segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Os ombros.

Ao menos não posso mais reclamar de solidão. Não aquela massacrante. Há ainda uma solidão inerente a mim. As minhas vontades. Depreendida da minha alma. Mas companhias maravilhosas, eu sempre tenho. Fui agraciado não com um, mas com dois melhores amigos. Tão diferentes na essência, tão iguais no grude, carinho e amor comigo. Estão sempre ali. Pra tudo. Nunca me julgaram. Cuidam para que eu não minta. Sim, sou desses que precisa de "cuidados" para não mentir. Ser vigiado. E avisado quando está se passando.Assim são aqueles comigo. Não me condenaram. Até hoje não entenderam, é fato. Mas não me abandonaram. Nunca me trataram diferente. Ou me rejeitaram. Me consideram o líder deles. Guio o grupo. Sou confidente de ambos. E eles os meus. Nessa altura, não há nada que não contemos um para o outro. A relação com ambos é diferente. O que mora comigo, é mais duro. Mas sempre disposto a conversar. Encara meus problemas e me motiva sempre. Mas sem aquele "carinho" habitual das pessoas sensíveis. Até porque ele não é. E essa é a maior vantagem dele. Ele fala as coisas duramente. Sem rodeios. Sem flores. O outro, o professor de matemática, é todo carinho, embora também saiba ser firme. Nessas diferenças, eles se completam. E me completam. Ontem por exemplo, um dia que eu estava caidinho no meu quarto, já preparado para um dia de depressão, eles aqui invadiram e me puxaram para um ótimo dia na praia. Foi demais. Apesar do imenso vazio, da aparente noite constante que se fez na minha alma, estar com eles é ver e sentir um brilho, que por muitas vezes eu jurava acabado. O brilho daquilo que me fez falta durante anos e eu talvez nunca me dera conta: melhores amigos. Meu último grade melhor amigo, foi aquele que indiretamente originou a criação do fake que fiz para enganar minha ex namorada. Como já dissera aqui em algumas oportunidades, mesmo aquele que chamei de meu melhor amigo aqui, que também enganei com minhas mentiras, aquele que abriu os olhos dela, já não era mais há muito tempo, pelo simples fato de, já sabendo dos meus erros, jamais ter perdoado ou esquecido. O que vale lembrar, jamais foi culpa dele. Não é culpa de ninguém não esquecer o que eu fiz. O que eu fiz, o abuso de confiança, as mentiras, as dores, não foram feitas para serem esquecidas. Ou entendidas. Quem entende, tem uma alma muito iluminada. Acima de tudo. É diferente. O mérito não é meu.

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