terça-feira, 31 de janeiro de 2012

De frente.

Encontrar amigas dela não é exatamente uma novidade. Quase todos nós trabalhamos como estagiários no mesmo orgão. Mesmo que não seja exatamente na mesma rua é no centro da minha cidade que não é exatamente um lugar muito grande. Hoje encontrei na hora do lanche uma grande amiga dela, a homônima dela para ser mais exato. Do grupo de meninas que ela é amiga talvez seja a mais afastada de todas. Ou era. 8 meses e muita coisa pode e deve ter mudado. Eu a vi de costas para mim na casa de sucos. Primeiro pensei em ir embora. Depois, por achar que  ela não falaria comigo, fingi que não vi. Mas ela me cutucou, me chamou, me deu um beijo estalado na bochecha e um grande abraço. Perguntou como eu estava. Quais eram as novidades. Realmente interessada. Fui bem supérfluo. Respondi com educação, mas sem a intimidade de outrora. Ela disse que faço falta. Não acreditei evidentemente. Todas elas me acham um doido. Um psicopata. Além de um mentiroso patológico. Esse tipo de pessoa não faz falta. Nos 5 minutos que ficamos no mesmo ambiante percebi que era a primeira vez que ficava tanto tempo num lugar com alguém tão ligado a ela. Tive uma vontade gigantesca de fingir uma ligação no celular. Várias. Mostrar que sou popular. Mostrar que mulheres me querem. Mentir na esperança que chegasse até ela. Olhei e vi como minha alma é podre só de pensar nisso. O lanche dela veio primeiro, me desejou tudo de melhor, disse que foi muito bom me rever e me deu novo beijo no rosto. Minha tarde ficou meio abalada. Mas como teria o jantar com minha amiga, tentei focar nisso. No espelho do elevador dei uma boa olhada para mim. Para ver se estava apresentável. Só pro caso de ela comentar com minha ex namorada que me viu. Não gostaria que ela achasse que por fora estou o mesmo trapo que estou por dentro. O exterior sempre engana. Não estava tão ruim. Só por dentro estava mal. 

Curtir.

A opção curtir existe no Facebook como uma forma de seus amigos mostrarem o quanto gostaram do que você publicou, compartilhou, fotos que colocou na rede...enfim...Em termos de "curtidas" sou uma pessoa bem popular. Além de meus amigos pessoas, conto com um exército de alunos e alunas e algumas fãs daquilo que eventualmente posto, como um blog. Ou seja, o que eu coloco, eles curtem. Quase nunca passo despercebido. Hoje novamente saí com minha amiga lá do outro estado. Como ex aluna da "minha" federal ela disse conhecer de "ouvir falar" o namorado da minha ex namorada. Chamou-o pelo nome, das poucas coisas que sabe dele é que ele é "bem de vida". Fez um comentário infeliz ao insinuar que isso possa ter me afastado da minha ex namorada. Repeti pela enésima vez, já um tanto quanto exasperado a minha história. O que eu fiz. Ela entendeu dessa vez creio. Reafirmei que não tinha nada para critica-la, nem uma palavra de desabono. Poderia questionar ela começar a namorar um mês depois do nosso fim, de 7 anos. Certamente poderia. Se nosso fim tivesse sido tranquilo, sem episódios canalhas lamentavelmente descobertos. Da forma que foi, ela poderia ter arrumado um namorado novo na mesma noite que seria o correto. Disse a ela que eu não devo sequer dirigir a palavra a minha ex, tamanha a canalhice que fiz a ela. Ela tentou relativizar. Não deixei. Ela deixa o sentimento negativo que tinha por ela influenciar o julgamento. Tirando isso, a noite foi ótima. Ela me fez uma série de elogios. E disse que se ambos não estivéssemos vivendo um período de luto certamente ficaríamos juntos. Não confirmei que ficaria. Dei risada apenas. Onde entra o curtir você pode pensar. Em dado momento ela pediu para tirarmos uma foto para colocarmos no Face. Peguei meu celular e fiz a foto. Bonitinha, estilo "casal". Qual não é minha surpresa ao chegar em casa e ver o maior número de "curtis" que uma foto minha já teve? Nem fotos de aulões tiveram tanta repercussão. Várias pessoas que me apoiaram lá atrás, que evidentemente torcem por mim e de forma mais evidente ainda interpretaram errado uma fotografia gostaram de me ver, pelo que a foto denunciava com outra pessoa. No chat muitas indagações. E muitas negações. O eu de outrora certamente adoraria isso e confirmaria aos quatro ventos que estava ficando sim.Como alias já fiz anos atrás. Não poderia fazer isso com quem está sendo um umbro tão amigo. Tá bom demais a companhia dela aqui. É bom o apoio. O entendimento. Não gosto claro que fale mal da minha ex, que deturpe atitudes dela, especialmente por não ter conhecido profundamente. Minha ex namorada é amada por 99,99% das pessoas que a conhecem. Só tendo algum problema pra não gostar mesmo dela. Mas fora isso nossa amizade está maravilhosa. E isso, eu também curto.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Mútuo.

Minha amiga, essa que estávamos afastados há alguns anos e que hoje mora em outro estado, também terminou um namoro longo. Entre idas e vindas foram mais de 5 anos. Mudou-se de estado por causa do namorado. Por algumas razão que desconheço quase todos os meus amigos que sabiam do nosso jantar de hoje pegaram no pé. As pessoas no passado sempre disseram que nós tínhamos alguma coisa. E eu já usei disso. Sim, ela foi mais alguém que meu eu mentiroso espalhou por aí que ficou. Já confessei isso para ela. Ela disse que várias pessoas perguntaram isso para ela e ela nunca negou porque para ela é uma "honra" as pessoas acharem que ela ficou comigo. Sim ela sabe que menti demais pra minha ex namorada. Que traí ela. Que tudo que fiz foi grave. Mas que no que compete a ela, eu sempre fui um amigo leal, estando com ela em pelo menos dois momentos que ela achou que ficaria sozinho. Ouvi, acarinhei, cuidei. Então, nas palavras dela "dane-se o que eu fiz a essa gente...". Não penso assim. Não tenho como pensar. Acho que o bem eu fiz mesmo a algumas pessoas. A minha ex namorada. Diversos. Ao meu ex amigo.Muitos. Vivi com ele e fui amigo dele numa época em que ele não tinha nada. Nem amor paterno. A irmã dela, que espalhei por aí que era minha namorada...a minha ex amiga, aquela com a qual traí minha ex namorada. Era uma moça perdida quando a conheci e hoje graças a mim também é uma universitária consciente. Sabem o que fiz com tudo isso que fiz de bom? Joguei no lixo ao abusar dessas pessoas. Ao acabar com a confiança que eles tinham no ser humano. Ao fazer do meu ex amigo alguém por exemplo que esperou 12 anos para se "vingar" de mim. Eu mudei pra pior esse pessoal. Que hoje merecidamente corre atrás do tempo perdido. E da felicidade. Esse desabafo fiz pra minha amiga durante nosso jantar com lágrimas nos olhos. Sabendo que ela não entenderia simplesmente porque nem eu entendo o que eu fiz. Mas é óbvio que ter por perto alguém que sente coisas parecidas do que eu sinto é muito bom. É um alento. Nosso apoio mútuo é importante para buscarmos algum tipo de recomeço. E através desse recomeço reencontrarmos a vida. Ela também se sente perdida. Quero de alguma maneira ajuda-la. Fazer valer essa confiança. Mostrar o caminho. 

O dia da saudade.

Alguns sentimentos são constantes em dado estado de nossas vidas. Da minha vida. Culpa é um deles. Nunca me abandona. Me massacre. Me oprime. Me lembra dos meus erros. Das minhas dores.De tudo que eu fiz e não foi pouco. Do mal tremendo que causei. Amor é outro sentimento. Porque o coração sabe que você fez algo errado. Mas também não para de sentir. O amor  está ali. Duro. Intenso. Vívido. E o outro é a saudade. DE TUDO. Mesmo das brigas. Mesmo dos dias não tão bons. Aqueles de mau humor, tpm, falta de paciência, doação diminuta. Aqueles que pareciam que não éramos de fato felizes. Acho que esse dia foi feito para isso. Para celebrar a saudade. A saudade que se tem de quem perdemos. Mesmo por culpa nossa. Mesmo sendo causadores. É a primeira vez que sofro dessa forma. E mesmo para aqueles que odeiam o pagode, porque acham clichê ou as letras sem profundidade, quero dizer que tudo que há nessa letra do Sorriso Maroto, há no meu coração também...já fiz tudo isso...e mais. Por amor. Por dor. Por culpa e principalmente por saudade. Muita saudade.

A Primeira Vez.


Tá difícil sem você não consigo entender
É a primeira vez, o tempo não curou
Outras vezes já sofri por amores que vivi
É a primeira vez, que só aumenta a dor
Quando toca o telefone, eu lembro
Quando estou na rua, eu lembro
Tento e não consigo te esquecer
Nunca sofri tanto tempo
Tanto amor jogado ao vento
Me perdi por dentro de você...


Quantas vezes te liguei e não falei
Quantas noites te escrevi depois rasguei
Tanto amor não é em vão
Nunca por ninguém chorei
Mas viver a vida sem você não sei...


Tá difícil sem você não consigo entender
É a primeira vez, o tempo não curou
Outras vezes já sofri por amores que vivi
É a primeira vez, que só aumenta a dor
Quando toca o telefone, eu lembro
Quando estou na rua, eu lembro
Tento e não consigo te esquecer
Nunca sofri tanto tempo
Tanto amor jogado ao vento
Me perdi por dentro de você...


Quantas vezes te liguei e não falei
Quantas noites te escrevi depois rasguei
Tanto amor não é em vão
Nunca por ninguém chorei
Mas viver a vida sem você não sei...


Quantas noites te escrevi depois chorei
Quantas vezes te rasguei depois liguei
Tanto não e amor em vão
Viver sem você não sei
Tudo na primeira vez que eu chorei...



Desconfortável.

Hoje foi o dia de ir escolher a vaga para professor no concurso que passei. Por uma questão de sede, a Secretaria de Educação do meu Estado, fica na cidade dela, quase grudada na minha. Mais que isso, fica relativamente próximo da casa dela. O ônibus que peguei passou bem lá perto. Uma solução que encontrei foram óculos escuros. Sim, já comentei com vocês que sem óculos de grau sou praticamente cego. Ela poderia andar do meu lado que eu não veria. Saí do ônibus, me dirigi até o centro de eventos onde seria a escolha das vagas. Foi uma perda de tempo total. 4 horas lá pra nada. Os habilitados, 153 no total foram chamados primeiro. Fiquei para a segunda chamada, já que sou o 18º dos não habilitados. Agora têm que esperar e voltar até a cidade dona das minhas lembranças mais uma semana. Ou duas, se não ficar pra terceira chamada.Ou mais. Chamadas terão até todas as vagas serem preenchidas. E são muitas. 
Numa conversa com a minha amiga, que mora em outro estado e está passando as férias aqui, ela definiu bem: É um mal estar sabe? A sensação de estar tão perto e ao mesmo tempo tão longe. Uma bela caminhada e eu estaria na frente da casa dela. Mesmo não querendo mais me ver, eu descobriria como está o pai dela...menos dores? Andando normalmente? E a irmã? Se recuperando bem da cirurgia? E a mãe? O que a fez nunca me procurar para conversar como disse que faria? Conversou com a filha? Foi proibida? Ameaçada? Ou simplesmente não quis e mudou de ideia? Engraçado que em algum momento eu pareço achar que as pessoas TÊM que falar comigo...não há como relativizar o mal que fiz...foi gigantesco. Grotesco. Gigante. Não se esquece. E é o tipo de coisa que uma vez feita, relações são destruídas...Pra sempre. Não há volta. O que eu fiz, expulsou ela e essas pessoas da minha vida. O que não significa que não tenha dado saudade ( alias hoje é dia da saudade mesmo) estar tão perto. Deu muita. De todos eles. Meus cachorros. Que acho que nem me reconheceriam mais, passado tanto tempo...Enfim...A volta pra casa foi vazia e triste. A academia não serviu pra espantar do pensamento o que fica no coração constantemente. De qualquer forma, minha amiga me espera para fazermos um programinha só nós dois. Afinal ela veio de longe também pra ficar perto de mim. Mas hoje de qualquer forma a condição será não falar mal da minha ex namorada. Ela é a certa nessa história e não merece ser criticada por nada! Nem por ninguém!

domingo, 29 de janeiro de 2012

Saudade em série...

