quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Quase sem dia 29.

O dia 29 quase não existiu dessa vez. 
Ano bissexto. 
O dia 29 quase desapareu. 
Não tem dia 29 em Fevereiro.
Dessa vez tem. 
Quase não teve dia 29.
Alegre com provas, alunos,colégio, amigos.
Existiria o dia 29 esse mês?
Estaria sem o dia 29 pela primeir vez?
Não. Porque o dia 29 está sempre ali.
Enterrado no coração.
Como um punhal.
Como uma ferida enorme.
Que não cicatriza.
Não fecha de vez.
E que se muito mexer, machuca.
Sangra.
Abundantemente.
O dia 29 continua no coração.
Como o símbolo do que foi perdido.
E jamais será recuperado de novo.
O mundo que caiu.
O mundo de vida inventada, mentira contada, 
alma manipulada,
mas,
Amor de verdade!
Ah...o amor sempre foi real.
Assim como a dor de quem foi embora.
Reconstruiu a vida.
Deu seu coração para outro.
E quem perdeu, ficou.
Estagnado.
Perdido.
Não só dia 29.
Todo dia.
Mas os dias 29...
Ah...
Esses, sempre serão diferentes.
Tão diferentes, que mesmo quando não eram pra existir, 
quando não deveriam constar no calendário,
Eles aparecem.
Para que não esqueça.
A presença.
A  força.
De um único dia.
Que se multiplica, ora por 30, ora por 31, todo mês.
E a cada quatro anos, por 29.
Todo dia é dia 29!

Um pedaço do céu.

"Quem conheceu um amigo jamais morrerá, pois os amigos são um pedaço do céu..."  

O cantor Antônio Cardoso fez nos anos 80 uma das mais belas homenagens a amizade, com essa canção. Expressiva e intensa, ela retrata com maestria o que une dois amigos. O amigo com quem moro se tornou quase que meu irmão. Morar junto trás detalhes a relação que as vezes desgasta. Uma luz acesa até tarde, estressa. Um ir fazer o jantar depois das 23hs, irrita. Um cantar, estudar, depois da meia noite, também. Por conta disso, somos dois irmãos, que brigam, divergem, mas que dão apertados abraços de despedida, nem que ela seja por algumas horas. Temos aquela intimidade nata, de quem mora junto. Mas o meu amigo, professor de matemática...esse é meu anjo. Meu companheiro. Minha luz. Aquele que quando as coisas vão mal, vem correndo me encontrar, não importa onde eu esteja. Que me defende. Me entende. Me ama. Só que ontem ele é que precisava de mim. Então fui até ele. Mesmo não sendo exatamente num bairro que sou fã de pisar. Mas lá fui, com todo amor do mundo, ajudar meu amigo. Conversamos durante horas. Até ele se acalmar, até aquilo que ele estava sentindo ir embora. E foi. Me senti extremamente contente, por ter ajudado. Pelo abraço. Por ter sido útil. Eu amo demais aquele cara. Assim como amo o que mora comigo. Acho que nunca tive um amigo assim. Nosso sentimento um pelo outro é tão genuíno, tão puro...Somos daqueles que estão batendo papo na internet, quando um fala, sem receio: "Tô com saudade de ti sabia? Faz dois dias que não nos vemos." E aí, a gente se encontra. 
Em meio ao bate papo de ontem, de alguma forma, quando as risadas já haviam tomado conta da noite, o papo caiu na minha ex namorada, claro. E pela primeira vez em muito tempo, falei dela, rindo. Relembrei com carinho e de um jeito que ele mesmo falou que nuncam me viu, contente. Mostrei cada uma das mensagens que existem no meu celular, dela; Compramos esse celular juntos e desde então eu não apaguei nenhuma mensagem. Nem as boas, nem as ruins. A primeira delas, foi no dia 31.08.10. Estávamos brigados. E ela me mandou a noite: "Colocasse crédito para mim?" Eu respondi que não. Ela pediu desculpas e eu fui dormir com ela. Mostrei cada uma...são mais de 200 da época boa, da melhor época. E algumas poucas, já do fim. Desde a fatídica do dia 29.05.11: "Precisamos conversar." Ainda assim, cada mensagem tinha uma história e eu fui contanto todas para o meu amigo. Que me ouvia com atenção, olhos vidrados. Até que cheguei em uma, dia 23.04.2011. "Te amo. Mais que tudo. És meu amor de toda a vida, meu príncipe." Uma mensagem simples, e eu não conseguia lembrar porque recebi. Só consegui pensar, pensar, a voz foi embargando, a cara foi mudando e eu caí num choro de muita tristeza. Lamento. Culpa. Por tudo que eu fiz e não foi pouco. E pela primeira vez, eu tive um super abraço pra me consolar. Um afago na cabeça, um "Eu estou aqui, vou sempre estar aqui." De quem me ama. De quem eu amo. Foi um momento bonito. Lembrar dela. Chorar a ausência eterna dela e ter ele ali comigo. Foi uma noite, pelo que ele estava vivenciando e eu ajudei, e porque partilhamos da minha parte, linda. De amigos. 

"Mas o bem maior é ter no peito um jeito sincero de se dar. É deixar o coração se abrir direito do jeito que alguém precisa."

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Não gostei.

Há muito que minha amizade com minha amiga do outro estado, que estudou com minha ex namorada, está de novo consolidada. Conversamos quase diariamente, servindo de apoio, força, moral, ombro. O feriadão do carnaval, ela veio passar aqui, comigo, para que o apoio fosse mais constante. Maior. Nossa relação é ótima. Mas ela tem um péssimo hábito, justificado, nas palavras dela mesma, "porque me ama." Tal hábito é desgastante e por vezes faz com que em pelo menos um dia eu me afaste dela, evitando entrar na internet ou até mesmo não respondendo as mensagens. Ela fala mal demais da minha ex namorada. Na ânsia de me defender, de me mostrar que não sou assim tão mau caráter, que não fui o único que errou em nossa relação, ela expõe o que para ela, foram  os erros mais comuns da minha ex namorada, no período que conviveram. Um comentário infeliz aqui, que minha ex namorada pode ter feito brincando ou seriamente, outra atitude ali. Ela disse que tenho que parar de colocá-la num pedestal, e enxergá-la como realmente é. É um engano comum. Não a coloco no pedestal. Sei cada um dos defeitos dessa mulher. Cada um. NINGUÉM a conhece como eu. Fui seu namorado de convivência diária por 7 anos. E "melhor amiga", enquanto fake criada, por quatro e meio. Sei de cada um dos erros nesse período. Todas as opiniões. Estive numa posição previlegiada, que namorado nenhum no mundo conseguiria. Quantos podem ao mesmo tempo ser o namorado e aquele pra quem a namorada se queixa, como melhor amiga? Esse era eu. E às vezes minha amiga finge não entender isso, apesar das minhas constantes lembranças. Ou seja, conhece-la melhor que eu, ninguém MESMO. É evidente que tenho minhas mágoas durante os sete anos que estivemos juntos. Mas perto do que eu fiz, como eu disse lá no segundo post desse blog, essas mágoas são farinha. O mais leve dos meus pecados não pode ser comparado ao mais grave dos dela. Ela é de fato a vítima. Se hoje não fala mais comigo, é um direito, mais que isso, mediante o que eu fiz, um dever. Só um espírito acima de qualquer um poderia entender, perdoar e voltar a conviver. Provavelmente se envolver com meu ex amigo ( o que entregou minha cabeça para ela numa bandeja) ou começar a namorar cedo, foi mais do que vontade, foi uma necessidade. Ao menos refez a lista de amigos. Se entendeu com a irmã. Achou um lugar para as amigas do Direito que eram tão negligenciadas. De certa maneira, a descoberta do meu mau caratismo, só fez ela crescer. E vamos combinar? De certa forma eu também. Psicólogo, psiquiatra, morar sozinho, professor, inserido em projetos sociais, amigos para a vida, sem julgamentos. Aceito. Mas monitorado. Por isso que não gosto quando ela é tão cruelmente criticada. Jamais fiz isso nesse espaço. Jamais quis expo-lá. Tudo que falo não tem efeito prático, porque creio que 90% de vocês sequer a conhecem. Nunca viram. Não tem ideia do que eu estou falando. Poderia falar coisas mais íntimas, mas me causariam desconforto, e se ela lesse tais coisas, ou amigos, ou namorado, poderia causar situações constrangedoras. E nunca, em tempo algum quis fazer isso. Não quis tornar esse blog, ou meus desabafos com meus amigos uma disputa. Não há tal coisa. Ela está certa. Sempre esteve. É a vítima. Eu o vilão. Acredito piamente nisso. Defendo essa ideia e brigo por isso para qualquer um que ousar falar mal dela. Isso não é coloca-la num pedestal. Isso é ter a exata noção do que eu fiz. Do estrago. Do dano que causei. Da dor que ela ( eles, mas mais ela) teve que que experimentar para passar por tudo que passaram por minha causa. Eu segui minha vida. Não me matei. Não por pena. Não por nada. Não fiz apenas e tão somente porque passei a crer que posso fazer algo melhor. Se jamais fizer por ela, farei pela sociedade. Pelos meus alunos. Pelos meus amigos. Pela minha família. Tenho pouco interesse em mim. Quase que nulo. Mas quero reparar o mal. Por isso não gosto de verdade quando ela é tão criticada. Ela não merece. Eu sei disso. Profundamente!

