quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Nunca mais um dia comum.

Poderia e deveria ser só mais um dia. Obrigatoriamente teria que ser. Não é mais. É o dia em que comemoraríamos 7 anos e 9 meses juntos. Ou seja, estamos há quase 9 meses separados. Eternamente separados. Era um dia para não ter nada de novo. E não tem. Ela continua distante. Definitivamente. Sem volta. Sem relação. Sem última conversa. Sem perdão. Eu continuo estagnado. Parado na minha dor. Na minha auto piedade. Em uma ou outra oportunidade, mentindo. Mas jurando para mim mesmo que faço parte dos mocinhos. Quando a realidade dura que se apresenta é que se não fosse a força das minhas vítimas, eu teria deliberadamente ( sim, sei bem o que estava fazendo) destruído a vida de diversas pessoas. Manipulações, mentiras, traições, invenções. Joguinhos. A descoberta de tudo isso foi fundamental para que o dia 09 virasse para ela um dia como outro qualquer. E pra mim a lembrança constante do que perdi. E do quanto isso me dói. Eu vejo tanta gente seguindo a vida, e o fato de eu não seguir a minha faz com que em muitas oportunidades eu me abomine. Já tive oportunidades para namorar. Para dar um novo rumo para meu coração...Mas não consigo. Perdido. O apoio vem dos amigos. Hoje, o professor de matemática, meu grande amigo, veio falar comigo, do nada: "Dia 09 hoje né? Estais bem?" Eu nunca falei especificamente para ele sobre isso. Mas ele veio conversar. E me ouviu. E falou. E foi bom desabafar sobre esse dia. Sobre culpa. Sobre minha responsabilidade do dia ter se tornado mais um no calendário. Eu estou distante da melhora. Muito distante. Não há luz no fim do túnel. Alias, meu trem sequer chegou no tal túnel ainda. Sei muito bem que depende mais de mim. Trabalho incessantemente para superar meus medos, dores, traumas, erros. Mas preciso dizer, não consigo. Eles estão em cada abrir de olhos. E só vão embora quando o sono vem. Às vezes nem assim. Habitam meu sonhos, me dando alegrias sublimes ao dormir e desesperos ao acordar. Ou pesadelos. Ou visões de como é a realidade dela hoje em dia. Dia comum? Poderia ser. Mas não é. E nem acho que venha a ser.

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