quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Felicidade.

No filme A procura da felicidade temos um homem, que busca de todas as maneiras, garantir sua independência financeira. Cansado da vida medíocre que levava, ele dobra sua jornada de trabalho, estuda de madrugada, passa fome, frio, chega a dormir na rua...tudo pela lasca de um sonho. Por uma possibilidade. Pela esperança.Ao término, após conseguir o emprego dos sonhos,ele caminha brincando pela rua com o filho pequeno e no encerramento do filme diz: "E essa parte, essa pequena parte de minha vida, se chama felicidade..." É uma frase para calar a alma de quem não é mais feliz. Estou cercado de pessoas felizes. Como vocês sabem, moramos praticamente em 5 pessoas no apartamento. O meu amigo, que me acolheu que me ajuda, que já impediu suicídio meu, sua namorada, que não sai de lá praticamente,e dois outros rapazes,um extremamente tímido, mas que tem sido meu parceiro de corrida aos sábados e outro alegre,expansivo,brincalhão e como eu, louco por futebol. Meu amigo e a namorada tem esses pequenos momentos que chamamos de felicidades. Eles correm atrás um do outro pelo amplo apartamento.Ela prepara jantarzinhos deliciosos para ele.Eles estudam para as provas juntos.Passam muito tempo no quarto. Assistem diversos filmes.Congelando a imagem eu vejo e lembro da equipe de riso fácil, de quando eu enchia o ambiante em que eu estava de alegria...ao contrário de hoje em que tudo é tão melancólico, taciturno, vazio...triste. Quando eu chego em casa, o amigo que toca violão me chama para cantar com ele e ficamos rindo até tarde...é um ótimo momento para esvaziar a mente....para pensar em coisas positivas, nas minhas vitórias mínimas. Uma semana sem chorar. Sem derramar uma lágrima. De longe o maior tempo. Fiquei triste e pensativo em vários momentos, mas não a ponto de chorar. E em vários momentos dei gostosas risadas também. Mas se congelasse os momentos, tornasse-os pequenos momentos, não os chamaria propriamente de felicidade. Os chamaria de desafogo, pequenas alegrias e momentos que valeram demais a pena serem vividos. Eu lotei minha agenda para expandir as chances de alegria, para passar o dia com a mente ocupada. Para seguir adiante. Vivo de pequenas vitórias. Alías por hora não é bem vida que tenho. É sobrevivência.Mas já é uma sobrevivência mais alegre do que a de meses atrás.Mais efetiva. Esquecimentos não existem, mas de certa forma eu procuro fazer o que meu psiquiatra manda: Mesmo quando a cabeça não fica ocupada, mante-la ocupada. Evito ficar sem nada para fazer. Quem sabe assim não exista um momento,um pequeno momento que eu possa chamar de felicidade.Mesmo não merecendo-a mais!

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