domingo, 10 de julho de 2011

A primeira festa...

A primeira festa de fato sem ela foi hoje.Confraternização de uma das salas do cursinho Pré vestibular. Como um dos professores mais queridos, era um dos convidados mais esperados. Quase não fui. Fiquei na cama por uma hora e meia depois da festa ter começado. Só aí levantei e fui me arrumar. No caminho, eu chorava. Não sei porquê. Sei que não queria ir. Não queria estar lá! Não merecia estar lá. Ao chegar a agonia aumentou. Fui tratado com reverência. Tudo era o "professor fulano", como se o professor fosse um ser muito especial e não fosse esse imundo que é! Todos queriam tirar uma foto. Uma foto COMIGO era uma honra. Entendem a contradição? Serviam o professor com alegria. As alunas agradavam. Efetivamente duas alunas pediram pra ficar comigo. Meu coração sequer pulou. Meninas bonitas, relativamente inteligentes....Mas tão distantes em TUDO do amor da minha vida. Sim eu sei que não devo comparar...mas comparo. Sempre. Ela é o ser humano mais iluminado que Deus já fez. E eu a humilhei tanto...Eu a manipulei tanto. Eu mereço uma punição severa. Eu mereço o pior da humanidade. Não mereço o que um povo bom, trabalhador, jovens esforçados, fiquem me achando um exemplo. Eu sou um exemplo. Um exemplo de como não agir com quem se ama! Um exemplo de mau caratismo. Um mau exemplo. ESSE exemplo eu aceito. Mais que isso? Não quero...Mas tentei me divertir na festa. Tentei não pensar. Ri. Fiz rir. Cantei. Dancei. Fiz piadas. Fui atencioso com as pessoas. Busquei não frustrar alguns daqueles que só estavam ali,porque eu estava. O único momento de maior tristeza, foi quando um cachorrinho preto...a cara do meu amor de quatro patas, veio pedir comida e eu comecei a roubar carne para dar para ele. Chorei afagando aquele cãozinho. Eu nunca mais verei o meu. Eu o perdi. E pra vocês pode nada ser...mas pra mim a perda desses dois cães é irreparável. É um rombo na alma. Sinto muito mais falta deles do que de algumas pessoas que via sempre e hoje não mais encontrarei. Alias...ontem faríamos aniversário de namoro...7 anos e dois meses! Foi um dia de intensas lembranças...Também ontem foi dia do aniversário da minha ex cunhada...Menina mimada....nunca foi a irmã que minha ex namorada merecia...seria leviano da minha parte dizer que sinto faltaaa dela...Mas tínhamos bons momentos...e queria sim que voltassem! Ia mandar uma mensagem desejando parabéns. Mas aí vi que não a tenho mais na agenda. No face, a exclui dos amigos. E aí fui lá e entre a vontade de desejar e achar que seria uma atitude errada da minha parte, fiquei com a segunda. Rezei por ela na missa. No face dela, procurei qualquer menção ao novo cunhado. Não encontrei. Eles nem são amigos. Espero que ele tenha com ela uma relação melhor do que eu tive.
O episódio do cachorro me deprimiu um pouco. E o resto da festa fiquei mais na minha, até a hora que o número de pessoas que queria saber o que estava acontecendo estava muito alto. Então me animei de novo e segui em frente. Fiquei até a última pessoa. Ajudei a dona da casa a limpar tudo. E vim embora. Me diverti? Sim. Dei risadas? Algumas. Intensas? Preciso confessar que não e minha psicóloga quando ler isso aqui não vai gostar. Mas eram risadas verdadeiras. A volta pra casa foi dura. Chor convulsivo. No choro a mistura. A imensa falta que ela me faz. Imensa. Gigantesca. É como se tudo mais fosse em vão! E por fim a culpa. A impossibilidade de seguir em frente. Por falta de merecimento. Eu não mereço o seguir em frente. Eu mereço a dor.Eu mereço o que eu tenho! Eu mereço a solidão! Não mereço nem o perdão divino, que o padre hoje quis me convencer que já recebi. Mas também...mesmo que já tenha recebido...de que me adianta? Do que me vale o perdão do céu, comparado ao terreno, das pessoas que prejudiquei e que nunca receberei???

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