terça-feira, 9 de agosto de 2011

É sempre assim.

Eu já disse aqui o quanto sou apegado a datas. Dia 09 estará, creio, para sempre no meu coração. Não é todo dia que você beija pela primeira vez o amor da sua vida. Não é todo dia que você descobre que uma pessoa só pode lhe dar todo a felicidade que você procurava ha 24 anos. Não é todo dia que você pega um ônibus depois de praticamente ter sido agarrado por uma menina e sabe que ali começava algo muito especial. Não é todo dia que você se sente o mais abençoado dos seres humanos. Hoje na psicóloga a sessão foi sobre esse dia. As coisas que eu lembrava desse dia. Nós já o comemoramos tantas vezes ao longos de 84 meses. Sim houveram ( muitíssimos poucos meses) que esquecemos. Que não estávamos tão bem. Que as coisas não andaram como queríamos. Mas a grande maioria dos meses foi sim comemorada. De maneira discreta. De maneira espalhafatosa. Com amor. Com tesão. Com romantismo. Com declarações de amor e juras de eternidade. Com pedidos de casamento simbólicos e "Sim" real. Com jantar a luz de velas ou cachorro quente na esquina. Com cartas longas. Com bilhetinhos. Com café na cama. Com espera da meia noite no relógio para ver quem lembrava primeiro. Com surpresa. Com certeza. Com dúvida. 
Foi daquelas sessões com a psicóloga em que chorei muito. Em que me vi cansado de sofrer. Mas sem força nenhuma para fazer diferente do que estou fazendo. Mais do que estou fazendo. Eu tento. Cada dia um pouco. Ou dependendo do ponto de vista, muito. Mas tento sempre. E não consigo. Não ando. Nem com novos amigos, nem com psicóloga, nem com psiquiatra. Com novos planos. Com nada. Eu me sinto numa areia movidiça. Em minha vida existem os dias difíceis. Os dias muito difíceis. E os dias impossívies. Os dias fáceis, morreram. Se diluíram na culpa que não vai embora. Sim ela está feliz. Sim ela está realizada. Sim eu não significo mais nada.Sim agora ela tem amigos de verdade. Namorado bom. Mas não é por isso que a culpa e a certeza do que sou responsável que a culpa se dilui. Muito pelo contrário. Por minha culpa algumas pessoas foram enganadas. E por minha culpa todas elas foram embora da minha vida. Sou incompleto hoje. Sou vazio. O que vivo, não pode ser chamado de viver. O que vivo é definhar.É perecer aos poucos.Eu não encontro mais razão nenhuma para ainda estar vivo.

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