* Se você acompanha alguma série americana, talvez não queira ler esse post. Ele contém spoilers. 



Ver séries era um dos nosso programas favoritos. Individualmente gostávamos de séries diferentes claro, mas sempre existiram aquelas que éramos viciados por ver juntos. A primeira delas, grande amor e que nos marcou demais foi FRIENDS. A mais aclamada de todas as séries foi um vício tão grande que compramos juntos ( está com ela) o box com todas as 10 temporadas. Depois, creio que foi 24 horas. Série de ação do agente Jack Bauer é que com seu ritmo frenético nos contagiou durante 5 temporadas. Depois ela cansou de ver e restou para que eu terminasse. Até hoje não o fiz. PRISON BREAK foi a próxima e vimos fissuradas duas temporadas. Ao descobrir que o protagonistas morria no episódio final, ela nunca mais quis ver.Sempre gostou de finais felizes.HEROES foi outra que nos viciou só por duas temporadas. HOUSE, o médico charmoso e arrogante que todos amam odiar, foi mais um vício. Interrompido por mim na 7ª temporada. Cansei das mesmas histórias. Normalmente eu descobria as séries e apresentava a ela. Ela curtia ou não. Se curtia, nos viciávamos e ficávamos um final de semana inteiro vendo aquilo aos beijos e muitos carinhos. Nos últimos anos ela se apaixonara pela premissa vampiresca e curtiu demais THE VAMPIRE DIARIES, uma história de amor envolvendo dois irmãos vampiros. Nunca fui fã. Assisti a um episódio com ela e dormi. Ela ficou muito triste na época. Apresentei a ela THE BIG BANG THEORY, CHUCK, COMMUNUTY...Ela me mostrou THE MENTALIST, que paramos de ver na terceira temporada, por parte dela, em represália ao fato de eu ter parado de assistir HOUSE e SMALVILLE,a série do Superman.  Eu concluí THE MENTALIST. Acompanho hoje regularmente. E ela? Acompanha o que? Desistiu da série de Vampiros? Voltou a ver GOSSIP GIRL? Assim como eu, deve ter desistido de THE MIDDLE. Sabe que CHUCK apresentou ontem seu episódio final? Se viu, terá chorado? Lembrado de mim como dela lembrei durante 1h20m? Terá visto Penny e Leonard se reconciliarem no episódio 5.13 de THE BIG BANG? Terá vibrado com THE MENTALIST? Já está na quarta temporada...Certamente iria gostar de duas novas séries que vejo e lembro dela: THE REVENGE E NEW GIRL. Um drama parecido com uma grande novela, com todos os ingredientes que ela gosta e uma comédia espirituosa e cheia de bom humor. Em cada série,um pedaço dela lá está. Uma lembrança, uma música. Um olhar para o lado e comentar uma cena. Um pensar nela gargalhando ouvindo uma piada. Ansiosa demais esperando a semana seguinte para acompanhar o desfecho de algum arco. Séries sempre foram um ingrediente da nossa paixão. Algo que temos em comum. Ou tínhamos. Não sei se isso, assim como eu, também foi apagado da vida dela. As séries eram nossos detalhes. Ajudaram a formar nossa história. Talvez tenham ido embora com ela também. Talvez por não parar mais em casa. Talvez o namorado não goste. Talvez agora ela compre, não baixe. Não há mais certezas sobre ela. Só talvez. A única certeza é que ela era feliz com esse prazer tão simples. Nossa cama. Nossas séries. Nossos beijos. Risadas. Agarrões. Toques. Lágrimas. Explicações de cenas. Nosso cachorro no canto da cama...Nossa vida. Hoje as séries são vistas sozinho. E foi muito difícil voltar a revê-las. Algumas dessas histórias começamos juntos a ver. Concluir sozinho,dar prosseguimento, foi de uma dificuldade impar. Em várias momentos as lágrimas não deixaram. Mas hoje eu vejo. Nunca, NUNCA MESMO, sem pensar nela e no que ela pensaria, riria, choraria, diria. É como se nossa história, uma série como sempre imaginamos, agora na oitava temporada, se dividisse e fosse contar duas histórias. A minha e a dela. E eu jamais vi um episódio da dela. Nunca fui convidado. E nem mereço. Só posso desejar sucesso. Mais do que foram nossas 7 temporadas juntos.

As tentações de um dia 29.

Não será MESMO um dia como outro qualquer. Nunca. Ficou marcado como uma ferida enorme, que sangra demais quando lembrada. Dia 29. 29 de maio, o dia em que minha vida mudou para sempre. 8 meses atrás. E eu não parei mais de contar. E não vou parar tão cedo. Hoje acordei sabendo que dia era. E me permiti ficar bastante tempo na cama. Acordei após ter sonhado com ela. Acho que meu inconsciente também sabe que dia é hoje. Um sonho bom. Almocei. Li mais um pouco do meu livro. Alguns gibis. Fui para a sala ficar com meus amigos. Não há razão para viver trancado no quarto quando todos estão de volta ao apartamento. Vimos futebol, conversamos...mas a melancolia já havia roubado meu sossego. Parti de novo para o quarto após o café da tarde. Deveria ter ido correr. Não fui. Entrei pelo perfil que reativei da conta do blog, no face dela. Nada de novo. Apenas amizades novas começadas. Pensei em ir na página do namorado no google+. Ainda estou pensando. Mas tenho muito medo do que verei lá. Por isso não o fiz. Não quero fazer. Quero me livrar dessa tentação. Do querer saber e ao mesmo tempo não querer. De buscar sem buscar. Foi a isso que fui reduzido na vida dela nesses 8 meses. De alguém que tudo sabe, tudo vê, tudo conhece dela, cada peça de roupa, cada detalhe mais íntimo da sua vida ( até por conta de ter criado a melhor amiga dela, canalhice inesquecível...) a alguém que nada sabe dela. Nada. Alguém que para descobrir algo precisa como um psicopata fuçar, buscar, correr atrás...
Uma vez por semana, um pouco mais acho, posto algo sobre tudo que eu sinto no Face. É como se fosse um desabafo sem ser muito claro. Algo mais indireto. Os que me conhecem bem sabem do que falo. Os que não conhecem adoram porque de certa forma fala o que eles sentem.  São muitas as "curtidas" nisso e sei de pessoas que esperam ansiosas a próxima postagem, porque segundo elas "falo com o coração." Alguns difundem por aí através do compartilhamento e assim ganho inclusive mais amigos.Ou para ser mais exato, amigas. Homens são raros os que curtem. Só meus amigos mesmo. As fãs da escrita são em sua esmagadora maioria, mulheres. O de hoje, claro, foi sobre medo. Esse sentimento que é tão parte de mim nos últimos tempos. Eis o que escrevi e que tantas gostaram:

Cada um de nós têm seus métodos (eficazes ou não) de fugir de algo que nos machuca. Pode parecer em vários momentos que encarar é a melhor solução. Não é se você não consegue encarar esse medo nos olhos e se descobrir vencedor. Nos seus pensamentos mais íntimos e intensos você sabe do quê está fugindo e porquê está fugindo. Não é covardia. É auto preservação. Não ouvir uma voz que trará lembranças que vão destroçar seu coração. Não ter notícias que mudarão ( pra pior) seu dia, sua semana...Não ir em lugares que propiciem um um reencontro que o coração quer ter mas a cabeça sabe que não está pronta pra processar. Normalmente a certeza dessa sua fraqueza só vem quando estamos sós. No quarto talvez, e pensamos do porquê as coisas são como são. E não gostamos, nunca, das respostas que descobrimos.

Resume bem meu sentimento hoje. De fuga da tentação. E de medo. Medo disso nunca acabar. 

Os dias que não são iguais.

Foi uma escolha, depois de duas boas consultas com a psicóloga e o psiquiatra. Ficar mais tempo fora da internet. Entender o conceito de férias. Atender meus amigos. Aceitar os convites que são constantemente feitos. Viver. Depois de passar mal na terça fiz tudo ao meu alcance para a quarta valer a pena. Acordei cedo e fui correr. Música alegre alto, corrida com paisagem bonita, nada na cabeça. Quer dizer até tinha, mas eu preferi durante o momento bom que estava passando pensar que ela não estava ali martelando. Dizendo que o lugar dela era ali, comigo. A lembrança constante. A sombra de todo dia. Cheguei em casa,arrumei meu quarto. Tomei uma boa ducha e fui trabalhar fazendo questão de trabalhar. Nada de Facebook. Nada de postagens melancólicas. Nada das minhas dores ou tristezas. A noite meus amigos me convidaram para um programinha light, apenas cerveja e risadas. Então depois da academia saí com eles. Foi divertido falar de futebol, das meninas apaixonadas pelo professor de Literatura, da vida, mas sem profundidade. Fui para casa, coloquei algumas coisas alegres no Facebook, e fui ver uma série antes de dormir. Na quinta, programa semelhante. Nova corrida pela manhã, almoço rápido e serviço. A noite academia e um jantar aqui em casa só para os meus melhores amigos. Na sexta foi dia de fazermos uma jogatina de vídeo game mais banco imobiliário. Novamente meus melhores amigos. Todos felizes pela minha iniciativa.Não só aceitei os convites, mas fiz convites. Procurei ficar o mais longe possível da internet. Aqui mesmo no blog não vim nenhuma vez. Nem para chegar os visitantes, coisa que sempre faço. Só hoje dei uma olhada e percebi que o número de frequentadores aumentou. Acho que as pessoas têm curiosidade de ver onde isso vai dar. Pra onde vai me levar. Abismo? Queda? Redenção? Um novo começo? Não sei. Esse diário segue sendo de um sofredor. Mas um sofredor que já se alegra. E que tem dias melhores do que já teve outrora. Que já sorri. Esse diário já não é tão diário. Voltando aos meus dias...ainda na madrugada de sexta fiquei algumas horas conversando no msn do Facebook com duas pessoas que já me são bem queridas e preciosas. Minha amiga que está morando em outro estado, aquela que fez uma fase de direito com minha ex namorada e que não é muito fã dela e minha ex aluna,motivo de ciúme da minha amiga ( que a propósito desde nosso "término" nunca mais falei...) que no sábado completaria 18 anos. Conversei com ambas até ás 04 da manhã. Com a nova amiguinha mais porque ofereci o salão do prédio aqui para ela fazer a festa. Seus amigos são em sua maioria meus amigos.  Ela têm verdadeira paixão pelo curso que formei e pelas pessoas que dele fazem parte. Não a toa entrará em matemática na Universidade e já está convocada para nesse primeiro ano atuar na monitoria do cursinho. Foi um sábado muito bom. Festa, churrasco, amigos, risadas. Algumas piadinhas por conta da minha relação com essa menina, mas todas previamente desconsideradas. Nem ela sente nada de diferente por mim, a não ser uma profunda e injusta admiração, como eu não sinto por ela. Além de tudo, não sou ( há muito tempo) mais um menino. Como eu disse ela têm apenas 18 anos. Eu sou um velho de 33. Gostaria que meus amigos visse isso. Mas passa despercebido acho...e me estressa. A despeito disso o dia foi ótimo. Começou cedo, logo acabou cedo. 22horas todos já haviam ido. Meu melhor amigo e eu fomos correr. E aproveitamos para colocar a conversa em dia. Moramos juntos mas nem sempre temos tempo para isso. Na realidade eu pouco falei. Fiz é questão de ouvi-lo, coisa que pouco fiz desde que viramos quase irmãos.Sim, sou daquele tipo de pessoa egoísta que acha que possui os problemas mais intensos do mundo. Ficamos quase duas horas correndo e conversando. Em casa, novo banho e mais papo com minha amiguinha. Minha amiga de outro estado veio passar uns dias aqui na minha cidade ( cidade onde mora a família dela) . Ela havia me convidado para uma tarde juntos, mas o sábado já estava reservado para essa amiguinha. Remarcamos para segunda feira. Depois dessa bate papo fui ler meu livro que estou gostando muito. Ganhei ele de aniversário daquela minha outra amiga, primeira leitora dessa blog, que marcou meu 2011 e sumiu de meu 2012. O livro é Os últimos dias dos Romanov. Excelente apanhado sobre a Rússia revolucionária e seus czares. Vale para quem gosta de história. O domingo eu conto para vocês no próximo post. 

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Doce inveja.

Passar boa parte do dia na cama doente. Parece irônico que quando finalmente começo a me alimentar bem, corto álcool, refrigerante e as chamadas "besteiras" do cardápio eu seja surpreendido por uma virose infeliz que me deixou o dia todo com indisposição e vômito. O clima aqui no meu quarto está melancólico...começa a chove torrencialmente em minha cidade depois de um dia de calor intenso. Ainda está quente. O quarto escuro. Barulhos? O meu ventilador, as teclas de quando escrevo aqui, música baixinho e claro, as risadas. Sim, as intensas risadas dadas pelo meu casal de amigos. Estão a toda rindo, felizes, brincando, correndo pela casa, preparando comida juntos, curtindo a privacidade como se eu não estivesse aqui. Hoje nem nos vimos. Com a doença não os incomodei. Não sei nem eles imaginam que estou em casa, afinal eu saio todo dia e chego tarde, e os barulhos que estão fazendo são de pessoas despreocupadas se alguém pode ou não ouvir. Formam um belo casal. Cúmplices. Amigos. Companheiros. Parceiros. Fico contente demais por ambos. Mas ao mesmo tempo uma pura inveja caminha pelo meu coração. Eu tinha uma relação melhor que essa. Muito melhor. E perdi. A essa altura eu já estaria medicado, com o meu prato preferido feito, na tv ou no computador o programa que eu quisesse ver, fora todo o carinho, cuidado e amor que só quem têm uma namorada como essa que eu tive, sabe. O namorado dela deve saber...É nessa em que o amor dos outros é esfregado ( sem nenhuma intenção claro) na minha cara que eu sinto falta, que eu vejo o quão sozinho estou, abandonado, infeliz. Claro que se eu tivesse agido diferente com minha amiga, se eu tivesse me entregado mais, ela com certeza  estaria aqui me fazendo companhia e me mostrando o quanto gosta de mim...Mas de toda forma, ainda assim, não seria ELA, a dona eterna das melhores lembranças que já tive com alguém...Quem tem um amor precioso assim deve fazer como esse meu amado casal de amigos...CUIDAR! Ah, que vontade de chorar, e torcer para que a chuva levem embora as lágrimas, as tristezas e toda essa dor...  

Daquilo que se esclarece.

Eu tenho uma amiga de quase 15 anos. Nós nos vimos mesmo três vezes. E convivemos de maneira intensa de verdade, cerca de 4 anos. Depois namoradas ciumentas ( todas tinham ciúmes dela) mais namorados dela que também nunca gostaram de mim, acabaram nos afastando. Mas sempre que nos falamos a intimidade é daquele jeito de quem nunca deixou de se falar. Temos dinâmica de assunto, intimidade e química em nossas conversas. Coisas de quem trocava cerca de 2 cartas por semana e uma ligação de mais ou menos cinco horas todo domingo. Nós nos conhecemos por intermédio daquele amigo que tanto prejudiquei. Era a melhor amiga dele em dado momento de sua vida. Do nada ela gostou de mim, começamos a conversar e eu é que passei a ser mais amigo dela do que dele. Para ela eu também menti. Ela também achava que eu chegara a namorar a irmã do meu amigo. Então quando tudo acabou, como fiz com todos, contei a ela sobre tudo que eu fizera. O porquê do fim do meu namoro. Minhas mentiras para o meu melhor amigo. O carioca com família rica. Treinador de futebol amador. Ótimo jogador. Cheio de mulheres em cima. Todas as minhas nojeiras e falhas. A atitude dela na época, foi surpreendente. Ela não ligou. Simplesmente não se importou. Seguimos nos falando. Amenidades, sempre. Nada muito profundo. Até ontem  a noite. Quando ela pediu para conversar comigo. Disse que esperou a poeira baixar. Eu estar mais calmo. E queria entender tudo que houvera. Dei trechos desse diário com já quase 250 postagens para ela, para que ela visse melhor o que eu fiz.Não me justifiquei. Não menti. Disse a verdade, como tenho dito para pessoas que convivem comigo desde aquela época. Sem me defender. Sei o tamanho do mau que fiz. Da minha canalhice. Do estrago e do trauma que imprimi a essas pessoas. Meu amigo passo 12 anos traumatizado e quando teve a oportunidade de me "entregar" para minha ex namorada, não pensou um segundo, entregou. Ela me disse palavras muito compreensivas. Disse que me conhecia. Relembrou momentos marcantes da nossa amizade. Coisas que ela sabe que foram reais. Não me passou a mão na cabeça. Disse que entendia o horrível ato que eu cometera. Mas não pareceu, como quase todos os outros, que irá se afastar de mim. É um consolo. Acho que por outras razões e não essa, nossa amizade jamais será a mesma de novo.Ela é casada, já é mãe. Eu ainda sou muito parecido com aquele cara que ela conheceu há tantos anos. Estagnado. Mas o carinho que sempre nos ligou, esse permanecerá. Algo que ela me disse me marcou demais ontem. Ela falou de um período difícil que ela tivera na vida e que eu lembro bem por ter acompanhado de perto. E ela disse que demorou 10 anos para se livrar dele. Foi uma resposta ao meu cansaço por estar há 8 meses assim...sofrendo...O que são 8 meses perto de 10 anos não é mesmo? A diferença é que se meu crime me render mesmo uma pena de 10 anos, eu já terei 43 anos..se aos 33 já é complicado ter qualquer tipo de vida...aos 43 então...Ela disse que eu devo me preparar então visando os 45...para estar bem até lá...Será? Não faço planos tão longos. Se uma hora de cada vez saiu de cena, dando lugar a um dia de cada vez, mais que isso não consigo mesmo fazer...Resta esperar para ver até onde aguentarei ser esticado. Foi uma boa conversa.

A briga.

Brigão. Estressado. Tenso. São só algumas das minhas particularidades, coisa que qualquer pessoa que conviveu comigo durante muito tempo pode afirmar com convicção. Meu "novo eu" têm procurado se afastar disso. Dá pra contar nos dedos de uma mão, e ainda vai sobrar espaço as vezes que briguei, gritei nos últimos meses. Lembro, de cabeça de duas. Uma com meu melhor amigo e outra com um professor do cursinho comunitário. Acho que mais nenhuma. Ontem foi o dia que a amiga que chamo de especial e eu tínhamos que conversar. Botar as coisas em prato limpo. Nos entendermos de uma maneira serena. Tudo que não teve na conversa foi serenidade. Foi uma conversa complicada, com palavras duras ditas de lado a lado. Começamos bem. Nos cumprimentamos, perguntamos do final de semana um do outro. Sentamos. Tomamos um suco e fomos caminhar. Começou com uma provocação dela: "E aí? Já arrumou uma máquina do tempo?"  Explico: Uma ex aluna que têm se tornado cada vez mais minha amiga, faz 18 anos no próximo sábado e  ofereci o salão do meu prédio para ela, que ficou muito feliz porque não tinha onde fazer a festa. Numa postagem do face, ela disse que ninguém a queria...e eu brincando postei: "Ah meus 18 anos..."  Bastou para ela sair do sério. Disse que o assunto não era esse. Ela falou que de certa forma era. Já com a voz alterada. Que trato TODO MUNDO melhor do que ela. Todo mundo com mais carinho. Que uma coisa é perder para minha ex namorada, dada nossa história ela aceita. Agora para aluninhas ela não tolera. Que não entende porquê eu preciso ser tão atencioso com elas. Que se eu quisesse ficar, era só ficar. Tudo isso ouvi em silêncio e ainda calmo. Pensando no que eu diria. Minha explosão só veio quando ela disse: "Se eu soubesse que ia ser assim, continuava sendo só amiga...tô arrependida!Eras melhor como amigo." Aí eu disse a ela que isso era fácil de resolver. De agora em diante éramos só amigos. Não tínhamos nenhum tipo de ligação. "Era o que querias desde o começo né?"  E eu fui seco no SIM! Não fico com alunas, ou ex alunas e propostas, todos os meus amigos sabem, não me faltam. Tal acusação seguida do arrependimento me ofendeu. Ela fez cara de choro. Disse que não queria vê-la triste, mas era o fim. E saí andando. Ela nada disse. Mais tarde mandou-me uma série de mensagens que tencionavam um pedido de desculpas. Respondi algumas com frieza e cortei o assunto. Imagino que eu esteja mais errado do que certo nessa questão. Ela não quer muito de mim. Ela quer carinho. Mas nos últimos dias, em todos os lados da nossa relação tô longe de ser eu mesmo. Nem no carinho, nem nas vontades, nem na efetividade da relação. Não é que eu esteja pela metade nessa relação. Eu simplesmente não estou. Em nenhum aspecto. E isso é triste. Para ela mais ainda. Que quer alguém que goste dela. Que se dedique. Que a faça feliz. Que seja intenso. Não sou eu. Em nenhum momento foi eu. Ela está certa. Errei também ao iniciar essa relação. Não estava pronto. Agora, aparentemente acabou. Hoje ela não mandou nenhuma mensagem. Não falou comigo nem no msn. Curtiu apenas uma postagem que fiz que claramente foi uma indireta para ela no face. E foi só. E querem saber se ela me fez falta? Nada...Ela tá longe de ser aquela que meu coração bate da mesma forma como se nunca tivesse nada terminado...Longe. Não é ela.

O treinador.

Diz-se que na minha cidade moram apenas 3 pessoas. Eu, você e alguém que a gente conhece. É uma ervilha. Minha ex namorada mora há uns 20km de onde moro. Somos separados por uma ponte, um bairro inteiro, até entrar na cidade dele. Hoje em dia, por pouco tempo inclusive, a única coisa que temos em comum é estudar na mesma universidade. Separados, como já disse a vocês por um estacionamento e um pequeno córrego. Mas isso não impede que eu encontre pessoas com as quais já convivemos. Estou na academia. Demorou mas entrei. Ficar um pouco mais em forma e ter algo pra fazer nesses dias de ócio. Fiz um plano bem completo por seis meses que inclui além de musculação e ginástica,uma outra atividade física, que pode ir da capoeira até o boxe. Então ontem foi dia de assistir algumas dessas aulas para escolher uma que faria. Qual não foi minha surpresa ao encontrar na aula de capoeira meninas do bairro da minha ex namorada? Já não era a atividade do meu interesse, depois disso mesmo. Mas boxe parecia interessante, então pensei em assistir aquela aula também. E a maior de todas as surpresas: o mesmo treinador de boxe da academia, era o treinador dela na academia que ela praticava boxe, lá no bairro dela...Ele me olhou, me cumprimentou e quis bater um papo. Minha atitude foi a única que consegui tomar diante de tal situação: Fugir. Sim, fui para a esteira no segundo andar da academia. Fiquei 40minutos. Mais 40 na bicicleta. Tudo para não falar com uma pessoa que vale lembrar, nem era amigo dela, mas eles tinham um bom relacionamento, que até acredito que não exista mais, já na minha época ela vinha dando demonstrações de que não queria mais fazer as aulas. De todo modo não queria conversar, falar de namoro terminado ou nada do gênero. Perguntas que eu saberia que ele faria. Vou pra academia justamente para fugir dessas coisas, para não pensar em nada. Ontem foram quase 3 horas malhando, mas claro que depois de tê-lo visto, a imagem que vinha na mente era uma só: A MULHER MAIS LINDA DO MUNDO!
Vou aprendendo com o tempo que há coisas que simplesmente não superamos.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Concurso.

