terça-feira, 29 de novembro de 2011

Meio ano!

Seis meses. Meio ano. Hoje completo 180 dias do fim do meu namoro. E não, o mundo não parou para que eu me curasse. Pelo contrário. O mundo seguiu girando. As coisas seguiram acontecendo. As lágrimas caíram em profusão. Os momentos de lembranças foram fortes. Mais sofri do sorri. Mais fingi do que fui sincero. Tentei me matar diretamente 3 patéticas vezes. Indiretamente busquei a morte outras 4 vezes. Nada adiantou. Dei os mais variados passos em direção a uma melhora. Saí do nada. Arrumei um novo emprego. Me tornei professor. Me envolvi em 3 voluntariados. Fiz diversos novos amigos. Amigos online, amigos para rir, amigos para chorar, amigos para beber, amigos para falar de futebol...Mudei de casa. Fui expulso da vida dela. Cortado de suas redes sociais. Sem msn, facebook, sem resposta de e-mail. Sem contato de nenhum tipo. Sem notícias se está bem ou mal. Nada. Só a distância e entre nós dois um amor imenso não correspondido. E o medo. Medo de encontra-lá por aí com o namorado dela. Medo de vê-lo exuberante de felicidade enquanto eu ainda me sinto um lixo. Medo que ela me ignore ao me ver, mesmo estando sozinha. Se tivesse a certeza que ela falaria comigo, como alguém com quem ela dividiu a vida durante longos 7 anos, tudo estaria melhor. Mas não vejo isso acontecendo.É inegável que muita coisa mudou na minha vida nesses últimos meses. Nunca ganhei tão bem, mas nunca tive tantos gastos também. Nunca ajudei tanto em casa quanto agora. Nunca trabalhei tanto. Nunca estive tão ocupado. Fazia muito, muito tempo que eu não tinha tantos amigos. Tantas meninas apaixonadas por mim. Era tão admirado sem precisar mentir. Tinha as coisas da faculdade tão em dia ( pelo menos até duas semanas atrás.). Nesses seis meses foram incontáveis noites sem dormir. De pesadelos. De sonhos. De tristeza. De dor. De ausência. De medo. De tentativas frustradas. De meus piores momentos revividos. Peguei muletas para minha vida. Meus alunos. E hoje, estou bem perto, com o fim do ano, de perder essas muletas. Não me sinto tão pronto. Não me sinto tão bem. Não m sinto vivendo.Me sinto sobrevivendo. Mas sigo. Uns dias piores que outros. Às vezes melhor. Ás vezes mais fraco. Mais forte. Querendo desistir. Querendo que tudo acabe. E não acaba. Tomei uma resolução que já partilhei aqui e a despeito das alegrias dos últimos dias, não mudei de ideia. Porque nenhuma vida que eu sonhei para mim, tem sentido sem ela. Sem a presença que fazia da minha vida, uma vida mesmo. Mais completa. Mais feliz. Mais. Fazem seis meses hoje. E parece que foi ontem. Ontem que a minha vida de fato acabou, deixando o legado da sobrevivência sem sentido para mim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário