domingo, 18 de março de 2012

Primeira vez.

A primeira vez que a vi, foi num final de tarde. Eu já ouvira falar dela dezenas de vezes. Um dos meus crismandos, naquele momento já se tornando meu amigo, tinha uma "queda" por ela. Não haviam ficado até então porque a irmã dele sempre atrapalhava. Esse meu amigo e eu estávamos andando pelo bairro a caça de um teclado, para a banda que formaríamos na igreja. Fomos à casa de um colega e não conseguimos. No caminho,passamos por uma rua que eu nunca havia passado. A dela. Ela estava na frente de casa, jogando volei. Com essa irmã do meu amigo. Ele nos apresentou. Eu a achei linda. Linda. Ela sorria fácil. Falava alto. Gesticulava muito. Tinha uma empolgação na voz...Vestia uma saia preta, curtinha e uma blusa tomara que caia roxa, com uma inscrição em japonês. Conversamos durante algum tempo. E ela, sem mais nem menos, resolveu emprestar o teclado que ela ganhara de natal, para a gente. A atitude me ganhou. Mostrou que ela era diferente. Muito diferente. Ao sair dali comentei com meu amigo: "Ela é gatinha!" Ele me repreendeu, talvez com ciúme: "Tira o cavalinho da chuva. Ela tem 14 anos." E meu queixo caiu. Nem parecia. Isso foi em fevereiro de 2004. Não nos falamos mais depois disso. Tivemos que devolver o teclado, a mãe dela pedira de volta, mas meu amigo foi quem devolveu.
Só fomos nos falar de novo no dia do aniversário desse mesmo amigo: 23 de Abril. Eu havia organizado uma festa surpresa para ele. Ela ligou para dar os parabéns. Eles estavam tendo uma conversa sem noção no celular. Eu fui brincar pra mostrar como se fala com uma menina. Convidei-a para a festa. Ela apareceu com o book que havia feito para a festa de 15 anos. E o convite para mim. E aí já era. Eu estava encantado. Peguei o telefone dela. Mandei várias mensagens. Combinamos de ficar. No primeiro final de semana ela foi viajar. No segundo dia das mães também. Eu já havia perdido as esperanças, quando ela me manda uma mensagem dizendo que chegara de viagem e poderíamos nos encontrar às 20hs. Na esquina.Era uma noite fria. Eu tremia. De frio e nervosismo. Ela trouxera a amiga, irmã do meu amigo. Quase um segurança.Ficou do  nosso lado o tempo todo e já anunciava que não ficaríamos. Que ela não iria deixar. Contrariada, ela não gostou. Eu, menos ainda. Anunciei que não precisava daquilo. Fui dar um beijo no rosto dela e ela me beijou na boca. E assim aconteceu. Um beijo longo. Intenso. E eu sabia. Sabia que aquela era a mulher da minha vida. Sabia que a ela eu iria amar para sempre! Meu coração estava entregue. Assim como o corpo e a alma. Quando abrimos os olhos, a amiga já não estava mais ali. E então começávamos a escrever a nossa história. De um amor intenso. E da minha parte, de mentiras mais intensas ainda. 
Poderia recordar outras "primeiras vezes" nossas aqui. Mas fico com a lembrança dessas duas. O primeiro dia que nos vimos. A primeira vez que nos beijamos. Só porque acordei meio nostálgico e pensando intensamente nisso. Que saudade!

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