domingo, 26 de fevereiro de 2012

Finalmente!

E finalmente eu vi. Ou melhor,li. Parei de imaginar. Não resisti a tentação. Sexta à noite, em casa, de boa. Um dia tranquilo por ter começado a resolver duas pontas soltas na minha vida pessoal. Minha amiga com o computador aberto. E eu imaginei o que o Facebook dela veria se eu fosse no perfil da minha ex namorada. Pensei que veria na real a mesma coisa que vejo quando utilizo o perfil desse blog. Ledo engano. O perfil estava, não entendo até agora porquê, aberto. As duas não são amigas. E lá estava tudo, tudo...Como ela se relaciona com o namorado. Ele com ela. As opiniões das pessoas. A ótima relação com a sogra. Nem de longe parecida com aquela que era com a minha mãe. Com o namorado foi doloroso ver. Mas nada diferente do que ouvi durante mais de sete anos. "Ele é o amor da minha vida". "Ele é meu príncipe." Durante muito tempo, esse foi meu apelido: "Príncipe." Tenho cartas que começavam assim. Ele a chama de amor mesmo. Em dado momento desse ano ele deve ter viajado. Estavam mortos de saudade um do outro. Passaram o final do ano em Paris! Em Paris! O sonho da vida dela. Devo estar mais que obliterado de qualquer lembrança. Que história de amor sobreviveria a Paris?? Nenhuma...Não há praia, sítio, banho de chuva ou qualquer outra coisa que possa competir com isso. Em dada parte do Facebook tinha uma postagem da ex orientadora e chefe dela, mulher detestável que a enrolou com uma bolsa questionável durante mais de um ano: "Finalmente arrumasse um namorado divertido, inteligente,bem sucedido, gente boa, e GATO." Várias pessoas curtiram. Eu virei mesmo a referência do que NÃO deve ser um namorado. O estorvo. O psicopata. O ladrão. O fracassado. O burro. Não poderia competir com um cara que mais novo que eu, já está formado e tem inclusive mestrado em sua área. Todos estão realizados. Ela tem um novo amor. Um grande amor. Alguém que a despeito de qualquer coisa que eu sinta, parece ser um grande cara. Um ótimo caráter. Incapaz de fazer qualquer coisa parecida que eu fiz. E alguém que perante a sociedade, combina muito mais que ela. Não a toa, a mãe dele autoriza viagens juntos e outras coisas que em sete ano, sequer estive perto de ter . A dor que senti ao ver tudo aquilo foi inominável. Me tranquei no quarto. Chorei compulsivamente. De dor. De tristeza. De opressão. Me senti humilhado. Lembrei quantas vezes ao longo do nosso namoro que eu  não era "bom o suficiente" para ela. Que eu nunca seria alias. Que eu era acomodado. Um velho, sem perspectiva. Um nada. E ela tinha ( tem) um futuro radiante pela frente. Ao se desassociar de mim, ela encontrou seu caminho. Com amigos que a amam demais. Bastante visível também no Facebook. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário