sexta-feira, 16 de março de 2012

Pra amizade, tudo!

Na terça feira foi aniversário do meu amigo que trabalha e mora na mesma cidade onde agora dou aula. O cara que eu fui padrinho de casamento. Com ela. A minha ex. Porque o casal, acreditava na força do nosso amor. Que seríamos capazes de ficarmos juntos para sempre. Quem sabe...se eu não fosse mentiroso, manipulador, traidor e tudo que fui...mas também, se eu não fosse tudo isso, fatalmente não teríamos durado nem uma semana.Afinal, acho que nunca falei aqui ( e como parece que já estou angariando simpatia de quem lê esse espaço e isso NUNCA foi MESMO a intenção,é bom relembrar as escandalosas canalhices que pratiquei) mas quando tínhamos uma semana de ficar, ela ia terminar comigo. Assim, sem razão, como milhares de vezes acontece. Queria ficar com outros, enfim, não tínhamos nada sério. O que fiz? Peguei um avô que havia intentado, e como mentir sobre ele já estava me fazendo mal, nunca tive avô ou coisa do gênero, o matei. Ela, claro, ficou com o coraçao na mão. E não terminou. Como terminaria. Sei o que vocês estão pensando. Sim, eu era desse tipo. Desse tipo de atitude. Mas foi esse casal, construído em cima de mentiras, que os dois convidaram para padrinhos de casamento.Nossa amizade sobreviveu a essas mentiras todas. Que foram inclusive recontadas a ele. Ele é um ser iluminado. E perdoou tudo. Sem pensar. Acredita que eu posso mudar. Soube que nunca namorei a irmã daquele que era meu melhor amigo. Soube que eu nunca estive em outro estado várias vezes pra ver nosso time jogar. Soube o quanto menti pra minha ex namorada. Como traí ela. Com quem traí ela. Tudo!E ainda assim me perdoou. Então, claro que quando chego na cidade para os meus dois dias de aula, já o aviso. Temos saído nas terças e nas quartas. Relembramos histórias. Ele me conta as dificuldades da vida de casado. Ele faz os julgamentos dele também. Pertinentes. Acho que cometi um ato monstruoso. Mas dá uma parcela de culpa para minha ex. Para meu amigo, que na visão dele "se meteu onde não devia" e ainda "ficou com ela" ( nunca confirmei exatamente isso, mas tenho certeza que sim). Lembra de quando ela foi desonesta quando do seu envolvimento  com aquele meu outro "melhor amigo", o doutorando da orientadora que não me suporta. Enfim...tenta tirá-la do pedestal, onde ele, minha amiga de anos, que estudou com ela, meus amigos mais próximos, ACHAM ERRONEAMENTE que a coloquei. Sei cada uma das falhas dela. Mas é poeira. Nada. Imperceptível comparadas as minhas. Ela errou. Eu fui mal caráter. Patético. Pequeno. De todo modo ele é o único dessa época e de outras da minha vida que restou. Que não me acha maluco. Psicopata. Que me ajuda. Mesmo em silêncio. Me dá abraços de quem é cúmplice. E que confia na minha melhora. Que eu não o decepcione. Que seja como no dia do aniversário dele e no seguinte quando voltei. A gente, jantando, contentes, bem um com o outro. Sempre!

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