domingo, 29 de janeiro de 2012

As tentações de um dia 29.

Não será MESMO um dia como outro qualquer. Nunca. Ficou marcado como uma ferida enorme, que sangra demais quando lembrada. Dia 29. 29 de maio, o dia em que minha vida mudou para sempre. 8 meses atrás. E eu não parei mais de contar. E não vou parar tão cedo. Hoje acordei sabendo que dia era. E me permiti ficar bastante tempo na cama. Acordei após ter sonhado com ela. Acho que meu inconsciente também sabe que dia é hoje. Um sonho bom. Almocei. Li mais um pouco do meu livro. Alguns gibis. Fui para a sala ficar com meus amigos. Não há razão para viver trancado no quarto quando todos estão de volta ao apartamento. Vimos futebol, conversamos...mas a melancolia já havia roubado meu sossego. Parti de novo para o quarto após o café da tarde. Deveria ter ido correr. Não fui. Entrei pelo perfil que reativei da conta do blog, no face dela. Nada de novo. Apenas amizades novas começadas. Pensei em ir na página do namorado no google+. Ainda estou pensando. Mas tenho muito medo do que verei lá. Por isso não o fiz. Não quero fazer. Quero me livrar dessa tentação. Do querer saber e ao mesmo tempo não querer. De buscar sem buscar. Foi a isso que fui reduzido na vida dela nesses 8 meses. De alguém que tudo sabe, tudo vê, tudo conhece dela, cada peça de roupa, cada detalhe mais íntimo da sua vida ( até por conta de ter criado a melhor amiga dela, canalhice inesquecível...) a alguém que nada sabe dela. Nada. Alguém que para descobrir algo precisa como um psicopata fuçar, buscar, correr atrás...
Uma vez por semana, um pouco mais acho, posto algo sobre tudo que eu sinto no Face. É como se fosse um desabafo sem ser muito claro. Algo mais indireto. Os que me conhecem bem sabem do que falo. Os que não conhecem adoram porque de certa forma fala o que eles sentem.  São muitas as "curtidas" nisso e sei de pessoas que esperam ansiosas a próxima postagem, porque segundo elas "falo com o coração." Alguns difundem por aí através do compartilhamento e assim ganho inclusive mais amigos.Ou para ser mais exato, amigas. Homens são raros os que curtem. Só meus amigos mesmo. As fãs da escrita são em sua esmagadora maioria, mulheres. O de hoje, claro, foi sobre medo. Esse sentimento que é tão parte de mim nos últimos tempos. Eis o que escrevi e que tantas gostaram:

Cada um de nós têm seus métodos (eficazes ou não) de fugir de algo que nos machuca. Pode parecer em vários momentos que encarar é a melhor solução. Não é se você não consegue encarar esse medo nos olhos e se descobrir vencedor. Nos seus pensamentos mais íntimos e intensos você sabe do quê está fugindo e porquê está fugindo. Não é covardia. É auto preservação. Não ouvir uma voz que trará lembranças que vão destroçar seu coração. Não ter notícias que mudarão ( pra pior) seu dia, sua semana...Não ir em lugares que propiciem um um reencontro que o coração quer ter mas a cabeça sabe que não está pronta pra processar. Normalmente a certeza dessa sua fraqueza só vem quando estamos sós. No quarto talvez, e pensamos do porquê as coisas são como são. E não gostamos, nunca, das respostas que descobrimos.

Resume bem meu sentimento hoje. De fuga da tentação. E de medo. Medo disso nunca acabar. 

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