Os sonhos vão se tornando realidade. Passei para o concurso de ACT do meu estado. ACT para quem não sabe é professor substituto na rede estadual de ensino. Há 7 anos meu estado não faz concurso para professor efetivo, apenas para ACT e como eu disse aqui no dia, um domingo de outubro eu fui fazer o concurso. Não  estudei ou li sequer uma linha, quase cheguei atrasado, mas passei em 18º. Preocupante não? A educação pode cair no colo de alguém totalmente despreparado. Não é meu caso, que modestamente falando sou ótimo professor. Passar em 18º significa dizer que no dia da escolha das vagas, eu sou o 18º professor que escolherei a escola onde quero dar aula. Pode parecer muito, mas são diversos colégios, então me sobrará uma vaga boa para a escolha. 
Dar aula em colégio público sempre foi um sonho. Maior que esse só o sonho de dar aula no colégio onde estudei a vida inteira. Só serei um professor realizado se isso acontecer. É uma questão de retribuição ao que a sociedade fez por mim. Mesmo já velho, consegui iniciar a minha carreira. Ainda esse ano não serei mais bolsista, nem da Universidade, nem da onde eu trabalho...serei apenas e tão somente PROFESSOR. E isso é um sonho que jamais imaginei ocorrer. Aconteceu. Mérito para quem sonhou primeiro. Me apoiou. Em vários  momentos quis isso mais que eu.Vocês não sabem quantas vezes eu quis desistir. E ela sempre ali. Dando força, apoio, suporte. Não era só minha namorada. Minha amante. Quase uma esposa. Era a melhor amiga que eu já tive na vida. De ninguém eu fui tão cumplíce. Tão íntimo. E duvido muito, não importando o nível de envolvimento que ela tenha com seu namoro, que eles sejam tão íntimos quanto éramos. A despeito de minhas intensas mentiras e desarcebado mau caratismo fomos um encontro de almas. Por isso me sinto tão vazio. Tão não pleno. Mas não poderia jamais estar passando por essas mudanças na vida profissional e não comunicar a agradecer a ela. Por isso mandei mais um email que mais uma vez não será respondido. É até melhor...uma resposta pode me abalar mais ainda...e estou bem longe de estar recuperado do que aconteceu na semana passada...minha burrada segue tendo efeitos em mim...desde pesadelos em que ela textualmente me afirma o que já sei dizendo que sim, é mais feliz com ele, até eu tendo que ser o fotógrafo daquela álbum que tanto me machucou...Vida pessoal que não segue...vida profissional que caminha a passos largos!

domingo, 22 de janeiro de 2012

Os que vão embora...

Lá se passaram quase 8 meses desde que minha vida tanto mudou...Nesses 8 meses tantas e tantas pessoas entraram na minha vida...e tantas não ficaram...Partiram, sem se despedir...ou se despediram, ou simplesmente se afastaram...como vocês acompanharam o desenvolvimento dessas relações aqui seria interessante saber por onde anda essa galera...A primeira pessoa que me deu uma força, e nos primeiros dias a única, foi uma ex namorada de um amigo meu, ele inclusive mora na rua da minha ex namorada...ela me compreendeu perfeitamente nos primeiros dias...sabia o que eu pensava...como pensava...mas, foi contar tudo para ela, a principal razão pela qual nós terminamos, mostrar esse blog, que ela se afastou. Ainda é minha amiga no Facebook.Ainda curte o que eu falo. Mas conversas? Não mais. Nenhuma. O mesmo se deu com aquela minha amiga que se apaixonou por mim. Que se matriculou nas mesmas aulas que eu a noite na faculdade. Se afastou definitivamente de mim no dia que eu fiquei com aquela minha aluna, enquanto estava bêbado. Poderia dizer que fui um bom moço e tentei resolver isso. Mas é mentira. Fui pouco pra faculdade, logo nos encontramos quase nunca lá. Nunca chamei para conversar ou nada do gênero. Acho que devo fazer isso mesmo. Falando na minha aluna, essa menina com quem fiquei só uma vez...essa sim nós conversamos na época mesmo, não quis que ela criasse essa expectativa. Se tornou uma colega querida. Vivemos nos falando, mas mais nada aconteceu de relevante desde aquele mês de setembro...Outra com quem não mais falei foi com uma pessoa importante demais no meu ano que passou...uma das leitoras diárias desse espaço, que graças a Deus encontrou seu lugar, sua urgência de felicidade foi atendida e hoje está muito bem...mas desde então não nos falamos mais...ainda a tenho no msn claro, no facebook também, eventualmente ela curte um ou outro comentário, mas o afastamento foi evidente...Mesmo entre meus grandes amigos atuais, algumas relações vão se desgastando, como com a professora de física, aquela que têm leucemia, por conta de problemas sérios sobre os quais ainda falarei aqui...Essas situações dão certo medo, porque acabam dando a entender que eu não terei mais estabilidade de relações com ninguém na minha vida. Ninguém ficará anos. Todos, por mais que alguns eu até já tenha um sentimento especial, parecem transitórios, que em algum momento irão embora. Minha vida é repleta deles. Agora vão chegando outros. Mas até quando? Para os que entram, conto tudo que aconteceu...para mostrar que quero que fiquem...não engano vocês, alguns se assustam e não ficam muito não. Logo vão embora...causa e consequencia lembram? Pois então...Em muitos momentos ainda, não importa quantos amigos eu tenha, parece que sempre estou sozinho...as grandes lágrimas e choros eu estava sozinho, lindando com minha dor, minha opressão, minha derrota pessoal, meu fim eminente...minhas falhas de caráter...algumas dessas vezes, confesso, foi por opção, por fuga...por medo...mas em algumas, ninguém estava disponível, ou se importando...Talvez sozinho eu termine...talvez em breve eu venha aqui contar para vocês notícias desses que estavam na minha vida, e agora não estão mais...

Fim de semana.

Os dois últimos dias foram para tentar relaxar. Esquecer as imagens que não saem da minha cabeça. Pensar em outras coisas. Meus ex alunos do terceirão do colégio onde dou aula armaram um final de semana na casa de praia de um deles. Claro, me convidaram. E fui. Fiquei em pensar sozinho, mas não vi muito sentido nisso. Convidei duas ex alunas do projeto que dou aula, que passaram no vestibular para ir conosco. O meu grande amigo, professor de matemática foi junto. Para completar, também convidei minha amiga especial, que por coincidência mora na mesma praia onde seria o final de semana. Ela topou. Fomos no sábado bem cedinho. Eu, as alunas e  meu amigo. Eles já estavam lá desde sexta. Lá chegando mandei mensagem para minha amiga. Ela não respondeu. De todo modo não fiquei abalado, fui para a praia com eles. Como todas da minha cidade, lotada. Nos divertimos. Conversamos. Um dos alunos me fez de conselheiro. Eu aconselhando as pessoas...da onde veio tanta confiança? De lugar nenhum exatamente...Mas servi ao propósito que ele desejava. Foi uma boa conversa. Preocupado, liguei para minha amiga. Ela não atendeu. Mandei mais uma mensagem. Também sem resposta. Estava estranho demais. Pensei em passar na casa dela, já havia a levado lá no primeiro dia que saímos para jantar. Saí com o professor de matemática para procurar. Não achei, sou péssimo de memória para essas coisas.
Descansamos a tarde, jogamos vídeo game. Talvez eu esteja velho pra tudo isso. Mas é a fuga que encontrei. A válvula de escape para tudo isso que acontece e que não sei lidar. Meu amigo fui sincero comigo. "Você não controla suas ações. Entendo. Procurar por ela na internet, entendo. Mas é preocupante procurar as pessoas ligadas a ela. Não dá pra agir assim."  Tentei usar um argumento idiota de quando ela e eu fuçávamos na vida das pessoas também procurávamos por pessoas com as quais elas se relacionavam. E normalmente era ideia dela. Eu não era fã disso. Mas na própria conversa já desmenti a tese. Minha ex namorada era uma menina dos seus 16, 17 anos quando tinha essas ideias. Eu era um homem pronto. E compactuava com isso. O errado era eu. Final de tarde voltamos a praia. Mandei mais uma mensagem para minha amiga. De novo sem resposta. Eles foram para o mar. Eu fui andar. Não chamei ninguém. Fiquei sozinho na areia pensando sobre tudo que fiz de errado na minha vida. Atitudes e consequencias. Não há nada que eu tenha perdido que não tenha sido culpa direta minha. Cada grande amigo que fiz descobriu que eu era um mentiroso, manipulador e dono de um caráter problemático. O que eu queria que acontecesse? Que eles ficassem comigo e me ajudassem a melhorar? Eu não melhoraria...porque não sou doente...só mau caráter...Em dado momento, ainda refletindo sobre escolhas, vi todos eles no mar rindo..e eu melancólico na areia, a ponto de chorar...e percebi que isso também era um erro.Uma escolha equivocada. Fui para a água com eles. Lá ficamos rindo. Meu amigo me chamou para conversar. Disse que não queria ter sido grosso comigo. Só quer que eu reconstrua minha vida. Que use o fato dela ter reconstruído a dela tão perfeita e completamente como motivação para reconstruir também a minha. Não é porque eu fui um canalha durante anos que seguirei sendo. Que me admira. Que confia e acredita em mim. Me emocionou. Voltamos para a casa dos rapazes só para ver que minha amiga havia me ligado. Retornei a ligação. Ela disse que estava magoada com minha atitude de ter desmarcado com ela um dia antes. Que havia se preparado. Se produzido. Mas pra ficar triste, eu a dispensei. E que hoje era a vez dela ficar sozinha e ver o que ela quer da vida. Pedi desculpas e disse que não sabia o que dizer. Ela falou que essa semana conversamos. Sabem o que eu senti com a possibilidade de "terminarmos"? Alivio...Não faço essa moça feliz e não sinto nada de especial por ela. Se assim ela quiser, melhor será...Mas, como covarde que sou, espero ela dar motivos. De volta ao sábado, fizemos um churrasco a noite, bebemos, muito, mas nada exagerado também...sentei no sofá, mexi no meu celular...olhei fotos do meu cachorro...nó na garganta veio...a foto na sequencia era uma minha e dela...linda...minha ex aluna sentou do meu lado "Amas muito ela ainda né?"  E me tirou o celular...ficamos conversando boa parte da noite. Nos damos muito bem desde o começo do cursinho. Como já fizera em outras oportunidades, tentou "ficar" comigo. Mais uma vez recusei, o que rendeu as mais variadas gozações dos meninos, afinal não se discute que a menina é linda. Mas ela têm 17 anos, fora de cogitação...Dormimos tarde, acordamos tarde. Fomos mais uma vez para a praia. Final de tarde vim para casa. Me certifiquei que minha ex aluna não ficara magoada comigo. Deu uma resposta engraçada que um dia ela consegue e se mostrou alegre como sempre. Conversamos um pouquinho. Mandei uma mensagem desejando um bom resto de domingo para minha amiga, e agora estou aqui, escrevendo esses acontecimentos em meu diário...Não esqueci nada, as imagens seguem em minha cabeça, mas sorri bem mais que nos últimos dias. Graças ao complexo de Peter Pan. O homem, velho, de 33 anos, que insiste em andar com meninos e meninos...Ao menos salvaram meu final de semana...

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

O nosso amor!

Era o ano de 2005. Fazíamos 1 ano de namoro. E já sabíamos que éramos um do outro. As declarações de amor eram intensas. Claro, talvez hoje ela afirme que era uma menina e que nada sabia do amor, que com o amor que vive hoje e que encontrou a paz e a maturidade...não duvido...mas AQUELA menina era doida por mim. E esperava loucamente todas as homenagens que fazia para ela. Uma delas era uma espécie de play list de nossas músicas. O que eu achava que combinava conosco, logo ia para uma carta...Exagerado do Cazuza, Sou assim sem você, do Claudinho e Buchecha, NOSSA MÚSICA Carta de amor do Jota Quest...eram tantas que fiz um Cd...nós dois na capa, foto na casa de uma amiga que também tanto traí e menti e 12 músicas se não me engano lá...ela ouvia todo dia...Outros tempos...tempos de ouro...Para celebrar um ano, uma nova canção inspirada no amor que eu sentia por ela...que ela dizia sentir por mim...fantasiávamos, por conta de toda a dificuldade, das nossas diferenças de idade, culturais, sociais, econômicas, que nosso amor seria uma lenda para contar...que era por Deus abençoado...que um dia as pessoas falariam de nós como O casal e que seríamos inspiração para os casais do mundo inteiro...besteira não? idiotice... Eis a canção:

O NOSSO AMOR


O nosso amor é como o azul de um céu sem fim
É como o despertar de um sol dentro de mim
O nosso amor a gente pega, a gente vê
Que a vida só é linda com você
O nosso amor tem o desejo no olhar
Um simples toque faz a pele arrepiar
O nosso amor é água, fogo e sedução
É como se entregar o coração
Ninguém irá tirar de mim
A luz que tem um amor assim
Ninguém irá tirar de mim
A luz que tem um amor assim
O nosso amor é imortal porque os anjos
Estão olhando sempre por nós dois
O nosso amor é uma paixão de enlouquecer
A mais bonita história de um querer
O nosso amor já foi por Deus abençoado
Te amo tanto e também sei que sou amado
O nosso amor será uma lenda pra contar
Eternamente a gente vai se amar

Retrato.

Em meio a tantas fotos dela no meu celular, no meu computador...em meio a fotos dela muito feliz com seu novo amor...em meio a comparações de sorrisos...qual sorriso era melhor? Maior? Comigo ou com ele? Parecia com ele...em meio a tantas fotos e tantas dores e tantas lágrimas... Cecília Meirelles e um poema que expressa a dor de hoje, com suas dúvidas de sempre...

"Eu não tinha este rosto de hoje
assim calmo, assim triste, assim magro
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força
tão paradas e frias e mortas
eu não tinha esse coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança
tão simples, tão certa tão fácil.
Em que espelho ficou perdida a minha face?

Já sei a resposta...Sempre soube!

Querer não é poder.

"Me desculpa a ausência prolongada. Sei bem que mereces coisa melhor do que isso que te ofereço. Não estou fugindo. Só não consigo mesmo. De qualquer forma, se quiser ir hoje lá em casa a gente janta junto e vê um filme. Gosto muito de ti. Beijão."

Foi isso que mandei para minha amiga especial na manhã de hoje. Uma tentativa de pedir desculpas para alguém que têm no msn a primeira letra do meu nome ao lado de um coração. Alguém que a despeito das cobranças ( merecidas) que me irritam no dia a dia, não me abandona. Está sempre comigo. Acordei disposto a querer fazer diferente. A colocar um sorriso no rosto. A não chorar. Claro que não adiantou. Foi um dia difícil por si só. Acordei cedo ( na realidade mal dormi) e fui para a academia, malhar dá uma esvaziada na mente. Não funcionou. Na mente as fotos. As imagens. Cama.Beijos. Sorrisos. Aliança que parecia dourada ( meu Deus estará ela noiva???Meu coração dói só de imaginar...)Malhei só quarenta minutos. Saí de lá. Tomei banho. Na mente e no coração o propósito de melhorar. De fazer um dia mais alegre. Fiz meu almoço. Chorei. E pensei que isso era um retrocesso. Quase 8 meses e eu ainda choro. Quem ainda chora após tanto tempo do fim de um namoro? Quem? Estarei eu preso para sempre a esse sentimento? Não conseguirei mais me libertar? Oprimido por isso fui para o estágio. Não falei com ninguém, o que por si só sempre é uma novidade. Mas trabalhei normalmente. Ou quase. Abri de novo o google mais. Procurei as fotos. Estava intrigado, com o coração doendo, em dúvida para ver se a aliança era de noivado ou não. No dedo dele parecia um fio dourado. Ela é muito branquinha. De qualquer maneira era uma aliança linda. Eles parecem um casal felicíssimo...mais lágrimas...

"Desculpa. Deu um imprevisto aqui no serviço, vou ter que cancelar nosso jantarzinho. Um beijo grande. Não fica brava comigo, por favor."

Lá se foi a promessa. Lá se foi a noite. Foi isso que mandei novamente para minha amiga. A chamo de especial apenas para separa-la das demais. Não a trata como especial.Ela mandou uma resposta quase compreensiva. Mas não gostou e isso foi evidente. Vim para casa. Sozinho com meus pensamentos. Fechei a janela. Escuro. Música. Depressão. Entendi perfeitamente ela ter me excluído do Facebook. Entendi estar tão longe dela. Nada saber. Não ouvir a voz dela. Ah... a voz dela...liguei o vídeo no celular...é uma conversa de quase seis minutos nossos...eu subindo numa árvore...ela fala bastante...me chama de amor..de vida...que patético não? Que pequeno...doente...De todo modo entrei na internet para conversar com minha amiga que mora em outro estado, aquela que já estudou com minha ex namorada...ela me convidou para uma viagem no Rio de Janeiro...daqui a duas semanas...uma promoção que viu na internet...lembrou de mim...falou das próprias dores dela...criticou minha ex namorada...mesmo sabendo a verdade...é raro para mim...jamais ouvi alguém que não gostava dela tão abertamente..." Verás que ela não é tão inteligente, tão legal, tão bonita,tão especial, quanto tens em teu pensamento..." Como não? É A MULHER MAIS LINDA DO MUNDO! Queria que tudo isso que ela falou fosse verdade. Mas não é. O meu querer não é poder. Eu não posso me livrar disso. Não consigo. Não achem que não quero. Quero sim. Queria acordar vazio desses sentimentos. Dessa culpa. Dessa dor. Dessa saudade. Desse esmagamento. Fim...fim de mim...Abismo...é assim que me sinto hoje...

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O dia seguinte.

Foi um fim de tarde difícil. Uma noite complicada. Uma madrugada insone. Uma manhã tentando dormir. Pode não ser nada, mas o impacto que ver minha ex namorada, o amor da minha vida, tão feliz, tão intensa, tão de outro foi devastador. Era disso que ela queria me poupar ao me excluir do Facebook? De jogar sua felicidade na minha cara? De que agora ela é diferente? De que agora ela usa aliança? De que agora ela gosta de postar fotos beijando na boca? Sem se preocupar com que os outros pensam? Fotos na cama, com o namorado, que sua mãe tanto abominava e agora tornou-se permitido. Porque ele é mais bonito? Mais inteligente? Mais rico? Tem mais caráter? Tudo isso junto? Eu me senti humilhado com as fotos. O que foi uma grande besteira sabe. Aquelas fotos não são pra mim. São pros outros. Pra sociedade. Que os aprova como um casal perfeito. Como um dia já me aprovou com ela. A diferença é que hoje ela é uma mulher de quase 23 anos. Ele também deve ser mais velho que isso. Bem de vida. Estabilizado. Quanto tempo demorarão pra anunciar um noivado? E quanto tempo pra eu descobrir? Por acaso, por algum amigo, investigando...Não importa. Ela não namorará 7 anos com esse rapaz. Talvez não namore nem um. Ela encontrou o grande amor da vida dela. E eu perdi o meu. Ela. Pra mim mesmo. Pra tudo que eu fiz. Não me vejo vítima nessa história. Repito um milhão de vezes que é culpa minha. Sei que a culpa é minha. Sei todo o mal que fiz a ela. O tamanho do estrago. 
Ontem eu literalmente fugi da internet. Fui para casa da minha mãe, onde não tem internet ou nada parecido. Onde poderia ficar sozinho. Sim, faço isso. Ao invés de aproveitar as várias pessoas que se preocuparam comigo ontem, que queriam conversar, que queriam me ter por perto, desliguei o celular e corri pra casa da mamãe. Ela está muito doente. E minha irmã, egoísta, preferiu vê-la assim do que me contar. Hoje de manhã mesmo marquei um médico para ela. Dormi lá, com ela conversando comigo, me fazendo carinho na cabeça e não entendendo minha dor. Mas não interessa. É a única pessoa que me ama de graça. Pelo que eu sou. Mesmo sendo canalha. Almoçamos juntos. Fui trabalhar. E pela primeira vez nesses quase dois anos de serviço, não acessei a internet exceto para abrir meu login. Fiquei a tarde inteira trabalhando. Nem Globo.com, site que leio todo dia abri. Nada. Fugi de tudo. De todos. Ao ligar o celular no fim da tarde, vi as várias mensagens preocupadas. Amigos de verdade. É raro e eu tenho. Quando vim para casa, antes de correr para o computador, fui imediatamente faxinar tudo por aqui. O pessoal volta amanhã e não quero que fique uma bagunça. Liguei para as pessoas que se preocuparam comigo. Meus amigos. Minha amiga especial. Não menti pra ninguém. Falei o que vi. Não consegui exprimir a dor que senti. Mas eles entenderam. Amigos sempre tem entendimento mútuo.A única bronca deles foi eu ter optado passar por tudo isso sozinho. Não precisava. Vários deles estavam ali. E percebi isso ao ligar o computador. Vi e-mails. Mensagens off em msn, Facebook.Muitas demonstrações de carinhos. Engraçado que não fiz pra chamar a atenção. Postei duas frases e sumi. E isso desencadeou uma série de ações em meu favor. Todos compreenderam que não foi fácil pra mim ver o que vi. Mas todos me alertaram daquilo que minhas ações e meu coração já sabe: Que não posso mais procurar por isso. Que me faz mal. Que causa dor. Se eu pudesse diria a ela: "me bloqueia também no google mais, no face, em tudo...vai lá, procura Diario de um sofredor, sou eu mesmo..." Mas de nada adiantaria. Provavelmente eu acharia outra forma de ver tudo da vida dela. Sei que cairei em tentação. Sei que irei atrás. Sei que o que quer que eu descubra me derrubará mais uma vez. E aguardo. E tento, ao me preparar, para isso, não sentir nada do que estou sentindo agora...essa aridez, esse vazio, essa dor...tudo...Não quero piedade. Quero paz. Não mereço. Mas quero.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Burro.

Pode uma pessoa, por sua curiosidade, caçar o sofrimento? Só se ela for masoquista, dirão alguns. Não me considero assim. Me acho longe disso alias. Eu fujo, inclusive do sofrimento. Covardemente. Constantemente. Mas sofro meus apagões. Minhas ausências. Meus momentos de burrice. Hoje, agora há pouco, foi um desses momentos. Na ausência do facebook para fuçar, lá fui eu para algo chamado Google+. Não sei nem como eu tenho um negócio desses, nem para que serve. Mas tenho. Me parece uma rede social que mistura twitter,orkut e facebook. Claro, a primeira coisa que fiz foi procurar minha ex namorada...não achei. Mas ei...já que estava ali...porque não procurar o namorado dela? Ele possui a bendita rede social.A principio nada demais. Uma frase reclamando da rede e nada mais. Mas, qual não é minha surpresa ao clicar no álbum e ver lá mais de 500 fotos dos dois praticamente em lua de mel?? Fotos aos beijos ( que ela nunca foi fã) fotos em cama, fotos com a familia dele, fotos em avião?? Porque faço isso?? Além de invadir a privacidade de alguém que não quer mais partilhar sua vida comigo, agora vou atrás de quem sequer me conhece? Que deve saber de mim pelo quê? De ouvir falar? E que deve ter de mim a pior das impressões...se ficar sabendo dessas minhas atitudes minha fama de psicopata só vai aumentar...
De todo modo, foi destroçante ver o que vi...Agora estou eu, na frente do computador, chorando, infeliz, querendo não sei o quê da minha vida, de mim...É impressionante que em quase 8 meses eu ainda não tenha conseguido me encontrar. Eu ainda não tenha conseguido me recuperar..será que ela me amava tao pouco assim, para ter montado uma vida tão perfeita, tão plena em tão pouco tempo? Serei eu tão incapaz assim de me remontar, me reconstruir, me recolocar na sociedade? Não na sociedade como estou hoje; porque hoje eu estou bem...enquanto uma pessoa útil, produtiva, que trabalha muito, que estuda, que têm relativo sucesso eu estou bem. Agora enquanto ser humano...eu estou mal. Não supero uma história que independentemente da minha culpa já deveria estar no meu passado. Fora da minha vida. Eu já deveria estar tentando novas formas de reencontrar a felicidade. E não ir atrás da infelicidade. De me magoar. De me entristecer. Deveria ter o alto controle que tantos têm. Não é pra procurar, não procura. Nada. Nunca. Deveria me movimentar pra frente numa velocidade aceitável. Não ficar parado. Ser improdutivo como estou sendo. Porque se continuar assim, nem sobreviver estarei. Aí não será melhor sumir de vez??

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

5 dias. Um post.

Quase uma semana sem aparecer por aqui. Razões, nenhuma. Quer dizer...na quarta acordei deprimido. Muito. Sem razões aparentes. Apenas cansado. Triste. Sem muita força. Optei por passar o dia inteiro em casa. E não me empolguei para escrever mais sobre o mesmo por aqui. Dizer o quê? Que chorei? Isso vocês já sabem. Que faltei ao serviço de novo? Vocês devem imaginar. Que tive mais um dia sem nada produzir? De inutilidade? Convenhamos...vocês já me conhecem bem para saber que isso é verdade também. Em meio a tanta tristeza caí em tentação e reativei meu outro perfil desse blog ( como disse, facílimo, apenas colocando a senha) e vi no perfil da minha ex cunhada que minha ex namorada voltava ao Brasil naquela quarta feira mesmo. A tristeza aumentou. Não por ela voltar evidentemente. Não sei explicar porquê. Sei apenas que marca a gente. Marca saber de uma viagem, que deve ter obliterado qualquer lembrança minha que ela ainda conservasse. Jamais consegui ir num hotel fazenda com ela. Mesmo DENTRO da minha cidade. Com ele, ela foi para fora do Brasil. Para a Europa. Eu sempre dizia que a mãe dela não me achava o genro dos sonhos ( dizia que eu servia como filho, nunca como genro) por ser pobre. Ela negava. Mas me parece que é isso mesmo. Tanto que ele consegue coisas que eu jamais estive perto de conseguir. Evidentemente a decência, o bom caráter ajudam. Mas lembrando que pra ELES eu era tudo isso...Deve ser melhor ser sogra de alguém estabililizado na vida. Pronto pra casar. Com a mãe estudada. Com a condição social parecida com a gente. Nesse momento que escrevo isso não sei nem se é minha mágoa falando por mim ou eu mesmo pensando isso. Acho que um pouco dos dois. Essa foi minha quarta feira. 
Na quinta resolvi fazer ao contrário. Ter um dia produtivo. Acordei cedo. Limpei o apartamento. Li meu livro. Vi série. Fui trabalhar.Recebi minha amiga em casa. Ela ficou cerca de três horas comigo. Foi bom. Fui para a academia. E chegando em casa encontrei no msn uma amiga com a qual não conversava há anos. Não conversava pra valer quero dizer. Ela era minha amiga da época do bairro daquele amigo, com quem desconfiei que minha ex namorada me traiu e que desencadeou o surgimento da fake amiga. Como minha ex namorada, também faz direito. As duas inclusive estão na mesma fase. A diferença é que ela estudava a noite. Minha ex  namorada fez uma matéria com ela. As duas nunca se gostaram. Ela inclusive confessou pra mim que não "ia com a cara" da minha ex namorada. O que me causou surpresa. Não consigo contar nos dedos de uma mão as pessoas que não gostam dela. Minha amiga justificou que por isso ficamos tanto tempo afastados. Sobretudo também porque sempre um ou outro estava namorando. E os respectivos namorados de ambos sempre foram ciumentos. Há um mês ela terminou seu namoro. Queria conversar. E foi o que fizemos até 06hs da manhã. Fazia muito tempo que eu não batia um papo tão longo e proveitoso no msn. Me convidou para visitá-la no estado onde hoje ela mora. Já marcamos antes do início das aulas no colégio para eu ir. Adorei o papo e reencontrá-la. 
Na sexta feira eu tinha que acordar cedo. Muito cedo. Dormi menos de duas horas.Era aniversário do meu grande amigo que mora comigo. Fomos em caravana para a cidade dele. Eu e mais outros 7 amigos. Minha patota do momento. Os meus queridos. Que tanto me ajudam e me querem bem. Lá chegando tomamos banho de piscina, corremos, comemos, rimos. A tarde fomos para o sítio dele, no interior da cidade. Um lugar absolutamente bucólico. Sem tv, sinal de celular, internet. Gigantesco e lindo. Comemoramos juntos com a família dele o aniversário. Uma noite de grandes risadas. Não pude deixar de pensar, se minha ex namorada estivesse ali, gostaria? Curtiria aqueles momentos? Ou ela terá deixado de ser aquela menina simples que se adapta a qualquer situação? Não creio nisso. Sua humanidade sempre foi sua maior qualidade. Dessa humanidade é que florecem todas as outras coisas boas dela. Lá no sítio, tomamos banho de rio, fizemos trilha, caçamos animais( só fui acompanhando, sou medroso demais pra isso), jogamos volei, futebol, tivemos conversas ao pé de ouvido. Trocamos segredos. Medos. Culpas. Choramos. Cada um com seus motivos. E prometemos apoio constante, incondicional,mútuo e irrestrito no ano que começa. Passamos duas noites muito legais, conversando até tarde. Logo, dos 5 dias que fiquei sem dar notícias por aqui, 3 foram por indisponibilidade da internet. Cheguei de viajem domingo a noite, bem cansado e minha amiga ( com quem conversei na quinta)  me surpreendeu dizendo que me ligou o final de semana inteiro porque viu uma viajem para o Chile, super barata para irmos nós dois. Seria legal mesmo. Ainda mais com ela por quem sempre tive um carinho especial. Mas o final de semana era do meu melhor amigo. Um dos caras que salvou minha vida. E ajudou a mudá-la também. E que eu ajudei a mudar, de certa forma também. Ele ficou felicíssimo com a presença da galera, que eu coloquei na vida dele, lá na casa dele. Adorou o aniversário. E só isso já me deixou contente. Foram dias estranhos esses últimos. Vida que segue!

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

"Raramente sou feliz..."

Escutamos frases ao longo da vida que ás vezes passam batidas. As pessoas estão sempre nos falando algo ou querendo nos dizer algo. Mas fazemos ouvidos moucos, ou somos insensíveis as palavras, ou ainda pior não acreditamos nas frases. Essa falta de crença acho que vem por conta da banalização de coisas importantes. Quantas vezes estamos só alegres e clamamos aos quatro cantos: "Estou explodindo de felicidade?" Quantas vezes começamos um relacionamento e já dizemos que estamos "loucos de amor" por alguém"? Amor é tão profundo. Não creio que ao longo da vida você ame muitas pessoas. Alías se ama talvez estejamos diminuindo um sentimento tão puro. Após o término minha maior luta têm sido contra as palavras. Sim, as palavras que eu sempre soube usar tão bem para mentir, manipular, trair, enganar, jogar com as pessoas. Eu feliz? Nunca mais usei. Porque não me sinto mais feliz. Já me senti em alegria intensa e desvairada. Quando meus alunos passaram no vestibular, quando conquistei meu primeiro emprego como professor, apenas para ficar em dois exemplos. Felicidade? Sei ( muito) bem o que é e definitivamente não é o que eu senti nesses dias. Nem pelos outros. Como falei hoje na volta ao psiquiatra, você se sente esvaziado, pensa que esse sentimento não te pertence mais e que não alcançará mais esse estado de espírito. Da mesma forma vale para o "estar bem"...há meses as pessoas perguntam no msn, pessoalmente, ou no facebook "Como você está?" e eu sempre respondo as mesmas coisas: "De boa", "tranquilo", "tudo certo", "vamos indo", porque não quero enganar ninguém, ,muito menos a mim mesmo respondendo que "está tudo bem", porque não está...o psiquiatra disse que admira minha lógica....
Essa enorme introdução é só para ilustrar algo que me aconteceu ontem e que me fez pensar muito. Estava com minha amiga, lá em casa e um momento normal, e derrepente ela me olhou profundamente e começou a rir. Segue o diálogo:

Eu: " O que foi?"
Ela : "Nada".
Eu: "Fala!Tenho cara de palhaço né?"
Ela: "Tem!Mas não é isso."
Eu: "É o que então?"
Ela: Estar contigo me faz feliz. E eu ramente sou feliz."

Aquilo calou fundo em mim. Eu faço alguém feliz. Sabem o que faço para deixá-la feliz? Nada. De verdade. Nenhum agrado explícito, nenhuma declaração mais contundente. Nenhum elogio grandioso. Elogio a roupa. Digo que está bonita. Que gostei do novo corte de cabelo. Nada. Nada demais. Mas meu caminho se traçou com o de alguém que raramente é feliz. E perto de mim fica. Se não for um exagero ( olha nós aqui voltando para o que estava lá em cima) é uma imensa responsabilidade. Fazer alguém feliz. Queria dizer o mesmo para ela. Queria dizer para qualquer pessoa. Queria não ter pego toda a minha felicidade e jogado nas costas de uma pessoa. Queria seguir de fato adiante. Não de mentirinha. E eu sei que não estou banalizando isso que estou dizendo. Ou exagerando. É assim de fato que me sinto.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Boa noite dia 09...

Pra me despedir desse dia 09, que até foi produtivo ( amanhã conto pra vocês) um pensamento do Caio F que está regando minha madrugada e uma música dos Paralamas do Sucesso, antes escutada mas nunca ouvida de fato.

O pensamento do Caio é:

"Nem que eu lute todos os dias contra mim mesmo, mas as coisas vão mudar..."

Não sei se eu conseguirei. Mas lutar eu preciso, sob pena de perecer.

A música dos Paralamas é sobre algo que fiz essa noite: Seguir estrelas...Chorando. E seguindo.

Seguindo estrelas:

Sigo palavras e busco estrelas
O que é que o mundo fez
Pra você rir assim
Pra não tocá-la, melhor nem vê-la
Como é que você pôde se perder de mim
Faz tanto frio, faz tanto tempo
Que no meu mundo algo se perdeu
Te mando beijos
Em outdoors pela avenida
E você sempre tão distraída
Passa e não vê, e não vê

FICO ACORDADO NOITES INTEIRAS
Os dias parecem não ter mais fim
E a esfinge da espera
Olhos de pedra sem pena de mim
Faz tanto frio, FAZ TANTO TEMPO
QUE NO MEU MUNDO ALGO SE PERDEU
Te mando beijos
Em outdoors pela avenida
Você sempre tão distraída
Passa e não vê, e não vê 

Já não consigo não pensar em você
Já não consigo não pensar em você

Nunca consegui deixar de pensar nela. Nunca. Boa noite dia 09 meu de cada dia.