Muito,muito amor!

Culpa, amor, depressão, é quase o tripê desse blog. Quantos textos vocês leram sobre um desses três temas? Amor por ela, culpa pelo que eu fiz e depressão, tristeza por tanta coisa que advém nisso. Por horas o pedantismo acho que extrapolou o teclado e chegou aos ouvidos de muitos que aqui vem. Até eu me achei insportável em algumas situações. Mas a contratação, hoje confirmada, mais as aulas que dei hoje, me fizeram enxergar algo que eu quase nunca vejo, mas que é um fato quase que inerente a minha vida: AMO DAR AULAS. Amo meus alunos. Amo o que construí em tão pouco tempo. Muito pouco tempo. Há 9 meses atrás, o que eu era? O que eu tinha? Há 9 meses atrás, eu ainda não havia sequer dado minha primeira aula no projeto comunitário que criei. Alias, há 9 meses atrás, meu projeto comunitário nem existia. Estávamos, como lembram os leitores mais atentos e antigos desse blog, atrelados a um complicado processo com uma ong. Depois de um desgaste embate, fundei com meus amigos o meu maior orgulho. Meu xodó. Minha vida! Ali dei minhas maiores aulas. Ali fui super. Super heroi. Chapeuzinho Vermelho. Shakira. Peter Pan. Professor. Amigo. E estar ali me mergulhou justamente no que faltava na minha vida: Amigos. Claro, que amizade não acontece da noite pro dia, precisa de tempo, e primeiro fomos só conhecidos. Depois passamos a ter alguns divertidos encontros para tomar cerveja, ver futebol, rir. Logo depois, uma troca de confidências aqui, outra ali e enfim a amizade. Estamos sempre juntos. Formamos dentro de um grupo que eu já amo uma grande panela. A verdade foi contada para cada um. Repetida em grupo. Não houve entendimento. Nem passar a mão na cabeça. Houve acolhimento. A possibilidade de uma segunda chance. A indicação para trabalhar num colégio particular. Onde me encontrei. Onde dou aula para todos os alunos. Desde as crianças do 6º ano, até a turma doida do Terceirão. 32 em umas, 40 em outras. Amado por praticamente todos. Quase uma unanimidade. Chamado para paraninfo do terceirão com três meses de colégio. Hoje, dito pela própria diretora, peça fundamental. Dei indicações para professores de inglês, biologia e redação, prontamente aceitas. O colégio é minha casa. Sou regente de 4 turmas. O 6º( alguns chegaram a dizer que sonhavam com o dia que teriam aulas comigo) ,o 7º ( meus pequerruchos  do ano passado, meus protegidos)
o 1º ano( meus amores, dos quais fui o professor homenageado enquanto eles se formavam no 9º ano, ano passado) e o 2º ano ( futuro terceirão, amor a primeira vista. Meus alunos predileitos, e eu predileito deles) Honestamente, não sou regente de pelo menos mais duas porque não quis e não conseguiria dar conta de tanta coisa. Sou realizado nesse colégio. Mesmo nos dias mais sombrios, é lá que me encontro. Basta uma sequencia de aulas, ver aqueles sorrisos, pro meu humor, estado de espírito mudarem. Foi assim ontem, arrasado, alquebrado e depressivo por conta da espionada no Face da minha ex namorada, cheguei no colégio indisposto. Mas como resistir a tantos beijos, abraços, afagos? Aquelas carinhas juvenis, infantis, esperando ansiosamente as minhas aulas? Não dá. Hoje é dia de dar seis aulas lá. Começando com o terceirão ás 7hs da manhã e fizemos uma festa e uma super aula. Estou vivendo meus últimos dias aqui no meu estágio, treinando meu substituto para viver disso. De dar aulas. Dessa emoção. Dessa recompensa que não vem do salário. Vem da fila de alunos na biblioteca pegando livros para ler. De estar no coração dessa gente toda. O que sinto por isso, por eles, pelo meu cursinho comunitário, por meus alunos de modo geral, é isso, AMOR! Muito amor. Eles se tornaram o que eu tenho de melhor. Quando sou professor, esqueço meus problemas, quaisquer que eles sejam, e dou minha melhor aula. Rio, brinco, os gritos de bom dia mais altos sempre são os meus. Eu vou construindo uma nova história. Vou sendo alguém muito diferente do estagiário que se virava há 9 meses atrás com menos de um salário mínimo. O fracassado  que todos amavam rir(com), mas ninguém no fundo admirava. Vou matando dia a dia o mentiroso. O crápula. O manipulador. O traidor. Ainda há detalhes desse cara por aqui. Mas ele morre um pouco a cada dia. Em seu lugar, alguém melhor. Mais. Alguém mais parecido com um ser humano. E acima de tudo UM PROFESSOR! Sonho realizado!

Auge!

Quando eu entrei na faculdade de Letras Português, meu sonho era apenas um só: Dar aulas. Não sabia onde chegaria, mas tinha uma ideia. Pensava que daria aulas o dia inteiro, na rede pública de ensino. Das 7h da manhã, até às 22hs. Tudo isso para ter um salário, como todos sabem, bastante desanimador. Na universidade os sonhos vão florescendo. Namorei uma pessoa que sempre fez eu pensar no mais alto patamar. Familiares dela, que sempre viram o status, o ter, como a coisa mais importante do mundo, também diziam o mesmo. Eu tinha que dar aulas em colégios particulares. Em cursinho. Na Universidade. Mas nunca me achei exatamente capaz. Embora em literatura minha base teórica seja de bom nível, meu grau de leitura seja excelente, em gramática ainda deixo a desejar. Serve para dar aulas para o Terceirão, gabaritar a prova de Português da minha Federal, mas de todo modo, ainda falta algo. De toda a forma eu fui parar num colégio particular de bom nível. Com bom salário( certamente melhor do que aquele que receberia se trabalha para o Estado.) e tendo como material didático a maior rede de ensino do meu estado, o que abre muitas portas. E, desde a semana passada, fui contratado pelo 2º maior cursinho de  uma das maiores cidades do meu estado, para dar aulas três aulas por semana lá. Salário de gente grande. Nível do cursinho de excelência. Uma oportunidade que caiu no meu colo. Eles me procuraram. Eles ligaram para o colégio atrás de mim. Para meus professores do cursinho comunitário. Por causa de quê? Acreditem...do meu Facebook. Com tantas fotos de aulas, com tantos recados de alunos apaixonados, com tantos vídeos soltos pela internet, viram em mim a melhor opção. Não alguém da cidade. Em mim. É sem sombra de dúvida meu auge.Isso somado ao cursinho pré vestibular onde darei aula a noite, mais o colégio onde dou aula, mudará o patamar da minha vida. O curso na outra cidade ofereceu-me 4 vezes mais do que eu ganho. Para ir para lá e implementar meu estilo. Meu jeito meio doido de dar aulas. Com músicas, pulando na carteira, berrando com meus alunos. Sendo amigo, parceiro, confidente deles. ESSE sonho é muito maior do que eu sonhei. Acho que é bem parecido com que minha ex namorada e família sonharam, mas talvez, exceto ela claro, a primeira a acreditar de fato em mim, acharam que eu nunca fosse conseguir. Eu consegui. Cheguei lá. Alcancei meu auge. A questão é: E agora? Em muitos aspectos ainda me sinto vazio. Mas nesse momento, estou profissionalmente mais realzado do que imaginei em todos os tempos.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Finalmente!

E finalmente eu vi. Ou melhor,li. Parei de imaginar. Não resisti a tentação. Sexta à noite, em casa, de boa. Um dia tranquilo por ter começado a resolver duas pontas soltas na minha vida pessoal. Minha amiga com o computador aberto. E eu imaginei o que o Facebook dela veria se eu fosse no perfil da minha ex namorada. Pensei que veria na real a mesma coisa que vejo quando utilizo o perfil desse blog. Ledo engano. O perfil estava, não entendo até agora porquê, aberto. As duas não são amigas. E lá estava tudo, tudo...Como ela se relaciona com o namorado. Ele com ela. As opiniões das pessoas. A ótima relação com a sogra. Nem de longe parecida com aquela que era com a minha mãe. Com o namorado foi doloroso ver. Mas nada diferente do que ouvi durante mais de sete anos. "Ele é o amor da minha vida". "Ele é meu príncipe." Durante muito tempo, esse foi meu apelido: "Príncipe." Tenho cartas que começavam assim. Ele a chama de amor mesmo. Em dado momento desse ano ele deve ter viajado. Estavam mortos de saudade um do outro. Passaram o final do ano em Paris! Em Paris! O sonho da vida dela. Devo estar mais que obliterado de qualquer lembrança. Que história de amor sobreviveria a Paris?? Nenhuma...Não há praia, sítio, banho de chuva ou qualquer outra coisa que possa competir com isso. Em dada parte do Facebook tinha uma postagem da ex orientadora e chefe dela, mulher detestável que a enrolou com uma bolsa questionável durante mais de um ano: "Finalmente arrumasse um namorado divertido, inteligente,bem sucedido, gente boa, e GATO." Várias pessoas curtiram. Eu virei mesmo a referência do que NÃO deve ser um namorado. O estorvo. O psicopata. O ladrão. O fracassado. O burro. Não poderia competir com um cara que mais novo que eu, já está formado e tem inclusive mestrado em sua área. Todos estão realizados. Ela tem um novo amor. Um grande amor. Alguém que a despeito de qualquer coisa que eu sinta, parece ser um grande cara. Um ótimo caráter. Incapaz de fazer qualquer coisa parecida que eu fiz. E alguém que perante a sociedade, combina muito mais que ela. Não a toa, a mãe dele autoriza viagens juntos e outras coisas que em sete ano, sequer estive perto de ter . A dor que senti ao ver tudo aquilo foi inominável. Me tranquei no quarto. Chorei compulsivamente. De dor. De tristeza. De opressão. Me senti humilhado. Lembrei quantas vezes ao longo do nosso namoro que eu  não era "bom o suficiente" para ela. Que eu nunca seria alias. Que eu era acomodado. Um velho, sem perspectiva. Um nada. E ela tinha ( tem) um futuro radiante pela frente. Ao se desassociar de mim, ela encontrou seu caminho. Com amigos que a amam demais. Bastante visível também no Facebook. 

