso...
Ou aquele velho desejo de aprender a pintar...
Desenhar...
Dominar o computador...
Ou qualquer outra coisa...
Olha quanto desafio...
Quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus, o esperando.
Está se sentindo sozinho?
Besteira...
Tem tanta gente que você afastou com o seu "período de isolamento"...
Tem tanta gente esperando apenas um sorriso seu para "chegar" perto de você.
Quando nos trancamos na tristeza...
Nem nós mesmos nos suportamos...
Ficamos horríveis...
O mal humor vai comendo nosso fígado...
Até a boca fica amarga!
Recomeçar...
Hoje é um bom dia para começar novos desafios.
Onde você quer chegar?
Ir alto...
Sonhe alto...
Queira o melhor do melhor...
Queira coisas boas para a vida...
Pensando assim trazemos para nós aquilo que desejamos...
Se pensamos pequeno...
Coisas pequenas teremos...
Já se desejarmos fortemente o melhor e, principalmente, lutarmos pelo melhor, o melhor vai se instalar na nossa vida.
E é o hoje o dia da faxina mental...
Joga fora tudo que te prende ao passado...
Ao mundinho de coisas tristes...
Fotos...
Peças de roupa, papel de bala...
Ingressos de cinema, bilhete de viagens...
E toda aquela tranqueira que guardamos quando nos julgamos apaixonados...
Jogue tudo fora...
Mas, principalmente, esvazie seu coração...
Fique pronto para a vida...
Para um novo amor...
Lembre-se: somos apaixonáveis...
Somos sempre capazes de amar muitas e muitas vezes...
Afinal de contas...
Nós somos o "Amor".
"Sou do tamanho daquilo que vejo e não do tamanho da minha altura"