quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O estacionamento.

Como eu já disse para vocês aqui, algumas vezes, o prédio onde estudo fica ao lado daquele em que minha ex namorada estuda. Somos separados por uma vala e um imenso estacionamento, onde por sinal ela deixa sempre o carro dela. Hoje fui dar aula a tarde. Voltei caminhando e o único caminho de entrada para a Universidade era cruzar o estacionamento "dela" inteiro, depois de 4 meses e meio sem pisar ali.Os primeiros passos foram difíceis, mais ou menos como na vida. Olhava pro lado, procurava o carro dela. Olhava pras pessoas que vinham buscar seus carros, lembrei da gente, em como fazíamos isso, ou de como eu ia correndo pro estacionamento porque ela já estava me esperando para irmos embora pra casa...mas enfim...a cada passo...sabe aquela sensação de depressão, minha companheira nessas horas? O constante arraso? Não apareceu. Estava estável. Forte. E segui caminhando. Não tirei os olhos dos carros. Não sei o que faria se visse o carro. Talvez tal estabilidade se deu pela certeza que ás 17e48 ela não estaria pela universidade. Mas ainda assim....para quem não faz tanto tempo que sequer passava na calçada da frente da entrada do prédio dela...esse relato ridículo e pequeno é bem significativo.É uma vitória, num mar de constantes derrotas. Na realidade houve uma primeira vitória já de manhã. Encontrei uma amiga dela no centro. Do grupinho das 5 originais. Uma homônima dela. Excelente menina. Sempre me tratou super bem. As duas em si não são tão próximas. Minha ex namorada tinha restrições a ela. Como alias, tinha ao grupo todo. Acho que para isso o término foi fundamental. A fez se reaproximar dessas meninas. Dar a elas a real chance de serem amigas dela. Minha ex namorada era muito apegada ao fake criado por mim, e a despeito de eu sempre incentiva-la a dar mais atenção as meninas, ela pouco me escutava. Hoje, ao que me consta, e nada corrobora isso, é só uma sensação mesmo, são bastante próximas,e embora ela tenha feito novas e importantes amigas, as meninas foram destacadas em seu coração. De toda a forma, ela me cumprimentou alegremente e de forma muito educada. Diferente de todas aquelas que eu havia encontrado antes. Não a cumprimentei verbalmente. Fiz um vergonhoso cumprimento de cabeça e segui meu caminho. Tenho vergonha mesmo de dar um mísero "oi" para essas meninas, que também foram traídas e enganadas por mim. Elas me tinham em alta conta, o namorado perfeito. Sem falhas. O único dos namorados chamado para eventos. O namorado com o qual elas se divertiam. Não éramos exatamente amigos, mas tínhamos uma relação de muito carinho e respeito ( falar em respeito tento mentido tanto é estranho, mas histórias inventadas, não tornam meus sentimentos, as coisas que disse e fiz TODAS mentiras).De qualquer forma, a encontrei quando ia dar aula. Isso não alterou meu dia. Nem minhas aulas, que foram perfeitas. A cada dia os alunos gostam mais de mim e eu gosto mais deles e daquele colégio. O fato de não ter cedido a essas coisas pequenas, que antes me quebrariam com certeza, no dia de hoje, me deixou muito contente comigo mesmo.  

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