Resolvendo.

Desde que tivemos o afastamento, por minha causa, aquela amiga especial e eu ainda não havíamos conversado. Esporadicamente um "oi" sem sentido nos bate papos, mas apenas isso. E não é legal deixar uma pessoa de certa maneira fazer parte da sua vida e logo após, descartá-la. Na sexta, com um pouco de tempo livre, marquei um bate papo com ela. Frente a frente para esclarecermos tudo. Falei novamente dos erros que cometi nos últimos anos. De como isso me persegue e fatalmente me perseguirá pelo resto da vida. Que foi bom ela fazer parte da minha vida como fez. Estava sim carente, precisando me sentir amado e querido, não pelas minhas alunas, e ela fez isso. Que a falha da nossa relação nunca esteve nela. E sim em mim. No meu jeito de levar a vida desde que meu namoro acabou. De como ainda não me encontrei na minha vida pessoal, com outra pessoa, qualquer pessoa. Ela foi gentil. Disse sentir minha falta. Que segue me amando. Sentindo minha falta. E que eu sei que quando precisar, ela estará por perto. Achei bonito. Essa moça gosta de mim de graça. Estava me fazendo mal, vê-la postando na internet coisas tristes. Sei o que é postar essas coisas. A diferença é que eu leio. As minhas não são lidas. Jamais serão....Enfim...fizemos um lanche. Não ficamos. Ela até fez algumas insinuações, mas seria criancice e dar um passo pra trás. A maneira de respeitar o sentimento dela, foi não ficando.

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Na mesma tarde, também bati um papo por telefone com a única menina que de fato me interessei nesse tempo. Não quero e não gostaria que ela saísse da minha vida. Não sei porquê. Mas ela me fez falta nos dias que ficou sem falar comigo. E ela ficou literalmente sem falar comigo. Liguei. Ela atendeu. E não fiz muitos erros. Disse que me culpo todos os dias pelo que fiz. Que ninguém me perdoou, mas antes deles, que eu não me perdoei. Que desde então, tenho tentado levar minha vida com mais decência. Que não consigo sempre. Ainda erro. Ainda minto. Mas que ao contar tudo para ela, eu estava sim pedindo-a para ficar em minha vida. E não queria que nenhuma mentira ficasse entre  nós dois. Que poderia omitir e ela jamais saberia disso. E que por fim, queria a amizade dela. Ela disse que era complicado. Que jamais na vida dela conviveu com alguém que fez algo tão medonho. Que quando eu contei, a impressionei muito. Que tinha que ser muito frio para fazer algo do time. Que ela ficou encantada demais ao me conhecer. Que os três primeiros dias foram divertidos. Mas depois me mostrei ansioso demais. Grudento demais. E por fim, canalha demais. Mas que ela crê sim em segundas chances. Comentou sobre um erro que ela cometeu que a atormenta há 8 meses. É farinha perto do meu. Não dá pra chamar de erro. E disse que muito devagar, sem ansiedades, poderíamos sim conversar. Fiquei bem contente, era justamente o que eu queria!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Fácil.

-Acostumar-se a acordar todo dia às 5:30 foi fácil. Difícil foi se acostumar a ficar sem o gostoso beijo de boa noite.
- Acostumar-se a ouvir música no ônibus, foi fácil. Difícil é quando esquece o fone, o livro e tem que olhar a paisagem e não fazer aquela ligação.
- Acostumar-se a ir no cinema sozinho, foi fácil. Difícil é sentar nas poltronas namoradeiras sem ninguém. 
-Acostumar-se a lavar roupa, foi fácil. Difícil foi vê-las perdendo aquele cheirinho.
-Acostumar-se com séries novas, foi fácil. Difícil foi não contar a novidade, entusiasmado.
Acostumar-se a ler os gibis sozinho, foi fácil. Difícil foi reler os gibis sozinho.
Acostuma-se a criar lembranças novas, foi fácil. Difícil é esquecer as "velhas".
Acostumar-se com o silêncio, foi fácil. Difícil é esquecer do som da voz de quem se ama.
Acostumar-se com lágrimas espessas,foi fácil.Difícil é acostumar-se com o fim do riso fácil.
Acostumar-se com o erro, foi fácil. Difícil é conviver com a culpa.
Acostumar-se com a solidão, foi fácil. Difícil é saber que você já tem alguém.
Parece que acostumar-se não é mesmo fácil...

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Carnaval!

Festa da carne. Pagã. Durante muitos anos de minha vida serviu para que eu ficasse mais próximo de Deus. Fiz muitos retiros em época de carnaval. Não,nunca fui exatamente um folião. Não gosto muito de multidões, barulho, povo se esparrando, nada disso. Sempre preferi um programinha mais tranquilo, saudável, com amigos. Nos últimos anos, ela e eu até saímos algumas vezes. Nosso primeiro carnaval foi num retiro. Aguentamos ficar apenas dois dias. Pela primeira vez na vida eu matara um retiro. Saímos de lá direto para o cinema. Vimos e dormimos durante "Alexandre, o Grande," filme com a Angelina Jolie e que nunca descobri se de fato era bom. Fomos para a casa dela e foi um dos primeiros finais de semana que ficamos sozinhos, só nos curtindo. Foi inesquecível. O últimos também foi divertido. Saímos em quase todas as noites, só a gente. Baile em choperia, de rua, em clubes. 7 anos né? Histórias dessa festa não nos faltam. Esse ano estamos construindo novas histórias. Separados. Ela pode ter ido viajar. Visitar a sogre lá no estado dela. Ou uma romântica viagem com o namorado, devidamente autorizada pela mamãe orgulhosa ( sim, há uma ponta de mágoa nisso. Impossível não associar a "benção" da mãe dela a condição financeira, social e universitária do genro. Por mais que para minha ex namorada nada disso importava, status sempre foi tudo para a mãe dela. E olha que a amo demais. Mas isso não é uma opinião, e sim um fato.) Enfim...ou pode ter ficado e curtido com seus novos amigos. Não sei. Eu fiquei. Fiquei com meus amigos. Fomos a praia, nos divertimos além da conta. São meu alicerce e falar disso aqui é dar vazão a algo que para vocês leitores é óbvio. Ontem eu saí com minha amiga que voltou do estado onde está estudando para passar a semana aqui e alguns dias comigo. Todos dizem que estamos namorando. Ficando. Juntos. Chega a cansar. Porque não estamos. Até poderíamos. Mas não estamos. Estamos bem. Curtindo e aproveitando a companhia um do outro. Nos entendemos com perfeição. Ela não errou como eu. Mas está também presa a uma relação da qual não consegue se libertar. E é criticada por isso. Comigo ela encontra finalmente apoio e compreensão. E o faço com prazer. Porque entendo a dor de quase nove meses. A recusa da menina que mais me atraiu nesse meio tempo só me lembrou que eu sou um eterno condenado. E que não passarei incólume por isso. Nunca.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

O grande fingidor.

Você já se acostumou a nesse blog ter em vários momentos letras de música, mensagens, textos, ou poemas que acabem lembrando a MINHA situação. Eventualmente, se identificou com algum. E também sabe que não tenho por hábito colocar 2 dessas situações seguidamente. Mas hoje foi inevitável. Inevitável por ter ouvido uma música, relativamente famosa, trilha de diversos filmes, e conhecer sua tradução. Achei que foi feita sobre medida para mim. Não fosse uma música da década de 50 e eu assim pensaria...Com vocês, The Great Pretender, do The Platters:


O Grande Fingidor

Ah sim, eu sou um grande fingido
Fingindo que eu estou indo bem
Minha carência é tanta que eu finjo demais
Estou sozinho, mas ninguém percebe

Ah sim, eu sou um grande fingido
À deriva em meu mundo
Eu joguei o jogo, mas para minha vergonha
Você me deixou sozinho e aflito

Tão real é o sentimento da fantasia
Tão real quando eu sinto o que meu coração ... não pode ocultar

Sim, sou um grande fingido
Rindo e alegre como um palhaço
Eu pareço ser o que não sou, veja você
Eu estou usando meu coração como uma coroa
Fingindo que você ainda está por perto

Tão real o sentimento da fantasia
Tão real quando eu sinto o que meu coração ... não pode ocultar

Sim, sou um grande fingido
Rindo e alegre como um palhaço
Eu pareço ser o que não sou, veja você
Eu estou usando meu coração como uma coroa
Fingindo que você ainda está por perto

Chaplin.

