domingo, 4 de março de 2012

Nunca melhora.

Em dados momentos, parece que vai passar. Mesmo. A dor é menor. A vontade de chorar é inexistente. E relembro até com certa alegria nostálgica tudo que vivi nos meus tempos com ela. Não dói. Mesmo. Aí, basta um nadinha, pra eu desabar de novo. Uma perda do controle da situação. Um misto de choro, dor, repugnância comigo mesmo. Basta lembrar. Assim é agora que descobri que é possível ver o Face dela, pelo da minha amiga que mora comigo. Basta o computador sozinho na sala, que eu não resisto. Vou até lá. Abro, e fico olhando. O dela. O do namorado. E invejo o amor deles. E lembro do nosso. Foi assim no dia 29. Vi com toda a tristeza do mundo. E desabei. Desabei como se o mundo tivesse terminado. Foi durante 5 minutos. E foi o fim. Sozinho, no quarto, decidi não chorar e depois de meses, tomei o remédio para dormir. Ele que estava quase que esquecido em casa. Não queria viver a noite de pesadelos que se avizinhava. Dormi antes das 22:30. Não aceitei conversar com ninguém. Dormi e dormi muito. Com lágrimas nos olhos e tristeza no coração. Acordei arrasado. Triste. E fui dar algumas das piores aulas da minha vida. Notadas por alunos. Vocês sabem o que eles fizeram? Me encheram de carinho. De amor. De abraços. De beijos. E aí, em dado momento do dia, foi impossível permanecer triste. Mas fiquei de todo jeito mal. Porque essas crianças, todas com idade para ser meus filhos, me amam. E viraram minha boia. Viraram o que eu uso para seguir adiante. Minhas aulas e meus amigos. Tudo que eu tenho. O que de mais precioso eu consegui em 2011 e agora em 2012. Minha virada na vida. O dia foi voltando a normalidade ao longo dele mesmo. Tive provas para preparar. Serviço para terminar. Treinar meu substituto no estágio. Enfim, coisas e mais coisas que foram aos poucos atenuando aquela dor. O sono da noite veio fácil. Tranquilo. Pelo menos até a próxima dor. Sei disso. Porque melhorar, melhorar de verdade, isso nunca! Eu sei.

Nenhum comentário:

Postar um comentário