sexta-feira, 21 de outubro de 2011

QUASE por água abaixo.

Ela não estava na feira. Na realidade nem procurei. Se estava apresentando, não vi e se passou por lá, não passou em meu estande. A tarde na feira foi cansativa. Nosso assunto não era fácil de ser explicado, logo não chama muito atenção. Só os realmente interessados param pra ver. Ou seja, atendi cerca de 13 pessoas. Fui visitar o estande de alguns amigos, lanchei..tudo pras 6 horas e meia que tinha que lá ficar passar logo. A minha colega de projeto puxou um assunto....fim do meu namoro...como terminou, porquê....apesar do conselho da minha psicóloga e também do psiquiatra de que essas coisas não precisam ser ditas SEMPRE para TODAS as pessoas, não consigo não faze-lo...contei a história completa...para quase uma estranha...O que fiz...como fiz...só não porque fiz...porque isso nem mesmo eu ás vezes sei responder...ela ficou, claro, horrorizada. E os diálogos minguaram...Não são todas as pessoas que se sentem a vontade conversando com alguém como eu...e não posso condená-los. Acho que eu também não me sentiria confortável. Ao fim da feira vim embora...e aí...do nada....ás lágrimas vieram...depois de 10 dias ( ainda não bati esse recorde) elas vieram gratuitamente...e sabem o que eu fiz? Aceitei a tristeza...não como antes...não com desespero...aceitei que aquele momento eu estava triste e passaria por ele...tinha opções pra ligar, pessoas que são importantes agora na minha vida...mas não fiz...resolvi sentir um pouco a dor que não sentia já a algum tempo...a chuva caia, me molhava...e eu segui andando...chorando...Cheguei em casa, tomei um banho quente, e fui para cama...vi uma série que gosto e pequei no sono...acabei com bagunça no apartamento ás 22e45. Era aniversário de um dos meus amigos, estava conversando no msn com uma pessoa já muito querida e importante para mim, quando fui arrancado da cama, tive o celular, que confesso, graças as minhas alunas iludidas hoje toca bastante, "sequestrado" e fiquei incomunicável por algumas horas, tudo para curtir uma noite agradável as 4 pessoas que mais participam da minha vida atualmente. Bebemos, brincamos e a noite foi voltando ao normal. Foi voltando a ser alegre...aquela tristeza que decidi sentir foi embora...Ao dormir, descansei de uma semana corrida, mas sonhei com ela...foi estranho...a família dela, ela,o namorado, minha família, alguns amigos em comum, todos moravam na mesma casa...menos eu...e eu fui visita-los...ver de perto a relação dele com ela...não foi difícil interpretar o sonho...ela, a família, minha família, e esses amigos me tiraram da vida deles...eu sou aquele que "não mora mais junto", desta forma, sou a visita indesejada. Acordei atordoado...mas sem lágrimas...passei uma hora, assim, meio pra baixo...mas novamente foi algo que quis que fosse passageiro...logo meu melhor amigo acordou e segui com o dia...Agora vou para mais uma sessão no psiquiatra. Conversar sobre a minha evolução, pequenas quedas e dificuldades de seguir em frente sob alguns aspectos. Aceitação. Foi a chave para uma semana que começou extremamente difícil, mas que ganhou contornos sorridentes conforme os dias foram passando e o vigor foi voltando. Graças ás crianças com câncer visitadas no domingo talvez? Graças a pessoa querida, que falo todo dia no msn, por mensagem ou telefone e que me lê sempre aqui no blog? Graças a Deus? Graças a minha psicóloga? Ou ao meu psiquiatra? Não importa muito...Acho que é uma junção de fatores. Ontem só ficou provado que a dor ainda está aqui, mas que eu posso e devo saber como lidar com ela daqui pra frente. Que seja uma decisão continuada. Que seja duradoura. 

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