Como leitor voraz, estou sempre lendo alguma coisa diferente. Algumas tocam tanto a alma, que gosto de dividir com vocês. Não sei ao certo porque vocês vem aqui. O que buscam. Se é só curiosidade. Não sei explicar como um blog sem propaganda, sobre a minha vida leviana, atraia sempre novos leitores. Mas fico contente...Para quem achou que escreveria para as paredes...Esse texto de Charles Chaplin é o que entrego para vocês nessa segunda feira de carnaval. Tocou minha alma. Tocará a de vocês também:


Tua caminhada ainda não terminou....
A realidade te acolhe
dizendo que pela frente
o horizonte da vida necessita
de tuas palavras
e do teu silêncio.

Se amanhã sentires saudades,
lembra-te da fantasia e
sonha com tua próxima vitória.
Vitória que todas as armas do mundo
jamais conseguirão obter,
porque é uma vitória que surge da paz
e não do ressentimento.

É certo que irás encontrar situações
tempestuosas novamente,
mas haverá de ver sempre
o lado bom da chuva que cai
e não a faceta do raio que destrói.

Tu és jovem.
Atender a quem te chama é belo,
lutar por quem te rejeita
é quase chegar a perfeição.
A juventude precisa de sonhos
e se nutrir de lembranças,
assim como o leito dos rios
precisa da água que rola
e o coração necessita de afeto.

Não faças do amanhã
o sinônimo de nunca,
nem o ontem te seja o mesmo
que nunca mais.
Teus passos ficaram.
Olhes para trás...
mas vá em frente
pois há muitos que precisam
que chegues para poderem seguir-te.

Lindo não?

Os ombros.

Ao menos não posso mais reclamar de solidão. Não aquela massacrante. Há ainda uma solidão inerente a mim. As minhas vontades. Depreendida da minha alma. Mas companhias maravilhosas, eu sempre tenho. Fui agraciado não com um, mas com dois melhores amigos. Tão diferentes na essência, tão iguais no grude, carinho e amor comigo. Estão sempre ali. Pra tudo. Nunca me julgaram. Cuidam para que eu não minta. Sim, sou desses que precisa de "cuidados" para não mentir. Ser vigiado. E avisado quando está se passando.Assim são aqueles comigo. Não me condenaram. Até hoje não entenderam, é fato. Mas não me abandonaram. Nunca me trataram diferente. Ou me rejeitaram. Me consideram o líder deles. Guio o grupo. Sou confidente de ambos. E eles os meus. Nessa altura, não há nada que não contemos um para o outro. A relação com ambos é diferente. O que mora comigo, é mais duro. Mas sempre disposto a conversar. Encara meus problemas e me motiva sempre. Mas sem aquele "carinho" habitual das pessoas sensíveis. Até porque ele não é. E essa é a maior vantagem dele. Ele fala as coisas duramente. Sem rodeios. Sem flores. O outro, o professor de matemática, é todo carinho, embora também saiba ser firme. Nessas diferenças, eles se completam. E me completam. Ontem por exemplo, um dia que eu estava caidinho no meu quarto, já preparado para um dia de depressão, eles aqui invadiram e me puxaram para um ótimo dia na praia. Foi demais. Apesar do imenso vazio, da aparente noite constante que se fez na minha alma, estar com eles é ver e sentir um brilho, que por muitas vezes eu jurava acabado. O brilho daquilo que me fez falta durante anos e eu talvez nunca me dera conta: melhores amigos. Meu último grade melhor amigo, foi aquele que indiretamente originou a criação do fake que fiz para enganar minha ex namorada. Como já dissera aqui em algumas oportunidades, mesmo aquele que chamei de meu melhor amigo aqui, que também enganei com minhas mentiras, aquele que abriu os olhos dela, já não era mais há muito tempo, pelo simples fato de, já sabendo dos meus erros, jamais ter perdoado ou esquecido. O que vale lembrar, jamais foi culpa dele. Não é culpa de ninguém não esquecer o que eu fiz. O que eu fiz, o abuso de confiança, as mentiras, as dores, não foram feitas para serem esquecidas. Ou entendidas. Quem entende, tem uma alma muito iluminada. Acima de tudo. É diferente. O mérito não é meu.

Passado que condena!

Foi rápido. Um flerte, algumas cantadas, muitos papos, intimidade, mesmo de longe uma troca de carinho incrível, alguns planos e por fim...o fim! Fiz uma promessa e sigo mantendo-a a qualquer custo: Quem entra na minha vida, precisa saber da minha história. Já estive pior, antes bastava entrar na minha vida e eu já contava. Agora sou um pouco mais criterioso. Se entrar e der pintas que ficará, merece saber onde está entrando. E foi assim que contei ao foco do meu maior interesse em 8 meses, tudo que fiz com minha ex namorada e amigos ao longos dos anos. Tornou-se fácil contar às pessoas. E isso é uma vitória. Eu não crio expectativas. Eu conto. De um fôlego só. Há os que entendam. E há os que não. Essa pessoa que conheci, não entendeu. E não entendendo, me rejeitou. E eu imaginei que não doeria, mas doeu. Muito mais porque foi uma lembrança clara de que o que eu fiz não tem perdão. Quem vai querer, de verdade, se relacionar com alguém que manipulou, mentiu, e enganou tantas pessoas a sua volta? As pessoas ficam com medo. E ficam com razão. Não é fácil aceitar o que eu fiz. Não são poucas as vezes que em busca da minha própria aceitação eu relativize as coisas medonhas que eu fiz para as pessoas. É preciso que alguém como essa menina fique totalmente horrorizada, desapontada e incrédula que exista alguém no mundo como eu e desta feita desfaça qualquer possibilidade de relação, para que a ficha caia. E foi isso que ela fiz. Com espanto, ao entender o que fiz para aqueles que amo, ela me repeliu. Não cortou a amizade, mas zerou qualquer chance de relação mais profunda. Não cortou oficialmente, mas desde quinta feira não fala mais comigo. Ou seja, foi o fim. O que eu posso fazer não é mesmo? Força-la? Impossível. Queria dizer que essa rejeição, essa pequena perda não senti. Mas senti sim. Senti porque me interessei verdadeiramente por ela. Fui dormir pensando nela uns dois dias. E foi tão bom...foi bom mudar a estação, o foco dos meus pensamentos, os meus sonhos...foi bom achar, mesmo que por um breve momento, que eu poderia ser feliz de novo, me apaixonar de novo...Reconstruir esse pedaço da minha vida que anda partido para sempre. Ela em uma semana trouxe isso para mim. Mas confrontada com a verdade sobre mim, se afastou. E no afastamento, reativou minha culpa. Minha culpa lembrou o que eu fiz. O que eu fiz, lembrou as pessoas para quem fiz. E dentre todas elas, o amor da minha vida estava lá. E claro, interesse nenhum sobrevive há esse amor. Ao todo da minha alma. E com esse círculo vicioso minha dor voltou. A tristeza veio junto e muitas lágrimas reapareceram.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Novo sentimento.

Estou encantando. Não é paixão. Ainda. Mas não estou fazendo nada para evitar que vire. Pelo contrário, como disse hoje para a psicóloga, quero que vire. Muito. Conheci ela no podcast gravado de sábado. De cara ela já me chamou atenção. Inteligente. Centrada. Ótimo papo. Ela também gostou de mim. Mora em outro estado, mas não muito longe. De cara já me deu o telefone. O skype, e o gtalk dela. E eu abri uma conta no google pra mim mesmo. No meu nome, não no nome desse blog.que tenho. Engraçado. Minha ex namorada sempre teve gmail, mas eu nunca fiz um pra mim. Sempre fiquei satisfeito com meu hotmail.Mas porque ela pediu, eu fiz. Quando chegou domingo, conversamos o domingo inteiro no skype. Mais de 12 horas de um papo que há tempos eu não tinha com ninguém. Nem com meus melhores amigos. Se eu fosse encomendar uma menina, seria ela. Além de inteligente demais, ama gibis. Mas não é só. Ela é torcedora fanática de futebol. Tá passando jogo na televisão, ela está vendo. Adora seriados. Os mesmos que eu. É apaixonada por cinema. Trabalha numa grande distribuidora de filmes nacionais. Vê 3 filmes por dia. Mas amo os cults. Tem uma voz linda. São muitas as qualidades que atraíram minha atenção imediatamente. Fui dormir pensando nela. Vocês sabem há quanto tempo não durmo pensando em outra mulher? E foram algumas que conheci nesses meses. Mesmo aquelas que foram mais íntimas. Que vieram aqui pro meu apartamento. Dormiram na minha cama. Nunca fui inteiro. Meu pensamento e imaginação sempre foi pra uma pessoa. E pela primeira vez eu dormi com um sorriso no rosto, pensando em outro alguém. Eu sinto que estou há poucos passos de voltar a ser feliz. Não pleno. Não insanamente. Mas uma felicidade tranquila. Calma. É claro que tudo isso pode desabar amanhã. Acabar. Num passe de imagem com qualquer mínima coisa. Mas por hora é bem intenso, a despeito de nos conhecermos há 5 dias. Ontem participei do podcast do blog dela. Ela tem um blog gigante e famoso sobre cinema. Foi um papo super legal. Nos ligamos várias vezes durante o dia. Falamos horas na internet. Ela é maravilhosa. E me fez mais bem nesses dias, do que jamais estive nesses últimos 8 meses. Quero que dê certo. Farei força pra isso. Eu decidi!

Volta as aulas.