Todo dia 9 vai ser sempre igual.

Para todo mundo é um dia como outro qualquer. Uma segunda feira comum. Ou nem tanto, essa é considerada a primeira segunda feira "útil" do ano. Para mim nenhum dia 09 foi igual ao longo dos últimos 7 anos e 8 meses. Nos últimos 7 anos eu comemorei praticamente todos os meses. Sim, não houve mês que deixamos passar em branco. Em praticamente todos teve um presente. Uma mensagem mais carinhosa. Uma saída só nossa, para nos amarmos. Uma música. Mesmo quando não estávamos bem. Mesmo quando não estávamos tão felizes. Ou em crise. Éramos esse tipo de casal. O dia 09 era sagrado. 
Os últimos 8 dias 09 foram diferentes. Uma pálida lembrança de um tempo como nenhum outro em que eu era feliz. Em que meu coração, meu corpo, minha alma, a despeito de toda a minha imundície interna, pertenciam a alguém. Também não deixei nenhum passar em branco. Também nenhum ficou sem lembrança. Para ela, deve ter virado apenas um dia. Se estiver em viagem mesmo, que lembrança minha sobreviverá a uma viagem pela Europa com seu amor? Vai lembrar de quê? De fugas para namorar em praias semi desertas? Em esquinas escuras onde trocamos desejos e carinhos pela primeira vez? Em jantares a luz de velas na casa dela, com a mãe dela ou a irmã interrompendo em várias oportunidades? Do dinheiro contado do pastel e do caldo de cana? Do chocolate trazido, já mole por conta do calor? Isso não resiste a uma encantadora viagem pelo continente mais magnífico e romântico do mundo com quem se ama...Mesmo que ainda houvesse lembranças minhas, as últimas seriam dilúidas pela viagem dos sonhos dela...dos nossos sonhos, hoje realizados com outra pessoa. Todo dia 9 de agora em dia é uma facada....é uma lembrança sincera e honesta ( e isso vindo de mim!!!!) de que a perdi para minhas mentiras, para minha falta de lealdade, para meu caráter baixo. Não é mais a data de namoro de um casal que se amava loucamente. É um ode a ausência constante dela na minha vida, em todos os dias, mas nesse com mais força. Uma força não etérea, mas concreta, que me atinge em cheia e me faz pensar porque continuo, porque ainda não desistiu. O que me mantém aqui ainda? Numa vida repleta de gente, com sonhos realizados e ainda assim dolorosamente vazia por não ter comigo quem eu sempre amei. Quem foi minha desde o primeiro beijo, naquele já distante 09 de maio de 2004. O dia em que entreguei minha alma para alguém. E que fui feliz. Como jamais voltarei a ser. Nenhum dia 09 será igual aqueles que passaram. Mas até aí nenhuma novidade. Nenhum dos meus dias é igual aqueles que passaram.

Em má companhia.

As companhias dizem muito do que você QUER. Não acho que definam o caráter de alguém, mas definem suas vontades, seus sentimentos no instante em que você opta por "andar" com alguém. Me parece bem óbvio que se voce anda com uma turma apaixonada por cinema, em algum momentos você quererá ver um filme. Não significa necessariamente que você é um apreciador da sétima arte. 
Companhias edificadoras, claro, te levam para cima. Elevam o espírito e se você deixar são capazes de ajuda extremamente eficazes naqueles momentos de tristeza absoluta. Do mesmo modo companhias que mesmo sem querer lembram que você fracassou, perdeu, tem um caráter absolutamente questionável ( pra dizer o mínimo) e que não sairá da areia movediça em que se enfiou podem derrubar muitas das suas "conquistas". Nos últimos dois dias, eu fui essa companhia para mim mesmo. Corroído pela culpa, pela dor, pela saudade, foi um arremedo de ser humano. Em absoluto silêncio durante mais de 48 horas. Sem atender telefone, mandei mensagens para os meus amigos que me ligaram, entrando muito pouco em qualquer rede social. Poderia dizer que produzi, que li muito, que vi muitos filmes bons, que fiz uma maratona das minhas séries preferidas...mas pra quê mentir para vocês não é? É aqui nesse espaço que desabafo e comento minhas mais variadas falhas. E elas são muitas. A desse final de semana foi isso: abrir mão de viver, de ir na rua, de sair com meus amigos, de receber em casa minha amiga, de ficar agarradinho vendo televisão. Eu disse um NÃO bem grande para a alegria. Vejam, é diferente dos primeiros meses do término quando eu vinha aqui e me lamentava que não tinha ninguém para dividir minha dor. Eu tenho. Mais de uma pessoa. Mais de cinco pessoas. Que me amam. Que não me julgam. Que não entendem o que eu fiz, mas que apostam em mim, apostam que minhas maldades ficaram no passado. E ainda assim eu recusei. Ainda assim fiquei na cama. Chorei.Não visitei a página pessoal de ninguém na internet. Vi um vídeo nosso, de quando comemoramos 4 anos de namoro, vi fotos...e relembrei para mim mesmo cada mentira que contei nesses anos todos de vida...tentei lembrar qual foi a primeira...para quem foi...já faço isso há tanto tempo que nem lembrei. Vi cerca de 5 episódios de séries ( nada para quase 48 de ócio) e um filme. No final do domingo aceitei o último convite que me fizeram no dia: participei de um podcast dos meus amigos que moram em outro estado. Não foi divertido. Estava disperso, calado. Quando for ao ar será uma amostra de um final de semana em que fui completamente inútil. Inútil como amigo. Inútil como ser humano que sequer produziu algo para si ou outros em 48 horas. Inútil para a vida. Essas 48 horas mostraram o quanto minha companhia faz mal a mim mesmo. O quanto devo preencher minha vida com coisas melhores. Eu sofri por opção. E isso é doentil. É pequeno, até para mim.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Recluso.

Os passos para melhora eu dei. E foram vários ao longo dos últimos meses. Todos em vão. Não se tira da cabeça o que não sai do coração. Eu ainda penso nela demais. As vezes o dia inteiro. Lembro de nós dois sempre. Choro. Não mais todos os dias. Duas, três vezes por semana dependendo de como ela tenha sido. Leio cartas. Bilhetes. Vejo fotos. Vídeos. Relembro na cabeça histórias que meu coração não supera e é incapaz de esquecer. Ainda sinto o coração congelar quando estou num lugar que já fomos juntos. Nos últimos dias saí de casa mais tranquilo. Ela não está na cidade. No estado. No país. A chance de encontra-la é zero. Fui ao cinema sem medo. Fui ao shopping perto de casa sem receio de vê-la lá, feliz ao lado do namorado. Mas nos últimos três dias, com a saída de todos que moram comigo de casa mais uma vez ( voltaram para o ano novo e já retornaram para a sua cidade natal) optei por algo diferente. A reclusão. Me tranquei no apartamento e daqui só saí para comprar comida e ir na academia. Fiquei lendo. Vendo filmes. Séries. Sozinho com meus pensamentos. Chorei. Mal entrei no Facebook pois sábia que meus amigos me chamariam para algo. Alias chamaram. Ligaram. Menti de novo. Disse que estava com a minha mãe. E segui em casa. Nenhuma razão aparente. Só a vontade de estar sozinho. De não fazer nada mesmo. Olhar o vazio...ver nossas fotos. Ficar trancado no quarto. Ver ela no vídeo do celular. Ver séries que víamos juntos e imaginar se ela ainda as vê. Sei que não é vida. Sei que não é produtivo. Sei que deveria continuar dando passos rumo a melhora. Aceitar os convites para praia. Para viajar. Os convites intermitentes da minha amiga para vir aqui para casa comigo passar o final de semana. Mas não tive vontade ou força para nada disso. Não estou depressivo. Estou melancólico. Absorto. Tentando descobrir como é ficar comigo mesmo. Tentando descobrir meus sentimentos. Entender de uma vez por todas as coisas que fiz. Pensar nas pessoas que prejudiquei imensamente. Pensar. Refletir. Analisar. Chamem do que quiser. Amanhã com a volta do estágio parte da minha rotina também voltará. Depois tenho dois finais de semana de viagem já marcados. E depois é o início do planejamento das aulas no colégio. Ou seja, era nesse final de semana, ou nunca.Ao término do dia conto as impressões para vocês.

Vício.

É quase como ser um alcoólico. Você tem que ir todo dia. Assim sou eu e as redes sociais. Assim sou eu e mania de fuçar na vida dela e em qualquer um que tenha a mínima ligação com ela para ver onde ela está, o que anda fazendo. Muitas vezes são horas e horas de pesquisa. O pior é que de certa forma eu nunca fui assim. Essa curiosidade sempre foi dela, de acompanhar a vida da minha ex anterior a ela, rapazes que ela já ficou...na realidade é uma curiosidade inerente a nós seres humanos certos? Que atire a primeira pedra quem nunca procurou saber sobre a vida de alguém que já ficou, já namorou, ou aquela menina que o namorado já ficou. Adoramos medir, comparar...Mas creio que eu estava fazendo isso numa proporção exagerada...fui desde a visita constante ao Facebook dela e dos  amigos próximos dela, alguns que eu jamais ouvi falar, desse reinício dela, até o da sogra...nunca me senti tão baixo em termos de redes sociais. E foi isso que fez cair a ficha. Não poderia, não deveria continuar assim. Era um erro. Um grande erro. Dei meu primeiro passo ao bloquear a irmã dela no Facebook. O outro excluindo a conta desse blog no mesmo face.Excluir a conta modo de dizer. O Facebook permite que você volte apenas colocando a senha de novo. A solução tem sido apelar para aquilo que nenhum viciado tem: força de vontade. E deixa-la viver a vida dela em paz. Se ela quiser falar comigo, falará. Se um dia eu tiver livre acesso as redes sociais dela, será por iniciativa dela. Na casa do meu amigo na sexta, novamente aconteceu o que já havia ocorrido em outra oportunidade: o computador dele, mais especificamente o Facebook dele, ficou livre para mim. Aberto. Ele foi dar banho na filhinha. Era só colocar o nome dela e ver tudo. Viagem. Fotos. Frases. Tudo...Ficou uma coisa me remoendo por dentro. Pra fazer. Foi uma luta interna. Cheguei a ver o face dele em si...mas não abri o dela...fechei o computador e fiquei lendo uma revista. Com a certeza que a vida dela estava ali. Ao meu alcance. Era só ler. Um viciado é assim. E é isso que sou. Desequilibradamente viciado nela. Espero encontrar a cura. 

Conversas.

São alguns dias que passei sem aparecer aqui. Não, não andei muito ocupado não. Faltou disponibilidade. Boa vontade pra fazer coisas úteis da minha vida. O que de mais diferente que fiz nesses 4 dias foi sair na sexta feira. Primeiro sai com minha amiga especial. Novamente, apesar de ter dito que me esperaria, ela reclamou da minha indiferença. Disse que eu dou risada perto de todo mundo, menos com ela. Não era exagero dela. Que não a procurei durante a semana. Que diminui o ritmo das mensagens. Que não liguei nenhuma vez. Que era até surpreendente que tivesse aceitado sair naquela sexta. Ela estava correta em tudo. Pedi desculpas. Disse que a última coisa que queria era magoa-la. Que era uma moça toda especial e...ela me interrompeu. Não era disse que estava falando. Ela só queria me entender falou. Que eu podia falar sobre qualquer coisa. Sobre saudade. Dor. Por mais surreal que isso fosse. Se eu quisesse passar um dia inteiro falando sobre minha ex, não teria problema. Claro que eu não faria isso. Há um limite e eu não quero ultrapassa-lo.Tentei explicar para ela que inteiro nessa relação eu não serei tão cedo. E que por isso talvez fosse melhor terminar. Ela disse que segue me esperando. Que não quer compromisso. Quer ficar comigo quando possível. E quando não for, ser só minha amiga mesmo. Que é madura para dividir as coisas. Ela é uma moça sensacional. Merece ser valorizada.Não sei quanto tempo mais manterei isso. Falta o essencial. De todo modo, lanchamos, conversamos e logo me despedimos. Tinha marcado uma noite divertida com aquele meu amigo, que somos padrinhos de casamento. A filhinha deles está linda. A esposa dele não fala basicamente mais comigo. Em certos momentos parece que até ignora a minha presença. Nada mais natural. Ela tinha adoração pela minha ex namorada. As duas se identificaram plenamente assim que conheceram. De todo modo não me culpo por não se falarem. Jamais falei mal da minha ex namorada para ninguém,  muito menos ela. Contei a verdade sobre o fim da nossa relação porque tinha enorme medo de perder aquele grande amigo. Minha ex namorada havia dito que contaria as pessoas a real razão pela qual terminamos se eu não parasse de incomoda-la. Mesmo parando fiquei com medo. E contei, também para me livrar das mentiras. Se não houve visita ao bebê, ou mesmo ligações das partes não posso ser responsabilizado. De todo modo me parece que ambas me culpam...Enfim...meu amigo e eu tivemos uma noite ótima. Cheia de conversas boas, novidades. Ele se mostrou extremamente feliz com meus últimos seis meses. Com a vitória da minha galera no vestibular. Com de certa maneira eu estar com alguém. Ele é a única pessoa do meu passado que crê na minha mudança. Que acredita que a tragédia que se abateu sobre a minha vida me modificou. Que a partir daquilo eu quis fazer as coisas diferentes. É bom estar com ele. Ser amigo dele. Ter essa parte do meu passado ainda na minha vida. Saí de lá tarde da noite. Ainda viemos conversando no carro, trocando mais confidências. Coisas que eu nem sabia.Fiquei feliz dele dividir comigo. Acho que foi a forma dele informar que ainda confia em mim. Espero ser digno de confiança.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Indescritível.

O dia 29 de maio de 2011 ficará para sempre marcado na minha vida. Se o dia 01 de Junho foi o fim de fato de tudo que tinha com minha ex namorada, qualquer chance e afins, o dia 29 foi o trovão que inicia a tempestade. Foi de longe, muito longe, o dia mais triste da minha vida. Eu sabia que tinha acabado. E sabia, só eu sabia o quanto estava doendo. 
Eu vivi nos últimos 7 meses desde então os piores dias, horas que poderia imaginar viver. Tive dias horríveis. Tive dias mais ou menos. Tive alguns dias alegres. Legais. Tive dias em que a culpa varreu qualquer alegria. Mas nada me preparou para o assomo de sentimentos bons que tive ontem. De longe o melhor dia que já tive desde o término. Um dos melhores dias que já tive em minha vida. Foi o dia em que a Federal do meu estado divulgou o resultado. 58% dos nossos alunos passaram. Quase 80 alunos. Passar a lista e ver o nome de cada um deles encheu meu peito de alegria. De orgulho. De amor. Um projeto dava resultados concretos. Educação Comunitária de qualidade e gratuita. Que loucura não? Eu nunca havia tido um ideal tão nobre. Eu nunca fui tão pouco interesseiro na minha vida. Tão altruísta. E ver aqueles jovens realizando seus sonhos...eu recebi 63 ligações em pouco mais de uma hora ( sempre disse que não era unanimidade) todas muito gritadas, todas chorando, todas gratas...Eu chorei em quase todas. E pela primeira vez minhas lágrimas não foram pensando nela. Mesmo quando encerrou o cursinho eu pensei nela e imaginava o que ela acharia vendo tudo aquilo. Ontem minha emoção era tão pura, era tão para eles, era tão deles que eu só pensava em cada um na federal. Engenharia, Matemática,Letras,Direito,Pedagogia,Agronomia,Geografia,Biologia...enfim, teve de tudo orkuto nosso cursinho. Desses heróis que um dia a sociedade, as famílias, alguém disse que não conseguiriam...E eles chegaram lá. Por mérito próprio. Eu ajudei a contar essa história. Fiz isso. No face, no orkut,nos msns,por mensagem de telefone, nosso projeto marcou esses jovens. Marcou a vida deles. Marcou a minha vida. 
Eu posso ter feito muita coisa nessa vida. Maldades que parece que nasci só pra fazer. Só pra prejudicar as pessoas. Mas eu vou encontrando meu caminho na sociedade. Eu nasci pra ser professor. Eu amo isso!

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Insone

Como eu disse para vocês, eu tinha um perfil desse blog no facebook. Digo tinha porque ontem excluí a conta. Como eu disse, tinha poucos amigos e a utilidade de me fazer espionar a vida dos outros. Antes de deletar fiz algo do qual não me orgulho. Olhei o perfil da sogra dela. Mulher culta. Estudada. De bom nível financeiro e profissional. E que parece adorá-la. Lembrei da minha mãe, semi analfabeta. Sem assunto, exceto comida, coisas que gosta de comer. Esquizofrênica. Pobre. Diferenças marcantes. E que certamente ela não leva em conta. Não faz parte do caráter dela. Mas de toda a forma, pensei sobre isso. Minha ex namorada está mesmo na Europa. No país que sempre quis conhecer. Com o namorado. Sonho que sonhou primeiro comigo. Mas que hoje está lá, com quem já é o dono do seu coração.Me senti mal fuçando na vida de uma mulher que sequer deve saber da minha existência. Era nesse perfil que eu podia ver as poucas coisas que minha ex namorada deixava pública no facebook. As poucas fotos de sua nova vida. De seu novo amor. No meu perfil pessoal eu estou bloqueado por ela. Se deletasse perderia a oportunidade de eventualmente ver como ela está...Deletei. Excluí a conta. Não tenho nada a ver com essa parte da vida dela. É o reinício dela. Ela merece reiniciar. As vezes a gente esquece o mal que fez. Ao olhar também como despedida o perfil da amiga com quem traí minha ex namorada, as diversas indiretas sobre caráter, sobre pessoas que não devem mais voltar para a vida...percebi mais uma vez o mal que fiz a essa menina. O estrago que causei. O rombo que abri nessas vidas. Eu fico aqui me lamentando, falando de suicídio, dor, lágrimas, sofrimento e as vezes posso dar a falsa impressão que sou uma pobre vítima. Sempre tento deixar as coisas claras: Eu não sou. Eu sou o grande culpado de tudo. Eu prejudiquei intensamente a vida dessas duas pessoas. Que só querem, cada uma a sua maneira, seguir a vida. E que escolheram fazer isso sem mim. Sem minha presença. Quem na terra pode condená-las? Elas estão absolutamente certas. Quando penso no mal que fiz...não há perdão possível. Eu não deveria se tivesse o minimo de vergonha, bom senso, jamais procurá-las de novo. Eu não tenho o direito nem de falar delas. De dirigir a palavra a elas. Eu arrasei essas meninas de tal maneira que elas podem ficar traumatizadas pra sempre. Ao deletar o perfil, ao ver tudo de novo que fiz, a culpa se abateu tão forte sobre mim que foi impossível dormir. E quando digo impossível, falo em impossível mesmo. Não dormi. Dormi ás 7hs30 da manhã. E acordei quase 14hs. Ainda com culpa. As pessoas falam que tenho que me perdoar para seguir em frente. Como se fosse algo simples. Como se fosse algo que deletássemos como uma conta de facebook. Eu não consigo me perdoar. Mesmo. Nem sei se um dia vou. Segui em frente é muito difícil. Doído. Nem elas se sentem prontas para me perdoar, e não se sentirão tão cedo. Ou nunca.

Primeira de 2012.

Começou 2012. A noite da virada foi a mais diferente dos meus últimos anos. Pela primeira vez sem ela, sem a família dela...Sem nossa confraternização...Sem fogos abraçados e juras de amor eterno aos beijos...A sensação era de fim, fim mesmo. Com o fim do ano, foi o fim de uma etapa. Entrarei 2012 sem ela na minha vida. Pela primeira vez ela não me terá na vida dela um ano inteiro. Sim, das muitas coisas que acho que irão acontecer esse ano, não acho que ela voltará a falar comigo...talvez ela fique noive, talvez case, talvez faça mais uma super viagem, com certeza ela vai se formar, mas eu de volta, mesmo de forma diferente? Não!
O ano novo foi passado na casa de amigos da minha amiga, professora de física. E teve a participação mais que especial de quase todas as pessoas que são importantes para mim. Muitos dos meus grandes amigos estavam lá. Me amparando, cuidando de mim. E sem me conhecer profundamente, claro. Há poucas coisas com as quais eu fico mais desconfortável do que dormir, me hospedar em casa de pessoas que eu não conheça. Mesmo com essas pessoas fazendo de tudo para que eu me sinta bem...Sou chato com isso. Não queria ir e rolou até um leve estresse com isso e minha amiga. Chovia torrencialmente em minha cidade, teríamos que ir de carro para a praia onde fomos...enfim incômodo. Mas, fim de ano, a paz tinha que reinar e lá fomos. Foi divertido. Demos muitas risadas. A casa tinha três pavimentos, sendo o último uma varanda aberta no terceiro andar. Foi para lá que fui ás 23hs. E fiquei durante 45 minutos, finalmente sozinho com meus pensamentos. Chorando. Rezando. Me culpando. Pensando. Tudo que eu vivi em 2011. E não iria embora só porque o calendário iria mudar o ano. Não é assim que a coisa funciona com nosso coração. Você não deixa de ter uma dívida de um ano para outro. Você não fica sem problemas a partir das 00hs01 do novo dia, novo ano. E era assim que eu me sentia. Com a casa lotada, ninguém foi falar comigo e ainda bem. Quase não fico mais só com meus pensamentos. Nem tecnologia, nem amigos deixam. 
Perto da virada fomos para a praia para a contagem. Mas...eu já não estava mais em condições. Arrasado acompanhei a contagem com meus amigos. Tirei algumas fotos sem sorrir. No momento da virada muitos abraços e muitas frases lindas dos meus amigos. Do meu amigo que mora comigo ouvi: "Irmão.Não menos que isso". "Eu te amo cara! Te encontrar esse ano foi meu maior presente, meu melhor amigo!"  Foi o que escutei do meu amigão professor de matemática. "Se eu briguei contigo antes me perdoa. É que era fundamental que tu viesse. Sem ti não tinha virada.Te amo" Me disse minha amiga, de física. Todos com palavras lindas. E eu chorando. Demais. Muito. Começou a chover mais. Olhei para o céu, abri os braços. E desejei a ela feliz ano novo. Ao namorado dela. A minha amiga que tanto prejudiquei. A família dela. Mandei a mãe dela, e a ela um feliz ano novo via mensagem. A mãe dela respondeu a de natal. Ela não. Enfim...não esperava mesmo votos de coisas boas.Na chuva fiquei até ser chamado para voltar pelos meus amigos. Eles ficaram na sala, rindo, se divertindo. Brincando. Eu não estava no clima. Fui deitar. Sem computador comecei a ler meu primeiro livro do ano: As Esganadas do Jô Soares. Terminei 5hs depois ás quase 300 páginas do livro. E ainda demorei mais um pouco para dormir. Novas lágrimas. 
No dia seguinte, após o almoço, todos acordamos tarde, fomos para casa. Não quis muito papo. Entrei no quarto e ali fiquei. Vendo as séries que ela gostava, que víamos juntos, novas e intensas lágrimas. Recebi ligações, batidas na porta, mas fingindo dormir, neguei o convite. Meu dia, meu ano novo, começava mal. Muito mal. Se for uma amostra do que virá...