domingo, 14 de agosto de 2011

Revigorado?

A semana foi corrido e as oportunidades para reaparecer aqui foram muitas. Naquelas em que tive um pouco mais de tempo, confesso que a tristeza e melancolia não deixaram com que eu escrevesse algo...A mudança que fiz na minha vida a partir dessa semana não foi de maneira alguma tão benéfica quanto imaginei que seria. Já dizia o poeta que você não tira da cabeça o que não sai do coração. As horas de trabalho foram intensas é verdade. As aulas enquanto aluno estiveram ali. O projeto de educação comunitária me ocupou bastante. Mas minhas horas de tristezas intensas também apareceram. E eu achei que essa semana eu teria, ou me daria, uma trégua. Não aconteceu. Na quarta, enquanto voltava da faculdade, chorei. Pelo motivo mais banal do mundo. Uma música, tocando num carro que passou, e ela gostava. As lágrimas continuaram a escorrer durante à noite, enquanto assistia Community. É uma série de comédia dos EUA sobre cultura pop e que víamos juntos. Lembrei, como já fizera da primeira vez, que acompanhamos juntos e não a terminamos. Bem como Chuck que ficamos fanáticos juntos...The Big Bang Theory, emblemática por termos visto desde a estréia...juntos. Normalmente tirávamos o domingo para isso. A quinta feira foi a esperada e revigorante estréia de Literatura no projeto de pré vestibular...Foi maravilhosa. Quatro aulas. Minha hipocrisia me impressiona. Ofereço aqueles jovens, alegria, esperança e otimismo num momento importante da vida deles. Alegria e otimismo que  não tenho na minha. Sou melancólico, taciturno, triste, quando estou sozinho. Mas aquela turma precisa estar feliz pra gostar da minha aula. Então ofereço essa felicidade para eles. E eles amam minha aula. Amaram a primeira. Tanto os estreantes do semi, quanto os veteranos do extensivo. Na volta, novas lágrimas...Queria ter comentado com ela...contado de cada reação, dado risada das cantadas das alunas, da admiração dos alunos...Eu não a tenho mais para isso. Temos uma "amiga" em comum que me disse no msn na madrugada de quinta, enquanto eu chorava:" Acustume-se.Ela não faz mais parte da tua vida." Usando outras palavras, meu psiquiatra e também a psicóloga, disseram a mesma coisa na terça e na mesma quinta. Eu preciso entender isso. Talvez quando entender o que fiz, isso faça mais sentido. O sábado foi um dia cheio. Reunião do projeto, treinamento na empresa, e confraternização do projeto. Em casa, um filminho para relaxar.Novas lágrimas. Novas lembranças. Tinha tudo para dormir cedo. Fui dormir 06h13min, que foi a última vez que olhei no relógio. 8h30 já estava em pé. Fui para meu novo projeto social. Em minha cidade, como na de muitos que aqui me leem, existe uma casa que cuida de crianças com o vírus HIV. Abandonadas pelos familiares e pela sociedade. Agora aos domingos, sempre que foi possível, vou ás manhãs lá brincar e almoçar com elas. Confesso que ISSO foi revigorante. Confesso que não saí de lá deprimido. Sim, ainda gostaria de contar para ela, convidada-la para ir junto,mas ainda assim, recebi tanto carinho, fui tão bem tratado,aprendi tanto com todas as crianças, que tem uma doença tão grave e que ganharam gratuitamente que sorri, cantei e fiz tudo de coração. Agora estou em casa. Tenho aulas para preparar. Coisas da faculdade para fazer. Jogo do meu time para assistir. Livro para ler até quarta. Ocupado. Mas dentro da minha alma, o rombo permanece igual. A culpa também. A saudade é a mesma. O amor não mudou. 

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