E ontem recomeçamos as aulas no colégio. Momento lindo. Me senti especial demais. A apresentação no teatro do colégio foi histórica. Os professores foram chamados um a um e fui muito comemorado. Sabe quando você sente que está fazendo as coisas certo? Crianças do sexto ano ansiosas por terem aula comigo. Várias com irmãos em outras séries e que falam de mim sempre. Até os pais estavam curiosos pra conhecer o "famoso" professor. O mais legal é que consegui colocar dois professores do cursinho no colégio, fazendo a alegria da turma toda. Agora já somos uma patota. A professora de Bio ( sim, aquela mesma do final de semana) e meu melhor amigo, dando aula de redação. Ao subirmos com os alunos, fui direto para o nono ano, meus queridos formandos do ano passado. Entrei e já me elegeram regente. Fiquei lisonjeado demais. Conversamos, passei o plano de ensino para eles. Fui beijado, abraçado. Fez um bem enorme, enorme para a alma. Tiramos milhares de fotos. Fui convidado para o aniversário de 15 anos de uma aluna. Após, a primeira aula com as crianças do sexto ano. Foi lindo. Maravilhoso. Uma dinâmica gostosa, bem infantil, e pronto. Conquistados para o resto do longo ano. E assim foi em todas as outras turmas. Alunos novos, ou velhos, nada mudou. O carinho foi imenso. A massagem no ego, também. Trouxe luz e sorriso ao meu dia. Não deu tempo de pensar em mais nada. Nada mesmo. E o assomo de bons sentimentos, perdurou ao longo do dia. Contente demais!

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Nós Quase Tivemos Tudo...

Faleceu na madrugada de ontem, a cantora Whitney Houston. Já envelhecida, abusando das drogas e do álcool, morreu sozinha. Não sou fã dela. Conheço meia dúzia de músicas e só. E a que eu mais gosto é essa que permeia esse post: "Didn't we almost have it all" ou "Nós quase tivemos tudo." Faltou um nada para ela e eu termos tudo, tudo que sonhamos juntos e que até hoje sonho sozinho. Fica a saudade. E a falta que ela faz.


Nós Quase Tivemos Tudo


Você se lembra quando nós esperávamos na chuva
As noites em que quase nos perdemos mais uma vez
Nós podemos levar a noite para o amanhã
Vivendo nos sentimentos
Ao tocar você eu sinto tudo novamente


Nós quase tivemos tudo
Quando o amor era tudo que tinhamos de valor pra dar
A corrida com você valia a queda meu amigo
Amar você faz com que a vida valha a pena ser vivida
Nós quase tivemos tudo
As noites que duravam até a manhã
Você sabe que nunca amará desta forma novamente
Nós quase tivemos tudo


O jeito que você costumava me tocar me fazia bem
Nós mantínhamos nossos corações juntos pelo caminho
Um momento na alma pode durar para sempre
Confortar e manter-nos
Me ajude a trazer esse sentimento de volta


Nós tivemos os melhores momentos
Quando o amor era jovem e novo
Poderíamos procurar por dentro e achar
O mundo para eu e você
Nós nunca perderemos novamente
Porque quando você sabe o que é amor
Você nunca o deixa acabar


Nós quase tivemos tudo

Casamento.

Em 7 anos, ela e eu fomos a três casamentos. Dois familiares dela e meu grande amigo, aquele do qual somos inclusive padrinhos. Em todos eles, lágrimas dela. Dedos se apertando mutualmente nas horas do "sim", do "os declaro marido e mulher". Cochichos e planos para o nosso. Como seria,como não seria. Decoração, música. Tudo conversávamos. Não só em casamentos, mas no nosso dia a dia também. Mas casamento inspira né? Ontem eu fui no meu primeiro sem ela. Casamento de dois queridos amigos, professores de história do meu cursinho comunitário. Foi uma belíssima cerimônia. E nela, sentado ao lado de dois casais que amo tanto, mas de certa forma sozinho, o pensamento foi longe. Padrinhos entrando na igreja, lembrou o do meu amigo, nós padrinhos, caminhando até o altar...assinar o livro como testemunhas...olhar aquilo me levou às lágrimas. Um dos meus melhores amigos casou e não derramei uma lágrima. Um casal que é querido para mim, mas que não posso dizer que tenho ligação íntima, casa e eu vou as lágrimas. Por ela. Por lembrar que eu estava ali, sozinho...sem ninguém na minha vida.Não farei nenhum drama ao dizer que ninguém me quer. Isso não é verdade. Há mesmo quem queira. Mas não há ligação nenhuma. Nenhum sentimento especial. Nada. Nem um mísero bater mais rápido do meu coração. Nada. É fugaz. Até tenho alegria de estar com algumas pessoas. Interesse. Mas só. O casamento mostrou isso. Boa parte do cursinho reunido, uma linda festa e ainda assim, alguns momentos de tristeza. De pensamento longe. Quando as duas namoradas dos meus dois melhores amigos começaram a dançar, brincar entre elas, eu pensava se ela brincaria também, e claro que brincaria, porque esse é o espírito dela. Ela seria o grande xodó das meninas. A líder. Iam amá-la profundamente. Como eu amo. De todo  modo a festa prosseguiu com muita bebida, comida, risadas, emoção. A professora de Biologia e eu, bons colegas, que sempre tiramos sarro um do outro, ficamos. Meio na brincadeira, por pressão do pessoal, mas ficamos. Viemos para minha casa, ela passou a noite aqui comigo e foi estranho demais. Se me dissessem há 9 meses atrás que eu traria mulheres para passar a noite comigo, em situações que eu só cogitei estar depois de muita intimidade, eu daria risada. Mas aconteceu mais de uma vez. Claro que ao acordar hoje, ambos meio envergonhados, conversamos, demos risadas e vamos prosseguir nossa vida normalmente. Foi só diversão. Até porque vamos dizer que ela têm as mesmas preferências que eu. Mais uma festa. Mais uma noite sem ela. Eu estou prosseguindo. Como um homem solteiro. E não posso mesmo dizer que gosto dessa vida que estou formando. E o casamento deixou isso claro. A falta que alguém me faz. De dar aqueles beijos apaixonados. De brincar como só os casais com ótima ligação. Tudo que a gente fazia...Alias não me falta "alguém", falta ELA. Nunca vai deixar de faltar. Não importa quem eu traga pra casa. Passe a noite comigo. É sempre nela que eu penso. SEMPRE.

Convites Negados.

Há meses eu não oportunizo meios de reencontrar minha ex namorada. Apesar de tudo, inclusive desse jeito que tenho, eu fujo disso com todas as minhas forças. Se eu souber que ela está aqui na frente da minha casa, com o namorado, acho que não saio até ela ir embora. Não é um simples medo. É um pavor. Reencontrá-la não está entre minhas prioridade. Não quero ser rejeitado. Não quero que ela finja que não me viu. Não quero que ela ou ele civilizadamente me cumprimentem. Não sei o que quero. Mas reencontrá-la não é. Acho que uma conversa só nós dois, que nunca tivemos, com calma, sim. Mas em circunstâncias sociais, não tenho condições. Na quinta feira a namorada do professor de matemática, meu grande amigo, ela mesma uma menina doce que eu adoro, me convidou para a festa de aniversário dela. Seria numa das cervejarias da cidade da minha ex namorada. Próximo da casa dela. Já fomos lá algumas vezes. Não muitas, mas algumas. As poucas fotos que via da minha ex namorada no Facebook eram em barzinhos desse estilo. Não sei nada da vida dela. Pode ser que ela passe o dia na casa do namorado. Na casa dela. Podem ser um casal caseiro. Ou não. Mas não arrisco. Pensei muito, cogitei ir, porque é uma menina maravilhosa, me adora, me trata super  bem. Mas depois de muito pensar, recusei. Poderia mesmo reencontrar ela por lá. Daí a opção de sair também com minha amiga de outro estado. Coisa que repeti na manhã de sexta, quando passeamos e almoçamos juntos antes dela voltar para o estado onde trabalha. No final de semana ela receberia um amigo de lá e eu não poderia estar com ela de qualquer forma. Logo, essa foi nossa despedida. Na sexta a noite, novo convite. Um colega de faculdade, que se formou com meu melhor amigo, estava de partida e organizou uma festa em um lugar que minha ex namorada gosta muito. Têm fotos recentes lá inclusive. Nem pensei duas vezes, não fui no de uma menina querida para mim, não iria na de um colega. Não onde foi. Ao que me lembre, ela e eu fomos nesse lugar somente uma vez, mas as amigas dela adoram lá e ela também. Embora tenha descoberto em certa oportunidade que ela também frequenta uma cervejaria quase perto de casa, um lugar bem frequentado, com cervejas importadas. Fui lá uma meia dúzia de vezes e agora, claro, não irei mais. Convite recusado, passei a noite de sexta gravando o podcast especial do blog que escrevo cujo tema era "relacionamentos nerds". Vai ao ar no dia dos namorados. Foi bem divertido. Quatro pessoas. Dois rapazes e duas meninas. Inclusive adorei uma delas e ela me adorou. Flertamos no podcast e depois. Foi bem divertido tudo. Ficamos os 4 até às 2 da manhã  e ela e eu até quase 5. Bom fazer mais uma amiga, mesmo que distante. E assim vou sobrevivendo na minha vida. Recusando convites de passeios. Festas. Não importa quão divertidas tenham sido.As companhias. Minha vida nesses meses têm sido uma constante fuga. Fuga de encarar o que eu preciso encarar. Mas se tenho pavor de um simples shopping que fica quase ao lado do meu apartamento, como não terei de festas a noite? Não há psicólogos, psiquiatras, amigos, bate papos, que curem isso. Definitivamente não estou pronto. Acho que nem estarei algum dia. Vou construindo minha história em lugares diferentes.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Nunca mais um dia comum.

