terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Não gostei.

Há muito que minha amizade com minha amiga do outro estado, que estudou com minha ex namorada, está de novo consolidada. Conversamos quase diariamente, servindo de apoio, força, moral, ombro. O feriadão do carnaval, ela veio passar aqui, comigo, para que o apoio fosse mais constante. Maior. Nossa relação é ótima. Mas ela tem um péssimo hábito, justificado, nas palavras dela mesma, "porque me ama." Tal hábito é desgastante e por vezes faz com que em pelo menos um dia eu me afaste dela, evitando entrar na internet ou até mesmo não respondendo as mensagens. Ela fala mal demais da minha ex namorada. Na ânsia de me defender, de me mostrar que não sou assim tão mau caráter, que não fui o único que errou em nossa relação, ela expõe o que para ela, foram  os erros mais comuns da minha ex namorada, no período que conviveram. Um comentário infeliz aqui, que minha ex namorada pode ter feito brincando ou seriamente, outra atitude ali. Ela disse que tenho que parar de colocá-la num pedestal, e enxergá-la como realmente é. É um engano comum. Não a coloco no pedestal. Sei cada um dos defeitos dessa mulher. Cada um. NINGUÉM a conhece como eu. Fui seu namorado de convivência diária por 7 anos. E "melhor amiga", enquanto fake criada, por quatro e meio. Sei de cada um dos erros nesse período. Todas as opiniões. Estive numa posição previlegiada, que namorado nenhum no mundo conseguiria. Quantos podem ao mesmo tempo ser o namorado e aquele pra quem a namorada se queixa, como melhor amiga? Esse era eu. E às vezes minha amiga finge não entender isso, apesar das minhas constantes lembranças. Ou seja, conhece-la melhor que eu, ninguém MESMO. É evidente que tenho minhas mágoas durante os sete anos que estivemos juntos. Mas perto do que eu fiz, como eu disse lá no segundo post desse blog, essas mágoas são farinha. O mais leve dos meus pecados não pode ser comparado ao mais grave dos dela. Ela é de fato a vítima. Se hoje não fala mais comigo, é um direito, mais que isso, mediante o que eu fiz, um dever. Só um espírito acima de qualquer um poderia entender, perdoar e voltar a conviver. Provavelmente se envolver com meu ex amigo ( o que entregou minha cabeça para ela numa bandeja) ou começar a namorar cedo, foi mais do que vontade, foi uma necessidade. Ao menos refez a lista de amigos. Se entendeu com a irmã. Achou um lugar para as amigas do Direito que eram tão negligenciadas. De certa maneira, a descoberta do meu mau caratismo, só fez ela crescer. E vamos combinar? De certa forma eu também. Psicólogo, psiquiatra, morar sozinho, professor, inserido em projetos sociais, amigos para a vida, sem julgamentos. Aceito. Mas monitorado. Por isso que não gosto quando ela é tão cruelmente criticada. Jamais fiz isso nesse espaço. Jamais quis expo-lá. Tudo que falo não tem efeito prático, porque creio que 90% de vocês sequer a conhecem. Nunca viram. Não tem ideia do que eu estou falando. Poderia falar coisas mais íntimas, mas me causariam desconforto, e se ela lesse tais coisas, ou amigos, ou namorado, poderia causar situações constrangedoras. E nunca, em tempo algum quis fazer isso. Não quis tornar esse blog, ou meus desabafos com meus amigos uma disputa. Não há tal coisa. Ela está certa. Sempre esteve. É a vítima. Eu o vilão. Acredito piamente nisso. Defendo essa ideia e brigo por isso para qualquer um que ousar falar mal dela. Isso não é coloca-la num pedestal. Isso é ter a exata noção do que eu fiz. Do estrago. Do dano que causei. Da dor que ela ( eles, mas mais ela) teve que que experimentar para passar por tudo que passaram por minha causa. Eu segui minha vida. Não me matei. Não por pena. Não por nada. Não fiz apenas e tão somente porque passei a crer que posso fazer algo melhor. Se jamais fizer por ela, farei pela sociedade. Pelos meus alunos. Pelos meus amigos. Pela minha família. Tenho pouco interesse em mim. Quase que nulo. Mas quero reparar o mal. Por isso não gosto de verdade quando ela é tão criticada. Ela não merece. Eu sei disso. Profundamente!

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