segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Todo dia 9 vai ser sempre igual.

Para todo mundo é um dia como outro qualquer. Uma segunda feira comum. Ou nem tanto, essa é considerada a primeira segunda feira "útil" do ano. Para mim nenhum dia 09 foi igual ao longo dos últimos 7 anos e 8 meses. Nos últimos 7 anos eu comemorei praticamente todos os meses. Sim, não houve mês que deixamos passar em branco. Em praticamente todos teve um presente. Uma mensagem mais carinhosa. Uma saída só nossa, para nos amarmos. Uma música. Mesmo quando não estávamos bem. Mesmo quando não estávamos tão felizes. Ou em crise. Éramos esse tipo de casal. O dia 09 era sagrado. 
Os últimos 8 dias 09 foram diferentes. Uma pálida lembrança de um tempo como nenhum outro em que eu era feliz. Em que meu coração, meu corpo, minha alma, a despeito de toda a minha imundície interna, pertenciam a alguém. Também não deixei nenhum passar em branco. Também nenhum ficou sem lembrança. Para ela, deve ter virado apenas um dia. Se estiver em viagem mesmo, que lembrança minha sobreviverá a uma viagem pela Europa com seu amor? Vai lembrar de quê? De fugas para namorar em praias semi desertas? Em esquinas escuras onde trocamos desejos e carinhos pela primeira vez? Em jantares a luz de velas na casa dela, com a mãe dela ou a irmã interrompendo em várias oportunidades? Do dinheiro contado do pastel e do caldo de cana? Do chocolate trazido, já mole por conta do calor? Isso não resiste a uma encantadora viagem pelo continente mais magnífico e romântico do mundo com quem se ama...Mesmo que ainda houvesse lembranças minhas, as últimas seriam dilúidas pela viagem dos sonhos dela...dos nossos sonhos, hoje realizados com outra pessoa. Todo dia 9 de agora em dia é uma facada....é uma lembrança sincera e honesta ( e isso vindo de mim!!!!) de que a perdi para minhas mentiras, para minha falta de lealdade, para meu caráter baixo. Não é mais a data de namoro de um casal que se amava loucamente. É um ode a ausência constante dela na minha vida, em todos os dias, mas nesse com mais força. Uma força não etérea, mas concreta, que me atinge em cheia e me faz pensar porque continuo, porque ainda não desistiu. O que me mantém aqui ainda? Numa vida repleta de gente, com sonhos realizados e ainda assim dolorosamente vazia por não ter comigo quem eu sempre amei. Quem foi minha desde o primeiro beijo, naquele já distante 09 de maio de 2004. O dia em que entreguei minha alma para alguém. E que fui feliz. Como jamais voltarei a ser. Nenhum dia 09 será igual aqueles que passaram. Mas até aí nenhuma novidade. Nenhum dos meus dias é igual aqueles que passaram.

Nenhum comentário:

Postar um comentário