Poderia e deveria ser só mais um dia. Obrigatoriamente teria que ser. Não é mais. É o dia em que comemoraríamos 7 anos e 9 meses juntos. Ou seja, estamos há quase 9 meses separados. Eternamente separados. Era um dia para não ter nada de novo. E não tem. Ela continua distante. Definitivamente. Sem volta. Sem relação. Sem última conversa. Sem perdão. Eu continuo estagnado. Parado na minha dor. Na minha auto piedade. Em uma ou outra oportunidade, mentindo. Mas jurando para mim mesmo que faço parte dos mocinhos. Quando a realidade dura que se apresenta é que se não fosse a força das minhas vítimas, eu teria deliberadamente ( sim, sei bem o que estava fazendo) destruído a vida de diversas pessoas. Manipulações, mentiras, traições, invenções. Joguinhos. A descoberta de tudo isso foi fundamental para que o dia 09 virasse para ela um dia como outro qualquer. E pra mim a lembrança constante do que perdi. E do quanto isso me dói. Eu vejo tanta gente seguindo a vida, e o fato de eu não seguir a minha faz com que em muitas oportunidades eu me abomine. Já tive oportunidades para namorar. Para dar um novo rumo para meu coração...Mas não consigo. Perdido. O apoio vem dos amigos. Hoje, o professor de matemática, meu grande amigo, veio falar comigo, do nada: "Dia 09 hoje né? Estais bem?" Eu nunca falei especificamente para ele sobre isso. Mas ele veio conversar. E me ouviu. E falou. E foi bom desabafar sobre esse dia. Sobre culpa. Sobre minha responsabilidade do dia ter se tornado mais um no calendário. Eu estou distante da melhora. Muito distante. Não há luz no fim do túnel. Alias, meu trem sequer chegou no tal túnel ainda. Sei muito bem que depende mais de mim. Trabalho incessantemente para superar meus medos, dores, traumas, erros. Mas preciso dizer, não consigo. Eles estão em cada abrir de olhos. E só vão embora quando o sono vem. Às vezes nem assim. Habitam meu sonhos, me dando alegrias sublimes ao dormir e desesperos ao acordar. Ou pesadelos. Ou visões de como é a realidade dela hoje em dia. Dia comum? Poderia ser. Mas não é. E nem acho que venha a ser.

Na pressão.

Amigo solteiro. Namoro de 7 anos. Sozinho. Triste. Mas querido por uma série de pessoas. Cheio de alunos, ex alunos, professores, colegas de serviço e amigos de verdade, torcendo para que ele seja feliz.
Amiga solteira. Namoro de 6 anos. Sozinha. Triste. Mas querida na repartição federal onde trabalha. Amigos do centro espírita. Da faculdade de direito.Todos torcendo para que ela seja feliz. Ela passa férias na minha cidade. Depois de anos sem estar próximos, voltamos a ser os grandes amigos que sempe fomos. Próximos. Íntimos. Com conversas diárias. Seja por telefone ou pessoalmente. Saídas para jantar, almoçar, cinema. Virou minha grande companhia nos últimos dias. Porquê essa introdução? Pra dizer que desde então temos sofrido uma pressão terrivelmente engraçada de todos os nossos amigos. A cada foto colocada no facebook proliferam-se as curtidas, os comentários, as perguntas. E em cada pergunta uma pressão. Como se nós dois tivéssemos que começar a namorar.Porque nos damos bem, porque curtimos a companhia um do outro. Porque já temos uma história. E não é bom. Ontem saímos mais uma vez. Cineminha e jantarzinho. No shopping que fica no centro da minha cidade, na parte nobre. Não aquele quase ao lado do apartamento onde moro. Mesmo sabendo que não era exatamente um shopping frequentado por ela, como sempre, o medo fez parte. É impressionante. Eu não relaxo. Creio que eu não vou melhorar nunca. Olho pros lados. Procuro.Disfarço. Mas com essa minha amiga,que sofre do mesmo transtorno quando está em seu estado, não precisei. Ela sabe. Ela faz o mesmo. Ela entende. É sempre complicado. Mas de toda a forma foi uma noite ótima. Repleta de risadas. Fotos. Momentos que reafirmam uma amizade que é testada pelo desejo incontrolável de nossos amigos nos verem como namorados. Mas levamos com tranquilidade. Já conversamos que se não fosse o grande laço de amizade muito provavelmente ficaríamos juntos. Alias, nem descartamos a possibilidade. No futuro,distante, quem sabe. Hoje não estamos pronto. Meu "relacionamento" com aquela outra menina ( hoje só uma boa companhia pelo msn, não nos reencontramos desde o "fim".) só mostrou isso. E ela têm uma história semelhante para relatar. Estragaria os bons momentos que estamos vivendo juntos. Queremos reconstruir uma amizade que ficou muito tempo no vácuo. Quando fizermos isso, aí sim vamos pensar no futuro da nossa relação. SE houver o que pensar. Sem pressão. Por hora, segue a vontade de ficar junto. Como amigo mesmo!

Martelo Batido!

Demorou, mas decidi. No final da tarde de ontem o colégio para onde fiz a seleção me ligou. Não aceitou a minha proposta. Disse que gostaria muito de contar comigo, mas precisava de um professor em 4 manhãs lá. Dedicação exclusiva. Que dividido provalmente eu não rendesse tanto. Que experências anteriores com outros professores já haviam rendido alguns desgostos e não queriam que isso acontecesse novamente. Por isso a dedicação exclusiva. E me cobraram a definição ainda no dia de ontem. Fiquei um pouco em silêncio e recusei. Argumentei que não poderia deixar o colégio que me deu a primeira oportunidade. Que não me fará rico, mas me dá todas as condições de ser um bom professor. Que é um colégio diferenciado em vários aspectos. E que sou uma pessoa de palavra ( não é piada, já foi, mas não quero que siga sendo). Disse que ficaria no colégio e ficarei.Achei que isso causaria a ira da diretora, afinal quando ela me chamou para lá eu já sabia que a vaga era pra no mínimo quatro manhãs. Mas ela disse que admira muito eu ser tão comprometido.Que é esse espírito que ela busca nos profissionais dela. E que meu currículo segue lá. Quando eu precisar de uma oportunidade, ligar para ela. E na hora, a paz veio. Depois disso veio a dúvida, mas muito diferente dessa vez. O que ELA pensaria disso? Qual teria sido o conselho dela? Me criticaria? Ficaria orgulhosa? Ela é muito a favor do crescimento profissional, acho que diria que eu deveria ter trocado de colégio. Será por isso que decidi ficar? Para contrariar o que eu achava que ela queria? Esse é um bom tópico para amanhã no psiquiatra. Sei que estou contente por continuar no colégio que já amo. E que também oportunidades legais para que eu cresça enquanto professor, não vão faltar. Segue a carreira.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Perda.

Um amigo meu mandou-me para avaliação. Gostei tanto, ficou tão bom e falou tanto por mim que compartilho com vocês que já perdaram alguém e assim como eu, até hoje não se recuperaram. Nem sei se ainda vou conseguir de fato me recuperar. Parece que ela está aqui ainda. Todos os dias. Não um dia, independente da felicidade, que ela não esteja no meu coração, na minha vida. Ela me marcou de forma eterna, eu acho:

PERDA
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Querer e não poder
Lutar e não vencer
Desistir e se arrepender

Sonhar e ter que acordar
Tentar e não conseguir estar
Desejar e ter medo de arriscar

Sentir e não poder tocar
Tocar e não permanecer
Buscar e não encontrar
Lembrar e não se repetir

Criar e não poder mostrar
Ganhar e não saber perder
Saber e não poder contar
Pensar e não conseguir fazer

Amar e não poder beijar
Beijar e não saber amar
Querer e não poder te ter
Perder e não saber o que fazer


Voltas que o mundo dá.

