sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Fácil lembrar.

A ausência daqui é facilmente explicada. Fui contratado por uma nova colega de serviço para corrigir o TCC dela. Um trabalho árduo e que nunca desempenhei. Nem meus textos eu corrijo, e vocês que leem aqui o blog já perceberam isso. Nunca me achei seguro para isso. Meus trabalhos de faculdade era ela que corrigia, formatava, dava uma olhada. Estou a um semestre inteiro já fazendo tudo sozinho. E descobrindo que posso fazer sozinho. Quando a colega de trabalho pediu a ajuda, confesso que pensei em recusar. Existem pessoas mais qualificadas que eu. Mas pessoas mais qualificadas que eu não cobrariam o que eu cobrei. E me saí muito bem. O texto foi todo corrigido, reestruturado e em algumas partes reescrito para ficar mais inteligível. Mas é impossível corrigir um tcc de uma aluna de direito e não lembrar da minha aluna de direito favorita....Ela está quase concluindo a faculdade. Muito próxima do fim. Se ainda guarda resquícios da mesma pessoa que sempre foi, está estressada, tensa, nervosa.Olhando assim, de longe, o namorado dela parece super tranquilo, super da paz, humano...leva todo jeito que está entendendo e ajudando nesse momento que é mesmo desgastante...Era pra ser eu...tinha tudo pra ser....Corrigindo o trabalho, virando a madrugada, foi me dando uma angústia, um aperto no coração, as lágrimas iam chegando com força...mas me recompus. Parei. Respirei. Tomei fôlego.E terminando o tcc, fui ver algo divertido. Uma série para rir. Uma série que víamos juntos. Não demorou e peguei no sono. E claro, sonhei com ela. Acordei agora há pouco. Triste, tenso, angustiado. Todos os sonhos com ela causam isso. Claro que nos últimos meses, as coisas melhoraram bastante. Sonhava todo santo dia. Hoje em dia é uma, ou duas vezes por semana. Em alguns somos felizes. Em alguns continuamos nossa história de amor. Em alguns temos conversas  alentadoras. Em alguns nossa história é continuada.Em outros ela está com o namorado. Esse específico era só nós juntos mesmo...como jamais deixaria de ter sido, se eu não fosse tão canalha. É duro lembrar que eu poderia ter construído uma história diferente. Uma história mais rica. Uma história não mentirosa.É duro saber que sou o culpado por meus infortúnios. Minhas dores, depressões e tristezas. Em muios momentos é dificílimo seguir em frente. Dar qualquer passo. Por isso vou devagar. E tenho aprendido, na marra, com dificuldades que não é vergonha nenhuma ir devagar. Vergonha é não ir. É ficar parado. É não progredir.

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