De certa maneira já voltei a trabalhar no colégio. Essa semana, mesmo paralisado por ainda não ter decidido o que fazer da minha vida profissional, tive reuniões todos os dias no colégio onde dou aula. Montagem de calendário, eventos, aulas, horários, enfim...não sabia mesmo que professor trabalhava tanto. Ontem a atividade não foi no colégio. O sindicato das escolas particulares do meu estado promeveu um simpósio educacional e claro, todos nós teríamos que ir, como de fato fomos. Foram grandes palestras. Realmente leva a pensar em como a educação gratuíta está defasada em relação a privada. Não há nada semelhante na rede pública. Palestrantes de renome internacional estavam lá, falando para mais de 1500 professores de todo o estado. Ás 10:30 foi o intervalo para o mega lanche que consumiu dois auditórios. O professor de matemática, um dos meus mais caros amigos, e eu, estávamos circulando para ver se encontrávamos alguém conhecido. Encontramos a diretora do nosso colégio conversando com um homem que estava de costas para a gente. Ela imediatamente parou de falar com ele, nos beijou e apresentou para o homem que eu ainda não notara quem era: "Esses aqui são meus tesouros. Minhas jóias lá do colégio. Esse é( apresentou meu amigo) professor de matemática e esse é ( me apresentou) meu professor de Português e Literatura. Ele tá largando metade dos meus alunos porque o ( falou o nome do dono do colégio onde talvez eu trabalhe) fez uma boa proposta pra ele. E me disse quem era o homem e o colégio do qual ele era o diretor. Meu queixo caiu na hora. Era o filho do dono do colégio onde minha ex namorada fez seu ensino fundamental II e também todo o médio. Inclusive os dois tiveram no último ano dela lá uma relação conturbada. Ele apertou minha mão, disse que eu estava famoso(???) porque uma aluna falava muito de mim   para os outros alunos  bem como a professora de história do cursinho que coordeno, minha amiga e que esse ano assumiu história no ensino fundamental II do colégio. Disse ainda  que se ele não tivesse um ( ídolo da minha ex namorada e excepcional professor pelo que se fala) excelente professor de literatura nós conversaríamos.Olhou atentamente para mim e disse: "Mas eu não te conheço de algum lugar não??" Tenho certeza que já te vi antes..."  Eu engoli em seco e disse: "Não que eu lembre."  O que eu podia fazer além de mentir? "Ah eu era o namorado da tua melhor aluna do colégio...." Não havia o que falar...Batemos um papo descontraído, mas profissional e ele disse que por trabalhar onde eu trabalhava e estar ( talvez) indo para onde eu ia era evidente que eu estava construindo uma grande carreira. E que no futuro poderíamos até trabalhar juntos. Acho que ele foi gentil.Falou coisa semelhante para meu amigo.  Eu não sei se daria aula no colégio onde ela estudou por 8 anos. Foi um encontro estranho. Eu via mais o pai dele, dono do colégio, mas era alguém que por ela falar tanto, parecia até que eu conhecia. E estávamos frente a frente falando de coisas que nunca sonhei falar com ele. Foi inusitado demais. Me lembrou dela. O que ela pensaria ou ouvir essa historia? Certamente daríamos boas risadas juntos. Mas confesso que quando ele saiu me veio certa melancolia. Por ela não estar ali. Não ver o que aquele cara que ela namorava se tornou. Talvez não acreditasse na história. Talvez fosse confirmar com ele. E ele diria que sim, pois ela é verdadeira. Passou um filme na cabeça enquanto ele falava. Inclusive quando ela dizia que ele não gostava dessa vida escolar. Mas ontem ele pareceu bem imponente como o poderoso do colégio. Como parte engraçada é que finalmente, depois de anos matei minha curiosidade e soube quanto ganha um professor do colégio dela. Mais do que onde eu trabalho. Menos do que onde vou trabalhar talvez. Um bom salário. Vale mesmo a pena. Mas o filme de mim, ali com ele, ainda está na cabeça.

A volta do mentiroso.

Foram mais ou menos 8 meses. 8 meses "limpo", sem mentir. Ás vezes preocupado se a impressão que eu passava aqui, não era diferente do que eu realmente havia me tornado. Não queria que quem me lê achasse que em 8 meses virei uma espécie de um santo, porque não virei. Não perdi meus vários defeitos. Mas busquei, não sem sacrífios, mudar meus hábitos, concertar, ainda que não definitivamente, meu caráter. Sou um cara mais centrado. Mais calmo. Menos explosivo. Menos vaidoso. Convencido. Acho que mais humilde. Sou de verdade um ser humano muito melhor que era. Mais próximo talvez do homem que minha ex namorada amou. Mas acho que mudei rápido demais. Cecília Meirelles disse que ir na direção certa é mais importante que a velocidade. Tudo mudou rápido demais e não tenho exata certeza se eu estava pronto para essas mudanças. Minha psicóloga já havia me alertado com bastante frequencia sobre isso. Engraçado né? Não parece que eu já estou me justificando? E acho que estou mesmo...porque passados 8 meses, numa noite, voltei a mentir desvairadamente. E o que é pior, para meus amigos. Pessoas que me amam. Respeitam. Foi ontem na despediada do meu amigo que já relatei aqui. Havia algumas pessoas que conheço apenas de "oi, tudo bem", o papo estava muito animado, todos começaram a contar grandes efeitos de sua vida, e eu sem razão nenhuma, sempre acho que não tenho feitos para partilhar. Aí eu invento. E ontem literalmente inventei. Não usei o nome de ninguém do meu passado, apenas falei de garotas que fiquei e que  não fiquei porque sequer existem, amigos que fiz, sem nunca ter feito, momentos que vivi sem ter vivido. Descontroladamente. Em certo momento, o professor de matemática ,um dos meus melhores amigos, veio até mim e disse: "Acho melhor parares meu irmão". Falei: "De quê? Beber"  Nem poderia ser porque por conta da academia, nem bebendo estou mais. Ele colocou a mão no meu ombro, abaixou-se e disse: "Não...de mentir...Não precisas disso. Nós te amamos assim. Para." Aquilo calou em mim. Passei o resto da noite calado, envergonhado, decepcionado comigo mesmo. Tanto tempo sem, e como uma droga ( do jeitinho que meu psiquiatra havia dito) caí de novo. E eu ainda fico citando psicólogos e psiquiatras como se na justificativa encontrasse um jeito de entender o que eu fiz. Falo para vocês o que eu acredito: Não sou confiável. Nunca fui. Quem sabe a resposta mais simples seja a correta: Uma vez mentiroso sempre mentiroso. Talvez não minta mais porque formei um círculo de amigos que sabe o quão questionável é meu caráter. E aí na frente deles já não seja mais possível mentir. Até porquê seria cobrado, como de fato fui. Quem sabe o mentiroso que achei ter matado com mudanças radicais, estivesse só dormindo, esperando a oportunidade para acordar. Ontem foi uma oportunidade. Platéia grande, disposta a rir das palhaçadas e esperando novas histórias. Mesmo algumas sendo verdadeiras, as que causaram maiores risos eram falsas. Não era memórias. Eram mentiras. Mesmo para vocês tenho vergonha de admitir isso. Porque mentindo inconscientemente posso ter passado a errada imagem aqui que me tornei um cara perfeito, sem mais erros. Me tornei, e gosto disso, sem dúvidas uma pessoa melhor do que era. Mas ontem percebi que ainda há muito o que mudar. Talvez o segredo não esteja na pressa, na velocidade. Talvez diminuir seja a grande sacada. Manter a direção. Pular as tentações. Esquecer o que de fato sou. Mesmo que o que sou ainda me assombre.

Despedida.

Nesses 8 meses, como tenho falado aqui sistemáticamente, muita coisa em minha vida mudou. A maior delas, além da parte profissional, claro, foi a chegada de um grupo de amigos muito especiais. Gente que me leva pra cima. Que me ama mesmo. E que eu amo também. Eles me fizeram muita falta nos últimos anos. Minha única amiga de verdade era minha ex namorada. Assim como eu era em todos os sentidos, seja na fake que inventei ou como namorado, o melhor amigo dela. Coincidência ou não, com o nosso fim ambos construímos amizades sólidas. Eu formei uma patota que ama estar junta. Noites de UFC, cerveja, pizza, vídeo game, futebol, desabafos, abraços, lágrimas...tudo partilhamos juntos desde que nos envolvemos tanto.Começou com um grupo que só trabalhava junto, passou para companheiros, colegas e grandes amigos. O engraçado é que nossas páginas pessoais na internet contam essa história toda. Desde a época que não tínhamos intimidade nenhuma, até os dias atuais, onde estamos sempre juntos. Hoje, uma dessas peças vai embora. Passou para dar aulas numa universidade particular num estado que fica no extremo oposto do meu. Longe. De ônibus, mais de 30 horas de viagem. De avião, 5. Vai fazer uma falta gigantesca. Professor de química do cursinho. O terceiro cara em quem eu sou mais ligado. Honesto. Ser humano. Gente boa demais. Verdadeiro. Gentil. Incapaz de ser grosseiro com alguém.Tímido, mas dono de uma presença de espírito fascinante. Nos últimos dias dividi minha atenção entre a minha amiga que está passando férias aqui e ele. Saimos de noite, fomos ao cinema, ontem organizamos uma despedida linda. Muito choro e já muita saudade. Muita mesmo. Vai fazer uma falta que nem ele tem noção. Todo o grupo o ama e admira muitao. Diferente de nós mais mundanos, é um cara que as idiossincrasias não são tão altas quanto das pessoas "comuns." Ele é abençoado e não tê-lo no dia a dia será dolorido. Foi pensando nessa partida que fui dormir ontem. Não, não perdi o hábito de como todos os dias desejar boa noite para ela e seu namorado. Mas pensei em como em 8 meses as coisas mudaram para mim. Quem era esse cara há 8 meses atrás? Era só um cara. Jamais o tinha visto na vida. Mas assim que o conheci, sabia que era diferente. Especial. Com um mês mais amigos, contei para ele tudo que eu havia feito e ele me falou: "Faltava isso para você ver tudo que fez de errado. E foi muita coisa. Foi muito feio. E você têm que enxergar essa feíura para ao sentir nojo dela, querer mudar." Nunca esqueci. Mas mais que uma linda frase, ele acreditou na minha mudança. Acreditou em mim. Apostou. Confiou nas coisas várias que eu falei. Me deu apoio genuíno. Com a sua partida, fica sim um buraco e não será reparado, pois ele é, assim como todos nós, ÚNICO. 

Engessado.

Já existiram algumas das mais diversas razões para que eu não aparecesse aqui. Sofrimento em demasia. Lágrimas em demasia. Sem internet. Mas essa foi uma das poucas vezes que motivos profissionais me afastaram daqui( engraçado que sempre que paro de escrever o número de visitantes diários aumenta muito). Tive dias cheios de mais, por isso e outro motivo que já explico no próximo post. Ainda não decidi a minha vida profissional em 2012. Tinha três possibilidades: A primeira delas era aceitar a proposta do colégio onde dou aula de aumento da minha grade de horário. Passando a ocupar todas as minhas manhãs.A segunda era me demitir do colégio onde dou aula e ir para o novo colégio. Dar menos aulas lá e ganhar relativamente melhor. E a terceira é dosar ambos os colégios e dar aulas nos dois. Foi essa que optei. Não conseguiria nesse momento sair por inteiro do colégio onde dou aula,pois já me apeguei aquelas crianças e jovens e sou grato a eles por ter me dado a primeira oportunidade. A grade total, afastaria meu amigo que mora comigo do colégio. A idéia é dividir a disciplina com ele que precisa muito do emprego. Então fiz a contraproposta para o novo super colégio que quer me contratar. Eles me dariam a resposta até segunda, mas até agora nada. O resultado disso é bem prático: Estou engessado profissionalmente. Exceto a aula no cursinho particular a noite e naquele que sou voluntário, não consigo definir nada do meu ano profissional que começa pra valer segunda feira. Isso têm me deixado tenso,ansioso. Embora o nervosismo para esse tipo de coisa não faça parte da minha personalidade, o fato de ter mais um envolvido me causa tensão de verdade. Creio que hoje é o prazo final para decidir tudo. Quanto ao colégio público na parte da tarde, só na sexta feira a definição por conta da chamada pública. Ontem, novamente na cidade onde não gosto de ir, fiquei lá, cheguei a ser chamado, mas as vagas eram para 40 horas, coisa que eu não posso. Já tenho todas as manhãs, independente do colégio comprometidas. Me sobram as tardes. Vagas assim picadas, segundo me foi dito, só na chamada pública, na sexta feira pela manhã. O jeito é esperar.Ao menos a cabeça fica bem ocupada. Embora as andanças por aí, sobretudo em lugares que já frequentamos juntos, faça o coração viajar.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Sem explicação.

As coisas caminham numa velocidade espantosa na minha vida. E caminham de maneira correta.Está por detalhes a minha contratação em um dos maiores colégios da minha cidade. Depois de uma noite insone para tomar a decisão mais acertada, decidi aceitar a proposta e ficar com menos aulas no colégio onde dou aula. Com isso meu melhor amigo que mora comigo,também daria aula nesse colégio e tudo acabaria bem. Fiz a contraproposta para o colégio novo na sexta feira e a resposta vem segunda pela manhã. Se eles não aceitarem as coisas continuarão bem do mesmo jeito, pois eu acabarei ficando com as aulas de redação  no colégio onde dou aula, ficando assim com horário cheio de segunda a sexta feira. Ou seja, meu futuro profissional segue a passos largos um caminho que nem em meus melhores sonhos eu poderia imaginar. Na quinta saí com minha amiga, mais uma vez. A repercussão dessa nossa amizade está bem grande. Tanto os amigos dela, quanto os meus fazem uma pressão absurda para que algo aconteça entre a gente. Mas somos bons e caros amigos um do outro. Ela colocou também no Face nossa foto, várias pessoas curtiram, pessoas que nem sabem quem sou...o mesmo se deu no meu...como se fosse duas pessoas não pudessem simplesmente ser amigas. Mas não ligamos, inclusive rimos disso. Na quinta a noite já em casa é que a coisa foi piorando...a ficar sem explicação...Foi batendo uma tristeza, um vazio, uma aridez emocional...vieram as lágrimas, como há tempos não vinham, o desespero, a falta de sono...li cada uma das mais de 150 mensagens que tenho dela no meu celular...Desde quando éramos namorados, até essa fase em que nada somos um do outro...a última faz meses...Chorei em cada uma...olhei a pasta do meu computador, intitulada "bons tempos", melhores tempos...avaliei minha vida...eu tenho hoje amigos que me são caros demais...são importantes demais...amigos que já amo...justamente aquilo que me fez falta enquanto namorava com ela...aquele que eu chamava de meu melhor amigo, já não o era desde o tempo que descobriu minhas mentiras, era alguém especial,tínhamos grande intimidade, mas não passava disso. Nunca passou. A mágoa que ele ainda tinha sempre foi nossa sombra. E todos os outros eram relações fugazes. O mais próximo era um quase vizinho dela, mas que também me afastei assim que começamos a namorar. E claro, meu amigo de mais de 15 anos, esse sim amigão, mas por conta de ser casado e ter responsabilidades diferentes, termos uma relação não tão junta. Hoje não. Hoje eu tenho grandes, grandes amigos. Desde a minha turma virtual, a galera nerd que se aproximou de mim tanto desde o fim do meu namoro que temos nosso blog, nosso podcast, nossos papos ao vivo no skype, até essa galera do cursinho, que amo tanto e que está comigo pra tudo. Dou aula num belo colégio, estou as portas de outro fantástico, de outro padrão, outro nível em qualquer aspecto, ganho bem, vou ganhar melhor ainda e ainda assim o tamanho do buraco no meu coração é indescritível. Não tem explicação para esse vazio. Essa dor. Essa tristeza. Dói e dói muito quando para para pensar. Eu ainda sinto falta dela em todos os dias e momentos. Ela ainda me faz uma falta absurda. Ela não está aqui vivendo comigo esse momento especial. Quando namorávamos eu era um estagiário sem perspectiva de nada, quase sem amigos e grudado nela. Hoje na minha carteira de trabalho está que sou professor. Sustento duas casas. Tenho amigos para tudo. Parece egoísmo, mas trocaria tudo isso, só pra tê-la de volta a minha vida. Porque eu ainda me sinto sem nada. Não foi a toa que não dormi um minuto sequer na noite de quinta para sexta. 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Ironia.

Na semana retrasada eu relatei aqui, cometi um erro ao abrir a página do google+ do atual namorado da minha ex namorada. Foi invasivo, absurdo e errado. Além disso me trouxe imenso sofrimento que eu tenho até hoje. São imagens que eu nem preciso rever porque não me saem da cabeça. Eles tiraram fotos em pontos turísticos da cidade dele. Hoje meu colega de trabalho voltou de férias. E trouxe para cada um de nós uma lembrança. Qual não foi minha surpresa ao ver que era uma lembrança de um dos lugares onde eles estiveram. Como chamar isso? Coincidência? Piada divina? Ironia do destino? Não sei...sei que eu fiquei meio abestalhado, segurando a lembrança..ele olhou pra mim: "o que foi rapaz?" e eu disse que já tinha uma igual, que ele poderia dar para outra pessoa. Disse que amanhã me trás outra coisa da cidade então. Eu falei que já tinha bastante coisa da cidade e agradeci. Ninguém entendeu muito bem. Sou um cara engraçado. Brincalhão. Quando estou triste sou calado. Mas nunca mal educado, que creio que é o que fui com ele. Sem intenção, claro! Mas fui. Eu fiquei muito impressionado em receber isso. É uma coisa que a gente não espera. Claro que eu poderia aceitar e depois jogar fora, não sei. Qualquer uma dessas coisas. Mas qual seria o sentido? Nenhum! Mais valia deixar para alguém que quisesse mesmo. Não ficaria com uma lembrança de dias tão maravilhosos para ela. Egoísmo, idiotice, infantilidade, não importa. É assim que eu sou!

Dúvidas, Dúvidas.

Recebi uma bela proposta de emprego. Um novo colégio. Muito diferente daquele que dou aula. Um colégio enorme. Cheio de alunos. Quase o dobro do salário. Definitivamente um outro passo na carreira. Talvez até maior do que eu esteja pronto pra dar. Qual o problema? Crio raízes. Amo o colégio onde dou aula. Adoro meus alunos. Meus alunos me adoram. Só de pensar que eu poderia sair alguns deles CHORARAM ano passado. Eu me adaptei perfeitamente a escola. A escola a mim. É uma grande família. Não é fácil deixá-los. Nunca fui exatamente um cara "dinheirista". Minha ex namorada e família sempre me viram como "acomodado". E talvez eu seja mesmo. Se ser acomodado é criar raízes num lugar, eu sou acomodado. É evidente que quero ganhar um salário melhor. Não sou hipócrita. Gostaria de resolver isso de uma maneira que ninguém saísse machucado. E são nessas horas, das grandes decisões da vida, que ela mais me faz falta. Era a pessoa com quem eu conversava. Minha melhor amiga. As pessoas tendem a achar que no término de um namoro o que mais faz falta são os beijos, os toques,os abraços. Evidente que tudo isso faz falta. Mas sabe aquela relação de rir um do outro? Brincar? Tirar sarro? E as conversas? Segredos? Conselhos...aquela pessoa que parece que foi criada para te entender. Que sabia com um olhar como eu estava me sentindo. E que tinha a resposta certa para todas as minhas dúvidas...agora eu fico pensando nessa dúvida angustiante que estou...o que ela diria? Qual seria o conselho dela?? Eu de verdade não sei o quê fazer! Evidente que quero que minha carreira progrida...mas...minha vida têm muitos mas né? Resta pensar, refletir, ouvir os amigos e tomar a melhor decisão!